| vias_de_administração = [[Via oral]], [[Injeção intravenosa|IV]], [[via retal]]
}}
A '''atropina''' é um [[alcalóidealcaloide]], encontrado na [[planta]] ''[[Atropa belladonna]]'' (beladona) e outras de sua [[família (biologia)|família]], que interfere na acçãoação da [[acetilcolina]] no organismo. Ele é um antagonista [[Receptor muscarínico|muscarínico]] que age nas terminações nervosas [[Sistema nervoso parassimpático|parassimpáticas]] inibido-as.<ref>{{cite web
| year = March 2005
| url = http://whqlibdoc.who.int/hq/2005/a87017_eng.pdf
}}</ref>
A ''Atropa belladona'' (ou erva-moura mortal) fornece principalmente o [[alcalóidealcaloide]] Atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóidealcaloide é encontrado na ''Datura stramonium'', conhecida como estramônio ou ''figueira-do-inferno'', ''pilrito'', ou ainda ''maçã-do-diabo''. A atropina é formada por [[éster]]es orgânicos pela combinação de um ácido aromático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol).
== Propriedades ==
Tem absorção veloz no trato gastrintestinal. Ela também chega a circulação quando for aplicada topicamente na mucosa do corpo. A absorção pela pele íntegra é pequena, embora seja eficiente na região retroauricular (atrás da orelha). O metabolismo hepático é responsável pela eliminação de aproximadamente 50% da dose, enquanto o restante é eliminado inalterado na urina. A atropina atravessa a barreira placentária.
A atropina é absorvida rapidamente pelo trato gastrintestinalgastrointestinal. Tem meia-vida de 2 horas aproximadameteaproximadamente.
== Ação farmacológica ==
A atropina é um antagonista competitivo das ações da [[acetilcolina]] e outros agonistas muscarínicos. Ela compete com estes agonistas por um local de ligação comum no receptorrecetor muscarínico. Como o antagonismo da atropina é competitivo, ele pode ser anulado se a concentração da Acetilcolina ou de agonistas colinérgicos nos locais receptoresrecetores do órgão efetor for aumentada suficientemente. Todos os receptoresrecetores muscarínicos (M1 a M5) são passíveis de serem bloqueados pela ação da atropina: os existentes nas glândulas exócrinas, músculos liso e cardíaco, [[gânglio]]s autônomos e [[neurônio]]s intramurais.<ref>* {{cite book | first =Bledsoe | last =Bryan E | authorlink = | coauthors = Robert S. Porter, Richard A. Cherry | year = 2004| month = | title = Intermediate Emergency Care | chapter = Ch. 3| editor = | others = | edition = | pages = 260 | publisher = Pearson Prentice Hill| location =Upper Saddle River, NJ | isbn = 0-13-113607-0| url = }}</ref>
A atropina quase não produz efeitos detectáveisdetetáveis no SNC nas doses usadas na prática clínica. Em doses terapêuticas (0,5 a 1,0 mg), a atropina causa apenas excitação vagal suave em conseqüênciaconsequência da estimulação da [[Medula óssea|medula]] e centros cerebrais superiores. Com doses tóxicas da atropina a excitação central torna-se mais acentuada, produzindo agitação, irritabilidade, desorientação, [[Alucinação|alucinações]] ou [[delírio]]. Com doses ainda maiores, a estimulação pode ser seguida de depressão resultando em colapso circulatório e insuficiência respiratória depois de um período de paralisia e coma.
A ação cardiovascular depende da dose. Em baixas doses há a diminuição da frequência cardíaca, pois o efluxo eferente vagal é ativado, bloqueado o M1 nos neurônios inibitórios pré-juncionais, permitindo a liberaçãolibertação de acetilcolina. Já em altas doses a atropina bloqueia os receptores M2 no nódulo sinoatrial e a frequência cardíaca aumenta.
A atropina inibe as secreções do [[nariz]], [[boca]], [[faringe]] e [[brônquios]] e, dessa forma, resseca as mucosas das vias respiratórias.<ref>[http://www.eperc.mcw.edu/fastFact/ff_109.htm Untitled Document<!-- Bot generated title -->]</ref> Essa ação é especialmente pronunciada se as secreções forem excessivas e constitui-se na base para a utilização da Atropina como medicamento pré-anestésico.
* Midriático na dilatação da pupila
* Antídoto da eserina, pilocarpina, morfina, carbamato, arecolina, organofosforados, clorofórmio, adubos químicos e inseticidas
* Contaminação por gases neurotóxicos, como o Sarinsarin, VX e Somansoman.
== Contra-indicações ==
* Coronariopatias
* Cardiopatia chagásica
* Pacientes sensíveis a qualquer alcalóidealcaloide ou barbitúrico
* Gestantes
<!-- WIKIFICAR TEXTO ABAIXO
Esse alcalóidealcaloide da beladona, produz efeitos acentuados sobre a motilidade do trato gastrintestinalgastro-intestinal. Tanto nos indivíduos normais quanto nos pacientes com doença gastrintestinal, as doses terapêuticas plenas da Atropina produzem efeitos inibitórios nítidos e prolongados sobre as atividades motoras do estômago, duodeno, jejuno, íleo e cólon, caracterizados pelas reduções do tônus, amplitude e freqüênciafrequência das contrações peristálticas. A Atropinaatropina exerce uma ação antiespasmódica suave na vesícula e dutos biliares dos seres humanos. Entretanto esse efeito geralmente não é suficiente para anular ou evitar o espasmo e a pressão dentro dos dutos biliares induzidos pelos opiáceos.
Doses pequenas da Atropinaatropina inibem a atividade das glândulas sudoríparas e a pele torna-se seca e quente. A transpiração pode ser inibida a ponto de aumentar a temperatura corpórea, porém este efeito é notável apenas depois da utilização de doses altas, ou sob temperaturas ambientes elevadas. Nos lactentes e nas criancinhas, doses moderadas dos alcalóidesalcaloides da beladona podem causar febre atropínica.
Farmacocinética:
A Atropinaatropina é absorvida rapidamente pelo trato gastrintestinal. Ela também chega a circulação quando for aplicada topicamente na mucosa do corpo. A absorção pela pele íntegra é pequena, embora seja eficiente na região retroauricular. A Atropinaatropina tem meia-vida de cerca de 4 horas; e o metabolismo hepático é responsável pela eliminação de aproximadamente metade da dose, enquanto o restante é excretado sem alterações na urina. Traços dade Atropinaatropina são encontrados em várias secreções, inclusive no leite humano. A Atropinaatropina atravessa a barreira placentária.
Indicações:
A Atropinaatropina é utilizada como parassimpaticolítico, anti-espasmódico, anti-secretor. Doenças espásticas do trato biliar, cólica uretral ou renal. Bexiga neurogênica hipertônica. Profilaxia de arritmias induzidas por intervenções cirúrgicas. Bradicardia sinusal grave. Bloqueio átrio-ventricular tipo I. Intoxicação por inseticidas como carbamatos (Furadan) e organofosforados.
Contra-Indicaçõesindicações:
A Atropinaatropina é contra-indicada no glaucoma, íleo paralítico, estenose pilórica, coronariopatias e hipertrofia prostática.
Efeitos Adversosadversos:
Grande parte dos efeitos colaterais da Atropina são decorrentes do seu bloqueio nos receptores colinérgicos, como: visão borrada, fotofobia, boca seca, dificuldade de deglutição, taquicardia, hipotensão, constipação, dificuldade de micção, alucinações, tremores, fadiga.
Toxidade e Superdose:
Os lactentes são particularmente susceptíveissuscetíveis aos efeitos tóxicos da Atropinaatropina. Na verdade, muitos casos de intoxicação infantil são resultados da instilação conjuntival da Atropinaatropina para fazer exame de refração visual e para se obterem outros efeitos oculares. A absorção sistêmica ocorre pela mucosa nasal depois que o medicamento atravessar o duto nasolacrimal, ou pelo trato intestinal se ele for deglutido. Delírio ou psicoses tóxicas sem manifestações periféricas indesejáveis tem sido descritas nos adultos depois da instilação dos colírios de Atropina. Os casos fatais de intoxicação são raros, porém ocorre algumas vezes nas crianças, nas quais 10mg ou menos podem ser fatais. As reações idiossincrásicas são mais comuns com a escopolamina do que a Atropina e, em alguns casos, doses terapêuticas convencionais produzem efeitos assustadores.
Nos casos de intoxicação atropínica inequívocos, a síndrome pode persistir por 48 horas ou mais. Depressão e colapso circulatório são evidenciados apenas nos casos de intoxicação grave; a pressão sangüínea diminui, a respiração se torna ineficaz e o óbito devido a insuficiência respiratória pode ocorrer após um período de paralisia e coma. O diagnóstico da intoxicação atropínica é sugerido pela paralisia generalizada dos órgãos inervados pelos nervos parassimpáticos. A injeção intramuscular de 1mg do agente anticolinesterásico fisostigmina pode ser usada para confirmar esse diagnóstico. Se não houver, transpiração e hiperatividade intestinal típicas, a intoxicação com Atropina ou com um agente relacionado é quase certa.
As medidas que visam limitar a absorção intestinal devem ser iniciadas sem demora, caso o veneno tenha sido ingerido por via oral. Para o tratamento sintomático, a fisiostigmina é o medicamento mais indicado. A injeção intravenosa lenta de 1 a 4mg de fisiostigmina (0,5mg nas crianças) controla rapidamente o delírio e o coma causados pelas doses maciças da Atropina. Como a fisostigmina é metabolizada rapidamente, o paciente pode entrar novamente em coma dentro de uma a duas horas e, em alguns casos são necessárias doses freqüentesfrequentes. Se estiver presente excitação acentuada e não houver um tratamento mais especifico, o diazepam é o agente mais adequado para a sedação e controle das convulsões. É importante evitar a administração de doses altas, porque a ação depressora central pode coincidir com a depressão que ocorre nas fases avançadas da intoxicação atropínica. As fenotiazinas não devem ser usadas, porque sua ação antimuscarínica provavelmente agrava a intoxicação. Alguns pacientes necessitam de respiração artificial. Bolsas de gelo e compressas embebidas em álcool ajudam a reduzir a febre, especialmente nas crianças.
Posologia:
Interações Medicamentosas:
Haloperidol, corticóidescorticoides e ACTH de forma simultânea com Atropinaatropina pode aumentar a pressão intraocular; a eficácia antipsicótica do haloperidol pode diminuir nos pacientes esquizofrênicos. Os inibidores da anidrase carbônica, o citrato e o bicarbonato de sódio podem potencializar os efeitos da Atropina. Os anti-histamínicos, amantadina, procainamida, tioxantenos, loxapina, orfenadina e ipratrópio podem provocar potencializaçãpotencialização dos mesmos, quando associados à Atropinaatropina. A Atropinaatropina pode antagonizar os efeitos da metoclopramida. Os inibidores da monoaminoxidase (IMAO) podem intensificar os efeitos colaterais muscarínicos.
-->
=={{Ligações externas}}==
* [http://br.geocities.com/plantastoxicas/alcaloides.html AlcalóidesAlcaloides Tropânicos]
{{Anestesia antiga}}
|