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'''Cantanhede''' é uma cidade e um município do estado do [[Maranhão]], [[Brasil]]. Localiza-se na [[Microrregião de Itapecuru Mirim]], [[Mesorregião do Norte Maranhense]]. O município tem 20457 habitantes (2010) e 844 km². AFUNDAÇÃO cidadeDE foi fundada em [[1791]] por António Lopes da Cunha, natural de [[Cantanhede (Portugal)]], passando a povoado em [[1870]], a vila em [[1948]] e a cidade e sede de município em [[1952]].CANTANHEDE
FUNDAÇÃO DE CANTANHEDE
Tudo começou com a aventura de sobreviventes e a política liberal do Rei de Portugal Dom João III e a confirmação de um passado no mínimo elegante.
Em 1534, quando Dom João III, Rei de Portugal fatiou o Brasil em Capitanias Hereditárias e presenteou o Maranhão aos seus assessores mais próximos, estava de volta o sonho tropical de fazer do Norte do Brasil uma fábrica de possíveis fortunas, pois o Norte do Brasil, em especial o portal da Amazônia Mundial seria a esperança de salvar os lusos da banca rota. Para o Maranhão vieram os subalternos do nobre João de Barros comandados pelo suposto espanhol Aires da Cunha numa gigantesca frota com mais de dez naus e mil homens. O naufrágio no Parcel de Manoel Luís, na costa do Maranhão foi o primeiro aviso, de que colonizar por aqui, seria uma difícil tarefa. E foi graças à desgraça da frota ariana, que a nossa história começa a ser rabiscada pela colonização branca. O Rio Itapecuru, que hoje, não sustenta mais os famintos com mandubés, mandis ou curimatãs, como de costume era a via, para que os homens brancos imprensassem a nação Guanaré e começassem assim, o processo de colonização da nossa ribeira. Os 18 sobreviventes do naufrágio da frota de Aires da Cunha, ao comando de um certo Pedro (o ferreiro) rumaram Itapecuru à cima e encontraram como local seguro a foz de um rio, que eles batizariam de Rio Peritoró. Ali, onde hoje, corresponde o limite entre os municípios de Cantanhede e Pirapemas, os portugueses deram origem à chamada “Tribo dos Barbados”. O codinome “Barbados” deu-se devido ao surgimento de pessoas oriundas do cruzamento entre os portugueses e os índios Guanaré. A tribo se expandiu e tomou proporções de povoamento confirmado por historiadores e pesquisadores. A herança arqueológica pode ser comprovada com existência do cemitério dos Barbados, uma denominação que ultrapassa 476 anos e ajuda a contar a origem de nossa civilização cristã. Nesses 476 anos de história, foi logo testemunhada a luta entre os governantes do Maranhão e os Barbados, e o massacre Guanaré se deu pelas tropas, muita das vezes comandadas pelos próprios administradores. O vagão entre os Barbados, Guanaré e o extermínio dos primeiros habitantes é ocupado com a chegada dos sesmeiros da região. A ribeira do Itapecuru passa a ser o oásis dos portugueses que chegavam ao Maranhão. Num processo natural de ocupação da foz para a nascente, após as famílias Muniz Barreiro e Belfort ocuparem de São Luís a Rosário, as terras hoje, pertencentes aos municípios de Itapecuru-Mirim e Cantanhede foram transformadas no prato da vez. Por volta de 1720, Faustino Mendes Cantanhede chegado de Portugal e ao casar-se com Isabel de Assunção Muniz dá início ao ciclo dos sesmeiros de Cantanhede, uma contagem de 292 anos que merece ser lembrada. A denominação da terra deixa de ser Região dos Barbados e passa a ser Cantanhede, como mostra um mapa de 1782, pois quem navegava pelas águas do rio Itapecuru dizia: “São terras dos Cantanhedes”. A descendência de Faustino foi grande, com destaque para Manoel de Jesus Cantanhede, um dos filhos com maior aptidão para a continuação do legado do primeiro Cantanhede em terras do Maranhão.