Transtorno de pânico: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Profvalente (discussão | contribs)
Jml3 (discussão | contribs)
+correções automáticas (v0.32/3.1.33)
Linha 1:
{{sem-fontes|data=Dezembro de 2008}}
 
O '''transtorno do pânico''', '''síndrome do pânico''' ou '''ansiedade paroxística episódica''' é uma condição mental que faz com que o indivíduo tenha [[Ataque de pânico|ataques de pânico]] esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental.
 
Linha 20 ⟶ 19:
Adicionalmente, a hiperventilação é realizada através de respiração bucal, o que traz duas consequências diretas: o ressecamento da boca (boca seca) e falta de ar (ocasionada pela não estimulação dos nervos sensitivos intranasais).
 
Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos [[Coração|cardíacos]], experiências [[Psicologia|psicológicas]] como [[medo]] incontrolável etc.). Quando alguém tem crises repetidas ou sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem transtorno do pânico. Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema [[ansiedade]], conhecidos como [[Ataque de pânico|ataques de pânico]].
 
Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente, diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas (como [[vergonha]], [[Preconceito|estigma social]], [[ostracismo]] etc.). Como resultado disso, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem [[agorafobia]].
 
== Ocorrência ==
O sistema de "alerta" normal do organismo — o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça — tende a ser desencadeado desnecessariamente na crise de pânico, '''sem haver perigo iminente'''. Algumas pessoas são mais suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário (genético) na determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este transtorno não tem nenhum antecedente familiar.
 
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.
 
O transtorno do pânico é um sério problema de saúde, mas pode ser [[Tratamento (medicina)|tratado]]. Geralmente ele é disparado em jovens [[adulto]]s, cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre com mais freqüência dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.
 
O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com [[amigo]]s e [[Família|familiares]] ou [[Desemprego|perderam o emprego]] em decorrência do transtorno do pânico.
 
Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existem também algumas evidências de que muitos indivíduos, especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens, podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou [[Medicamento|medicação]] em andamento sem um acompanhamento médico especializado.
Linha 37:
 
== Tratamento ==
 
{{aviso médico}}
 
Linha 50 ⟶ 49:
A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um [[Medicina de Família e Comunidade|médico de família]] pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.
 
Medicamentos ou técnicas modernas podem ser utilizadas para quebrar a conexão psicológica entre uma [[fobia]] específica e os ataques de pânico.
 
'''Tratamentos empregados incluem:'''
Linha 59 ⟶ 58:
 
* [[Ansiolítico]]s ([[benzodiazepínico]]s): ministrados durante um episódio de ataque de pânico, não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem [[Vício|viciar]]. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.
* [[Estimulação magnética transcraniana repetitiva]]: é uma técnica indolor que atinge o [[cérebro]] de maneira não invasiva, usada desde [[1985]] em [[neurologia]] e desde [[1997]] no campo da [[psiquiatria]], que pode beneficiar pacientes refratários, ou seja, nos quais diversas combinações de medicamentos não foram eficazes.
 
* [[Estimulação magnética transcraniana repetitiva]]: é uma técnica indolor que atinge o [[cérebro]] de maneira não invasiva, usada desde [[1985]] em [[neurologia]] e desde [[1997]] no campo da [[psiquiatria]], que pode beneficiar pacientes refratários, ou seja, nos quais diversas combinações de medicamentos não foram eficazes.
 
=== Cura e controle ===
 
A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico (associado à doença) sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de [[psicoterapia]] ou simplesmente pela exposição.
 
Linha 70 ⟶ 67:
Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A [[depressão nervosa|depressão]] geralmente está associada ao transtorno do pânico, assim como pode haver [[alcoolismo]] e uso de outras [[droga]]s. Pesquisas sugerem que tentativas de [[suicídio]] são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.
 
=={{ Ver também}} ==
* [[Ansiedade]]
* [[Ataque de pânico]]
Linha 76 ⟶ 73:
* [[Circulação do sangue]]
 
=={{ Ligações externas}} ==
* [http://www.dignow.org/post/transtorno-do-p%C3%A2nico-%E2%80%93-quando-o-alarme-falha-2954491-32878.html Transtorno do Pânico – Quando o alarme falha (Novos avanços sobre a origem de uma das doenças mais comuns do Século XXI)]
* [http://www.adaa.org/ ''Anxiety Disorders Association of America'']
* [http://www.nomorepanic.co.uk/ Fórum britânico de indivíduos que têm o transtorno do pânico]
* [http://www.psiq.med.br/index.php?opcao=temas&id_cat=2/ Psiq - Pânico]
 
{{Transtornos mentais e comportamentais}}