Der Rosenkavalier: diferenças entre revisões

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Esta é a mais amada de todas as óperas de Richard Strauss. O papel da Marechala é cobiçadíssimo entre as sopranos, e não é difícil entender por que: em todo o repertório operístico existente, não existe nenhum papel feminino mais delicado, mais doce e mais gentil do que o da Marechala - a única rival dela é a Condessa de [[Le Nozze di Figaro]]. Várias sopranos construiram suas carreiras passando por um longo processo de maturação, cantando primeiro a ingênua Sophie, depois o impetuoso Octavian, e só mais tarde - a coroação - assumindo a dignidade da Marechala. [[Elisabeth Schwarzkopf]], [[Maria Reining]] e [[Kiri Te Kanawa]] são algumas das que mais se destacaram nesse papel.
 
A similaridade entre os papéis da Condessa e o da Marechala já foi notada: no final de ''As Bodas de Fígaro'', é o aparecimento da Condessa que traz absolvição a todos os presentes, inclusive ao marido mulherengo. E no final de ''Der Rosenkavalier'', a Marechala aparece, e perdoa o Barão (de certa forma), absolve Octavian, e dá sua bênção à sua união dele com Sophie.
 
Outras similaridades se pode notar entre ''Figaro'' e ''Der Rosenkavalier''. Ao começar o primeiro ato de ''Le Nozze'', Fígaro está medindo o chão do quarto com uma régua, para ver se nele cabe uma cama (é a véspera do casamento dele); ao abrir-se a cortina no primeiro ato de ''Der Rosenkavalier'', Octavian está na cama com a Marechala. Há um papel-travesti em ''Figaro''; em ''Der Rosenkavalier'' também. Mas o relato que o Barão faz de suas conquistas amorosas na sua visita à Marechala no primeiro ato lembra a ária do catálogo de [[Don Giovanni]].