Ocupação britânica do Egito: diferenças entre revisões

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{{História do Egito}}
A '''[[história do Egito]] sob o domínio britânico''' se refere ao período após [[1882]], quando os ingleses conseguiram derrotar o [[exército egípcio]] em [[Batalha de Tel el-Kebir|Tel El Kebir]], em setembro, e assumiram o controle do país até a [[Revolução Egípcia de 1952]] que tornou o [[Egito]] uma república e resultou na expulsão dos conselheiros britânicos.
 
== Administração britânica ==
{{VT|Guerra anglo-egípcia de 1882|Quedivato do Egito|Dinastia Mehmet Ali}}
 
Em [[1882]], a oposição ao controle europeu levou à crescente tensão entre os nativos notáveis​​,; a oposição mais perigosperigosa vinha do exército. Uma [[Revolta de Urabi|grande manifestação militar]] em setembro [[1881]] forçou o [[Quediva]] [[TewfiqTewfik Paxá]] a demitir seu primeiro-ministro. Em abril 1882, a [[França]] e a [[Grã-Bretanha]] enviaram navios de guerra para [[Alexandria]] para fortalecer o quediva em meio a um clima turbulento, espalhando o medo de uma invasão em todo o país. Tawfiq mudou-se para Alexandria por receio de sua própria segurança, oficiais do exército liderados por [[Ahmed Urabi]] começaram a tomar o controle do governo. Em junho, o Egito estava nas mãos de nacionalistas contrários à dominação europeia do país. Um [[Bombardeio de Alexandria|bombardeio naval britânico]] de Alexandria teve pouco efeito sobre a oposição o que levou ao desembarque de uma força expedicionária britânica em ambas as extremidades do [[Canal de Suez]] em agosto de 1882. Os britânicobritânicos conseguiram derrotar o exército egípcio em Tel El Kebir em setembro, e assumiram o controle do país colocando Tawfiq de volta no controle. O objetivo da invasão era restaurar a estabilidade política no Egito com um governo do quediva sob controle internacional foramsendo implementadosimplementado para agilizar o financiamento do Egito desde [[1876]]. É pouco provável que os britânicos esperassem uma ocupação de longo prazo desde o início, no entanto, [[Evelyn Baring|Lord Cromer]], representante-chefe da [[Grã-Bretanha]] no Egito na época, viu as reformas financeiras no Egito como parte de um objetivo de longo prazo. Cromer considerou que a estabilidade política era necessária para a estabilidade financeira, e embarcou em um programa de investimento de longo prazo em recursos produtivos no Egito, sobretudo na economia do algodão, a base dos lucros de exportação do país. Em [[1906]], o incidente de Denshawai provocou um questionamento do domínio britânico no Egito. A ocupação britânica terminou nominalmente com a [[Declaração unilateral de independência do Egito|declaração de independência do Egito]] pelo Reino Unido de [[1922]], mas a presença militar britânica no Egito durou até [[1936]].
 
=== Impacto econômico e social ===
Durante a ocupação britânica e, posteriormente, o controle, o Egito desenvolveu em um comércio regional e destino de negociação. Imigrantes de partes menos estáveis ​​da região, incluindo [[gregos]], [[judeus]] e [[armênios]], deslocaram-se para o Egito. O número de estrangeiros no país cresceu de 10.000 em [[1840]] para cerca de 90.000 em [[1880]], e mais de 1,5 milhões em [[1930]]. <ref>Osman, Tarek, ''Egypt on the Brink'' by Tarek Osman, Yale University Press, 2010, p.33</ref>
 
 
== Sultanato do Egito ==
{{VT|Força expedicionária egípcia}}
 
 
== Reino do Egito ==
{{AP|Reino do Egito}}
Em dezembro de [[1921]], as autoridades britânicas no [[Cairo]] impuseram a [[lei marcial]] e novamente deportaram Zaghlul. As manifestações novamente levaram à violência. Em deferência ao crescente [[nacionalismo]] e por sugestão do Alto Comissário, [[Edmund Allenby|Lorde Allenby]], o Reino Unido [[Declaração unilateral de independência do Egito|declarou unilateralmente a independência do Egito]] em [[28 de fevereiro]] de 1922, abolindo o [[protetorado]] e estabelecendo um [[Reino do Egito|reino independente no Egito]]. [[Sarwat Paxá]] tornou-se [[Primeiro-ministro do Egito|primeiro-ministro]]. A influência britânica, no entanto, continuou a dominar a vida política do Egito e promoveu reformas fiscais, administrativas e governamentais. A Grã-Bretanha manteve o controle da Zona do Canal, [[Sudão]] e a proteção externa do Egito.
 
O [[Fuad I do Egito|Rei Fuad]] morreu em [[1936]] e [[FaroukFaruk do Egito|FaroukFaruk]] herdou o trono com a idade de 16 anos. Alarmado pela [[Segunda Guerra Ítalo-Etíope|recente invasão]] da [[Itália fascista]] a [[Etiópia]], assina o [[Tratado anglo-egípcio de 1936|Tratado Anglo-Egípcio]], exigindo que a Grã-Bretanha retirasse todas as tropas do Egito, exceto no [[Canal de Suez]] (acordado para ser evacuado em [[1949]]).
 
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], as tropas britânicas [[Campanha do Deserto Ocidental|usaram o Egito]] como uma base para operações aliadas na região. As tropas britânicas foram retiradas para a área do Canal de Suez em [[1947]], porém nacionalistas e anti-britânicos continuaram a aumentar sua influência após a guerra.
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== Ligações externas ==
*[http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2004/12/14/000.htm Egito, colonialismo e revolta nacionalista - História por Voltaire Schilling]
*[http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=1167 O Canal de Suez - Historianet]
 
[[Categoria:História do Egito]]