Judeus de ascendência portuguesa: diferenças entre revisões

Com o [[Massacre de Lisboa de 1506|Pogrom de Lisboa]] ([[1506]]) iniciava-se nova diáspora judaica, alguns rumaram para o norte da Europa, onde fundaram comunidades nos [[Países Baixos]] e [[Alemanha]]. Outros se dirigiram para o sul da [[França]] ([[Bordéus]], [[Biarritz]], [[Tartas]]) e menor número para [[Inglaterra]] e [[Itália]]. Alguns judeus preferiram retornar ao [[Oriente Médio]], tendo sido bem recebidos pelos [[Império Otomano|turcos otomanos]] e assimilados nas comunidades sefarditas orientais.

 

 

Os judeus portugueses também chegaram com os holandeses em [[Pernambuco]], e consecutivamente a toda região setentrional do Nordeste brasileiro, outrora conquistado aos portugueses pela [[Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais]], entre os anos de 1630 a 1654, onde fundaram no [[Recife]], capital da [[Nova Holanda]], a primeira [[sinagoga]] das Américas, a [[Sinagoga Kahal Zur Israel]]<ref>Rosa, JS da Silva ''Geschiedenis der Portugeesche Joden te Amsterdam 1593-1925''Amsterdam: Menno Hertzberger, 1925</ref>, sob a direção do Hakham [[Isaac Aboab da Fonseca]], autor dos primeiros textos literários e religiosos escritos em língua hebraica nas Américas<ref>[http://www.jhm.nl/cultuur-en-geschiedenis/personen/a/aboab+da+fonseca,+isaac |"Isaac Aboab da Fonseca" no Museu Histórico Judaico dos Países Baixos]</ref>. Com a reconquista portuguesa do Nordeste setentrional do Brasil, e a proibição de praticar o judaismo, a comunidade dispersou-se, sendo que alguns voltaram para [[Amsterdão]], outros migraram para outras colonias holandesas nas Américas do Sul, Central e do Norte e uma parcela permaneceu, refugiando-se nos sertões, interior do Nordeste Brasileiro onde se converteram em [[cripto-judeus]]<ref> Wolff, Egon; Wolff, Frieda.