A Nuvem do Não Saber: diferenças entre revisões
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No primeiro episódio, Maria representaria a vida contemplativa, enquanto Marta representaria a vida ativa. Isto porque conforme a narrativa neo-testamentária, quando Jesus visita a casa de Marta, esta se apressa em preparar-lhe a refeição, enquanto Maria se senta para ouvi-lo. No segundo episódio, Moisés representaria aquele que através de muitos esforços, chega à perfeita contemplação, sendo então, encoberto por uma nuvem de desconhecimento/ignorância. À semelhança da narrativa vétero-testamentária, onde Moisés atende o chamado do Senhor, subindo ao monte e sendo encoberto por uma grande nuvem durante seis dias.<br />
Em suma, a via (ou, vida) contemplativa se dá quando o cristão percebe a precariedade da razão, da inteligência natural, como meio de alcançar Deus, e abandonando-a, vai de encontro a Ele por meio do amor, como ensina Merton: " embora a essência de Deus não possa ser adequadamente apreendida, ou claramente entendida pela inteligência humana, podemos alcançá-Lo diretamente pelo amor"<ref>MERTON, Thomas. ''A Experiência Interior''. Trad. Luiz Gonzaga de Carvalho Neto. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2007, p. 121.</ref>. Ou ainda, nas palavras do próprio cartuxo: " Porque Deus pode muito bem ser amado, mas não pensado. Pelo amor Ele pode ser retido; mas pelo pensamento, não, nunca"<ref>ANÔNIMO DO SÉCULO XIV. ''A Nuvem do Não-Saber'', Trad. D. Lino Correia Marques de Miranda Moreira. Petrópolis: Ed. vozes, 2008, p. 47.</ref>.<br />
A proposta do cartuxo
Ver também: HUIZINGA, Johan. O outono da Idade Média. São Paulo: Ed. Cosac & Naify, 2010.</ref>.
O cartuxo
Os [[manuscrito]]s da obra se encontram na [[Biblioteca Britânica]] e na [[Universidade de Cambridge|Biblioteca da Universidade de Cambridge]].<ref>British Library MS Harleian 674, British Library MS Royal 17 C xxvi and Cambridge University Library Kk.vi.26. {{en}}</ref>
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