Thomas R. Marshall: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Typo fixing, typos fixed: viajem → viagem, ascenção → ascensão (2), paralizado → paralisado, anti-g → antig (6) utilizando AWB (8853)
Linha 44:
 
[[Ficheiro:Whitley-county-thomas-riley-marshall-plaque.jpg|thumb|left|upright|Placa em North Manchester honrado Thomas R. Marshall.]]
Thomas Riley Marshall nasceu em [[North Manchester]] no dia {{dtlink|14|3|1854}}. Dois anos depois, sua irmã nasceu, mas ela morreu ainda pequena. Martha havia contraído [[tuberculose]], que Daniel acreditava ser a causa da péssima saúde da criança.<ref name=bennett3 /> Enquanto Marshall ainda era jovem, sua família mudou várias vezes à procura de um clima agradável para Daniel tentar "curas ao ar livre" em Martha.<ref name=gray281 >Gray 1977, p. 281</ref> Eles primeiro foram para [[Quincy (Illinois)|Quincy]], [[Illinois]], em 1857. Daniel Marshall apoiava a União Americana e era um democrataDemocrata convicto, levando seu filho para [[Freeport (Illinois)|Freeport]] em 1858 afim de ver os [[Debates Lincoln–Douglas|debates entre Lincoln e Douglas]]. Marshall, com então quatro anos de idade, conheceu [[Abraham Lincoln]] e [[Stephen A. Douglas]] e ficou sentado no colo do candidato que não estava falando no momento. Ele mais tarde afirmou que essa era uma de suas primeiras e mais valorizadas memórias.<ref name=bennett5 >Bennett 2007, p. 5</ref><ref name=gugin232 >Gugin & St. Clair 2006, p. 232</ref>
 
A família mudou-se para [[Osawatomie (Kansas)|Osawatomie]], [[Kansas]], em 1859, porém a violência da fronteira os fizeram ir para o [[Missouri]] no ano seguinte; eventualmente, Daniel conseguiu curar a doença de Martha.<ref name=bennett4 >Bennett 2007, p. 4</ref> Enquanto a [[Guerra de Secessão]] se aproximava, a violência se espalhou para o Missouri. Em outubro, homens liderados por Duff Green exigiram que Daniel Marshall desse auxílio médico para uma facção pró-escravatura.<ref name=bennett5 /> Ele recusou-se, e os homens foram embora. Logo em seguida, os vizinhos contaram aos Marshall que Green planejava retornar e matá-los. Eles ajudaram a família a rapidamente fazer as malas e fugir para o Illinois. Eles permaneceram no estado por pouco tempo antes de voltarem para Indiana, distanciando-se da instável região da fronteira.<ref name=gugin232 /><ref>Bennett 2007, p. 6</ref>
Linha 54:
Marshall entrou na fraternidade Phi Gamma Delta, participando de sociedades literárias e de debate, e fundando o Clube Democrático.<ref name=gray281 /> Ele conseguiu um emprego no jornal da faculdade, o ''Geyser'', e começou a escrever colunas políticas defendendo a ideologia Democrata. Em 1872, ele escreveu uma coluna desfavorável sobre uma professora, acusando-a de "procurar liberdades" com os jovens no dormitório. Ela contratou o advogado [[Lew Wallace]], autor do romance ''[[Ben-Hur (livro)|Ben-Hur: A Tale of the Christ]]'', e abriu um processo exigindo que Marshall pagasse [[Dólar dos Estados Unidos|US$]] 20.000 por difamação.<ref name=bennett13 >Bennett 2007, p. 13</ref> Marshall viajou para [[Indianápolis]] à procura de um advogado de defesa, contratando [[Benjamin Harrison]], futuro [[Presidente dos Estados Unidos]], na época um proeminente advogado na região. Harrison fez o processo ser retirado ao provar que as acusações de Marshall eram provavelmente verdadeiras. Em suas memórias, Marshall conta que quando foi pagar Harrison, o advogado falou que não iria cobrar pelo serviço, mas que lhe daria uma palestra sobre ética.<ref name=bennett13 /><ref name=gugin234 >Gugin & St. Clair 2006, p. 234</ref>
 
Marshall foi eleito para a fraternidade Phi Beta Kappa durante seu último ano de faculdade.<ref name=gray281 /> Ele se formou em junho de 1873, recebendo nota máxima em quatorze das trinta e seis matérias em uma classe de vinte e um estudantes.<ref>Bennett 2007, p. 15</ref> Como resultado do caso de difamação, Marshall passou a ficar cada vez mais interessado em direito e começou a procurar algum professor. Na época, o único modo de tornar-se advogado em Indiana era ser o aprendiz de um membro da associação do tribunal de Indiana. Seu tio-avô Woodson Marshall começou a ajudá-lo, mas logo teve de retirar-se.<ref>Bennett 2007, p. 19</ref> Marshall então voltou a morar com os pais, que haviam se mudado para [[Columbia City (Indiana)|Columbia City]]. Lá, ele estudou por mais de um ano no escritório de Walter Olds, futuro membro da Suprema Corte de Indiana, e entrou na associação do tribunal de Indiana em {{dtlink|26|4|1875}}.<ref name=gugin234 /><ref>Bennett 2007, p. 20</ref><ref>Gray 1977, p. 282</ref>
 
===Advocacia===
Linha 60:
Marshall abriu uma firma de advocacia em Columbia City no ano de 1876, pegando casos pequenos. Depois de ganhar destaque, ele aceitou William F. McNagny como parceiro em 1879 e começou a pegar muitos casos de defesa criminal. Os dois homens funcionavam bem como parceiros; McNagny tinha um maior conhecimento da lei e trabalhava nos argumentos, e Marshall, melhor orador, defendia os casos perante o juiz e o júri. A firma deles ficou bem conhecida na região após cuidarem de vários casos de destaque.<ref>Bennett 2007, p. 22</ref> Em 1880, Marshall concorreu a um cargo público pelo Partido Democrata pela primeira vez, promotor público do distrito.<ref name=gray283 >Gray 1977, p, 283</ref> O distrito era um reduto Republicano e ele foi derrotado. Ao mesmo tempo, ele conheceu e ficou noivo de Kate Hooper. Hooper morreu em 1882 um dia antes do casamento. Sua morte foi um enorme choque emocional para Marshall, fazendo com que ele virasse alcoólatra.<ref>Bennett 2007, p. 23</ref><ref name=gray284 >Gray 1977, p. 284</ref>
 
Marshall morou com seus pais até seus trinta anos. Seu pai morreu no final da década de 1880 e sua mãe em 1894, deixando para ele as propriedades da família e negócios. Em 1895, Marshall conheceu Lois Irene Kimsey, que estava trabalhando na firma de advocacia do pai.<ref name=gray284 /> Apesar dos seus dezoito anos de diferença, os dois se apaixonaram a casaram-se em [[2 de outubro]].<ref name=bennett46 >Bennett 2007, p. 46</ref> Os Marshall eram muito próximos e quase inseparáveis, tendo passado apenas duas noites longe um do outro durante seu casamento de trinta anos.<ref>Bennett 2007, p. 47</ref>
 
Seu alcoolismo já afetava sua vida antes do casamento. Marshall chegou inúmeras vezes em tribunais de ressaca e não conseguiu esconder seu vício da população da cidade. Sua esposa o ajudou a superar seu problema com bebidas após trancá-lo em casa por duas semanas para submeter-se a um regime de tratamento.<ref name=bennett46 /> Depois disso, ele tornou-se ativo em organizações de temperança e passou a fazer vários discursos sobre os perigos das bebidas alcoólicas. Apesar de ter largado o vício, seu alcoolismo foi posteriormente usado contra ele durante sua campanha para governador.<ref name=gugin235 >Gugin & St. Clair 2006, p. 235</ref><ref>Bennett 2007, p. 74</ref>
Linha 70:
==Governador de Indiana==
===Campanha===
Em 1906, Marshall recusou a indicação do partido para concorrer ao Congresso. Entretanto, ele indicou aos líderes Democratas que estaria interessado em concorrer a governador nas eleições de 1908.<ref> Bennett 2007, p. 64 </ref> Ele logo ganhou o apoio de vários [[sindicato]]s importantes e de um repórter do ''The Indianapolis Star''. Apesar disso, ele foi considerado um azarão na convenção do partido.<ref> Gray 1977, p. 287 </ref> Thomas Taggart, líder do Partido Democrata de Indiana, não o apoiou porque Marshall apoiavaera a favor da [[Lei seca nos Estados Unidos|lei seca]].<ref> Bennett 2007, p. 66 </ref> Taggart queria que o partido indicasse o anti-proibicionista [[Samuel M. Ralston]], porém as facções anti-Taggart e proibicionistas uniram-se aos apoiadores de Marshall, dando-lhe os votos necessários para vencer.<ref name=gugin235 /><ref> Bennett 2007, pp. 69–71 </ref><ref name=gray288 > Gray 1977, p. 288 </ref>
 
[[Ficheiro:StateCapitolIndiana.jpg|thumb|right|A Assembleia Legislativa de Indiana em Indianápolis.]]
Linha 79:
Marshall tomou posse como [[Anexo:Lista de governadores de Indiana|Governador de Indiana]] em {{dtlink|11|1|1909}}. Já que seu partido estava há anos longe do poder, seu objetivo inicial era designar o maior número possível de Democratas para posições de clientelismo.<ref name=gugin237 >Gugin & St. Clair 2006, p. 237</ref> Marshall tentou evitar envolver-se diretamente no sistema de clientelismo. Ele permitiu que diferentes facções do partido tivessem posições, e nomeou apenas algumas de suas próprias escolhas. Ele deixou que Taggart cuidasse do processo e escolhesse os candidatos, mas assinou as nomeações oficiais. Apesar de sua posição ter mantido a paz dentro do partido, isso impediu que Marshall desenvolvesse uma forte base política.<ref>Bennett 2007, p. 90</ref>
 
Durante seu mandato, Marshall focou-se primariamenteprincipalmente em pautas progressistas. Ele defendeu com sucesso a aprovação de leis contra o [[trabalho infantil]] e legislações anti-corrupção. Ele apoiou a eleição popular de senadores dos EUA, e a emenda constitucional para permitir isso foi ratificada pela Assembleia Legislativa de Indiana durante seu mandato.<ref name=bennett114 > Bennett 2007, p. 114 </ref> Ele também reformulou as agências de auditoria do estado e afirmou ter salvo milhões de dólares do governo.<ref name=gugin237 /> Ele não conseguiu aprovar o resto dos itens da plataforma progressista ou persuadir o legislativo a convocar uma convenção para reescrever a constituição estadual, expandido os poderes reguladores do governo.<ref> Gray 1977, p. 290 </ref>
 
Marshall era um grande opositor das recém aprovadas leis de Indiana sobre [[eugenia]] e [[Esterilização compulsiva|esterilização]], ordenando que as instituições estaduais não as seguissem.<ref>{{citar web|url=http://buckvbell.com/pdf/JPaulmss.pdf|título=State Eugenic Sterilization Laws in American Thought and Practice|primeiro=Julius|último=Paul|acessodata=23 de novembro de 2012|data=1965 }}</ref> Ele foi um dos primeiros oponentes de destaque das leis de eugenia, e Marshall manteve essa posição em sua vice-presidência.<ref>Gray 1977, p. 289</ref> Seu governo foi o primeiro em que nenhuma execução ocorreu, principalmente devido a sua oposição a [[pena de morte]] e seu hábito de perdoar e comutar as sentenças das pessoas condenadas a execução.<ref>{{citar web|url=http://www.quaylemuseum.org/Vice_Presidency/Indiana_Five.htm|título=Indiana's Five|publicado=Dan Quayle Museum|acessodata=23 de novembro de 2012 }}</ref> Ele atacou regularmente corporações e usou leis antitruste recém criadas para tentar quebrar vários grandes negócios.<ref name=gugin238 >Gugin & St. Clair 2006, p. 238</ref> Marshall também participou de vários eventos cerimoniais, incluindo colocar pessoalmenteo o último tijolo dourado para finalizar a construção do [[Indianapolis Motor Speedway]] em 1909.<ref>Gray 1994, p. 14</ref>
 
===Nova constituição===
Reescrever a constituição estadual tornou-se o foco central de Marshall como governador, e após a convocação de uma convenção constituinte ter sido recusada pela Assembleia Geral ele começou a procurar meios alternativos para ter uma nova constituição adotada. Ele e Jacob Piatt Dunn, um amigo pessoal e líder cívico, escreveram uma nova constitução que aumentava consideravelmente os poderes reguladores do estado, definia salários mínimos e dava proteções aos sindicatos.<ref>Gray 1977, pp. 290–291</ref> Muitas dessas reformas também estavam sob a plataforma do [[Partido Socialista da América|Partido Socialista]] e seu líder, Eugene V. Debs. Os Republicanos acreditavam que a constituição de Marshall era uma tentativa de ganhar os apoiadores de Debs, que eram fortes em Indiana.<ref name=bennett114 /><ref name=gugin238 /> O documento também permitia a realização de [[Iniciativa popular|iniciativas populares]] e [[referendo]]s democráticos. A assembleia controlada pelos Democratas concordou com o pedido e colocou a medida empara votação. Seus oponentes atacaram as provisões democratas, afirmando que eram violações diretas da [[Constituição dos Estados Unidos]], que requeria que os estados operassem formas [[República|republicanas]] de governo.<ref name=gugin238 /><ref name=bennett116 >Bennett 2007, p. 116</ref> As eleições de 1910 deram aos Democratas o controle do Senado de Indiana, aumentando as chances da constitução ser aprovada. Marshall a apresentou a Assembleia Geral em 1911, recomendando que ela fosse enviada aos eleitores na eleição de 1912.<ref>Bennett 2007, p. 115</ref>
 
Os Republicanos se opuseram à ratificação do processo, enfurecendo-se que os Democratas estavam tentando revisar toda a constituição sem convocar uma assembleia constituinte, como tinha sido o caso nas duas constituições estaduais anteriores.<ref name=bennett116 /> Marshall rebateu dizendo que uma convenção não era necessária porque a atual constituição não requeria uma.<ref>Gray 1977, p. 291</ref> Os Republicanos levaram a questão até a Corte do Condado de Marion, conseguindo uma liminar que removia a nova constituição da votação de 1912. Marshall apelou, mas a Suprema Corte de Indiana manteve a decisão em um julgamento que afirmou que, baseado nas duas constituições anteriores, a Constituição de Indiana não poderia ser substituída em sua totalidade sem uma assembleia constituinte.<ref>Bennett 2007, p. 117</ref> Marshall ficou furioso com a decisão e fez um discurso atacando a corte, acusando-a de ignorar sua autoridade. Ele tentou uma última apelação na [[Suprema Corte dos Estados Unidos]], porém saiu do cargo em janeiro de 1913 com a situação ainda em aberto. Mais tarde naquele ano, a corte negou a apelação, decidindo que a questão era de jurisdição das cortes do estado. Marshall ficou muito desapontado com o resultado.<ref>Gray 1977, p. 292</ref> Historiadores da posterioridade, como a Professora Linda Gugin, chamaram o processo e o documento de "irremediavelmente falho", e o especialista jurídico James St. Clair escreveu que caso a constituição tivesse sido adotada, grande porções seriam consideradas inconstitucionais.<ref>Gugin & St. Clair 2006, p. 239</ref>
Linha 91:
===Eleição===
[[Ficheiro:Thomas Marshall delivers speech in Indianapolis.jpg|thumb|right|500px|Uma multidão em Indianápolis ouve Samuel M. Ralston falar enquanto Thomas R. Marshall prepara-se para discursar aceitando a indicação a vice-presidente, 10 de agosto de 1912.]]
A nova constituição de Indiana impediu que Marshall servisse um segundo mandato como governador. Ele planejou concorrer para senador ao final de seu mandato, porém uma outra oportunidade surgiu durante seus últimos meses como governador. Apesar de não ter participado da Convenção Nacional Democrata de 1912 em [[Baltimore]], seu nome foi colocado como a escolha de Indiana para presidente.<ref>Bennett 2007, 138</ref> Ele foi sugerido como um candidato de harmonização, porém [[William Jennings Bryan]] e os participantes apoiaram [[Woodrow Wilson]] sobre Champ Clark. Os representantes de Indiana pressionaram para ter Marshall como candidato a vice-presidência em troca do apoio a Wilson. Indiana era um ''[[swing state]]'' importante, e Wilson esperava que a popularidade de Marshall o ajudasse na eleição. Ele e seus representantes apoiaram Marshall, conseguindo-lhe a indicação a vice-presidente.<ref>Gray 1977, p. 293</ref><ref>Bennett 2007, p. 139</ref><ref>{{citar periódico|data=3 de julho de 1912|título=Indiana Governor Is Named Vice Presidential Candidate|jornal=[[The New York Times]] }}</ref> Marshall recusou a indicação, presumindo que o cargo seria chato por causa de suas poucas funções. Ele mudou de ideia após Wilson ter lhe assegurado que iria receber várias responsabilidades.<ref name=gugin240 >Gugin & St. Clair 2006, p. 240</ref> Durante a campanha, Marshall viajou pelo país discursando. A chapa Wilson–Marshall venceu facilmente a [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1912|eleição de 1912]] por causa da divisão entre o Partido Republicano e o Partido Progressista.<ref name=gugin240 />
 
Marshall não gostava de Wilson, discordando dele em várias questões.<ref name=gray294 >Gray 1977, p. 294</ref> Apesar de Wilson ter convidado Marshall para várias reuniões de gabinete, suas ideias eram raramente consideradas, e ele eventualmente parou de comparecer regularmente.<ref name=gray294 /> Em 1913, Wilson encontrou-se pessoalmente com membros do senado, algo nunca antes visto, para discutir política. Antes disso, os presidentes usavam o vice-presidente (que atua como presidente do senado) como um intermediário; Wilson usou essa oportunidade para mostrar que não confiava em Marshall para assuntos delicados.<ref name=gugin240 /><ref>Bennett 2007, p. 262</ref> Em suas memórias, o único comentário negativo que Marshall fez de Wilson foi, "Eu às vezes pensava que grandes homens são a ruína da civilização, eles são a verdadeira causa de toda amargura e discórdia que ascende a qualquer coisa no mundo".<ref name=senado >{{citar web|url=http://www.senate.gov/artandhistory/history/common/generic/VP_Thomas_Marshall.htm|publicado=[[Senado dos Estados Unidos]]|acessodata=1 de dezembro de 2012|título=Thomas R. Marshall, 28th Vice President (1913-1921) }}</ref><ref>Bennett 2007, p. 242</ref> A relação deles foi descrita como "funcionando em animosidade".<ref name=suddath >{{citar web|url=http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1834600_1834604_1835406,00.html|obra=[[Time (revista)|TIME]]|acessodata=1 de dezembro de 2012|título=Thomas Marshall|data=21 de agosto de 2008|primeiro=Claire|último=Suddath }}</ref>