Carlos João Chambers Ramos: diferenças entre revisões

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Foi membro do [[Conselho Superior de Obras Públicas]].<ref>A.A.V.V. – '''Arte Portuguesa, Anos quarenta (tomo 2)'''. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 111</ref>
ObrasTrabalhos iniciais como ao edifício da Agência Havas, Rua do Ouro, Lisboa, revelam a assimilação de modelos clássicos aprendidos na Escola de Belas-Artes, embora já encontremos aqui grandes e funcionais vãos exteriores envidraçados.

Carlos Ramos foi também autor de projetos emblemáticos do primeiro modernismo da arquitetura portuguesa, destacando-se o "''projeto racionalista''", não construído, para o Liceu D. Filipa de Lencastre, Lisboa – que apresentou na I Exposição dos Independentes, 1930 –, e o Pavilhão do Rádio, parte do [[Instituto Português de Oncologia]], Lisboa, complexo hospitalar que traçou no seu conjunto, cabendo-lhe depois o projeto desse "''notável pavilhão em que ecoa o ensino da [[Bauhaus]]''".<ref>França, José Augusto – '''História da Arte em Portugal: o Modernismo'''. Lisboa: Editorial Presença, 2004, p. 88.</ref><ref>França, José Augusto – ''Os anos 20''. In: A.A.V.V. (coordenação Fernando Pernes) – '''Panorama Arte Portuguesa no Século XX'''. Porto: Fundação de Serralves; Campo de Letras, 1999, p. 77</ref>. Este projeto denuncia o funcionalismo e o racionalismo dos novos princípios arquitetónicos: "''volume unitário definido por superfícies lisas e cobertura plana, com total ausência de decoração''"<ref>Tostões, Ana – ''Sob o signo do inquérito''. A.A.V.V. – '''Inquérito à Arquitetura do Século XX em Portugal'''. Lisboa: Ordem dos Arquitetos, 2006, p. 22. ISBN 972-8897-14-6</ref>.
 
A partir da década de 1940 Carlos Ramos acompanhou a institucionalização do estilo monumentalista/tradicionalista do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] (por vezes apelidado [[Estilo Português Suave|Português Suave]]), e a sua arquitetura tornou-se mais pesada e convencional, como, por exemplo, no projeto para o tribunal de Évora.<ref>Fernandes, José Manuel – '''Português Suave: Arquiteturas do Estado Novo'''. Lisboa: IPPAR, Departamento de Estudos, 2003, p. 72. ISBN 972-8736-26-6</ref>