Pierluigi Collina: diferenças entre revisões

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'''Pierluigi Collina''' ([[Bologna]], [[13 de fevereiro]] de [[1960]]) é um ex-[[árbitro]] [[italiaitaliano]]no de [[futebol]].
 
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É, de acordo com a [[FIFA]], o melhor árbitro de todos os tempos. Apitou a final da [[Copa do Mundo de 2002]] que teve sede na [[Coréia do Sul]] e no [[Japão]], [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]] x [[Seleção Alemã de Futebol|Alemanha]]. Vencida pelo Brasil por 2 a 0. É economista formado em 1984 pela Universidade de Bolonha, pai de duas filhas e morador de Viareggio (ITA).
 
Filho único de um [[funcionário público]] e uma [[professora]], Pierluigi Collina nasceu em [[Bolonha]] e, quando criança, sequer cogitava que poderia se consagrar através do [[futebol]]. Algo improvável para um apaixonado pelo [[basquete]], torcedor fanático da Fortitudo Bologna, e que deixava o ''calcio'' para acompanhar na televisão sua [[Società Sportiva Lazio|Lazio]]. Não animava-se com a carreira de [[jogador de futebol|jogador]], depois de dois anos como líbero titular dos Allievi da Pallavicini, velha equipe emiliana. Uma lesão o "salvou", Collina passou a apitar os treinamentos de seus companheiros e não demorou a fazer um curso na cidade.
Collina sofre de [[alopécia]], uma doença que causa a queda de todos os pêlos do corpo. "Para mim não é problema, mas para outros que se sentem diferentes, pode ser. Vocês não imaginam quantas cartas recebo de mães de garotos com alopécia".
 
Desde seu início como [[árbitro]], em [[1977]], com apenas 17 anos, Collina passou a ser observado pelos dirigentes da cidade. Assim, bastou três anos para alcançar o nível máximo regional, a Promozione, e mais três para atingir as divisões inferiores italianas. Na mesma época, sofreu com uma grave [[alopécia]] ao perder todos os [[cabelos]], naquele sinal que o acompanharia na fama. Bem formado em [[Economia]] pela Universidade de Bolonha, mudou-se para [[Viareggio]] em [[1991]], quando tornou-se consultor financeiro de um [[banco]]. Neste ano, também estreou pela [[Campeonato Italiano de Futebol|Serie A]], apitando uma vitória simples do [[Hellas Verona Football Club|Verona]] sobre o [[Ascoli Calcio 1898|Ascoli]], em [[15 de novembro]]. Ao fim da temporada, anotaria um recorde de partidas para um juiz estreante na primeira divisão: oito.
Para os italianos, Collina é um símbolo nacional e tão reconhecido e respeitado quanto os principais jogadores do país. A careca, os esbugalhados olhos azuis acinzentados tornam seu rosto tão familiar para os italianos como o do ex-Papa João Paulo II.
 
Collina ganhou seu distintivo [[FIFA]] em [[1995]]. A partir daí, se destacou internacionalmente. Apitou [[Seleção Nigeriana de Futebol|Nigéria]] x [[Seleção Argentina de Futebol|Argentina]] que valeu aos africanos o ouro da [[Jogos Olímpicos de Verão de 1996|Olimpíada de 1996]]; o histórico [[Manchester United]] x [[Bayern de Munique]] na final da [[UEFA Champions League|Champions League]] de [[1999]]; o pentacampeonato do [[Seleção Brasileira de Futebol|Brasil]] sobre a [[Seleção Alemã de Futebol|Alemanha]] na [[Copa do Mundo FIFA de 2002|Copa do Mundo de 2002]]; além da [[Copa do Mundo FIFA de 1998|Copa de 1998]] e da [[Campeonato Europeu de Futebol de 2000|Euro 2000]]. Ainda foi eleito seis vezes o melhor ábitro do mundo pela [[IFFHS]], sete vezes o melhor italiano pela [[Oscar del Calcio|Associação Italiana de Jogadores (AIC)]] e ganhou a ordem mais alta de reconhecimento no país do então presidente [[Carlo Azeglio Ciampi]].
 
No final da temporada [[2004]]-[[2005|05]] tinha 45 anos, idade na qual os árbitros são obrigados a deixar o apito, e a [[Federação Italiana de Futebol|Federação Italiana (FIGC)]] mudou seu regulamento para manter Collina nos campos por mais um ano. Como já tinha assinado um contrato publicitário de 800 mil euros anuais com a [[Opel]], patrocinadora do [[Associazione Calcio Milan|Milan]], acabou acusado pela Associação Italiana de Árbitros (AIA) de conflito de interesses e convocou uma coletiva para anunciar sua [[aposentadoria]] do futebol. Sua última partida foi o empate sem gols entre [[Associazione Calcio Pavia|Pavia]] e [[Associazione Sportiva Bari|Bari]] pela [[Coppa Italia]], em [[21 de agosto]] de [[2005]], na qual os ''biancorossi'' venceram nos [[pênalti|pênaltis]]. Foram 240 partidas pela Serie A e mais 109 internacionais, além de 79 na Serie B e 42 na Coppa Italia.
 
Em [[julho]] de [[2007]], foi nomeado designador dos árbitros e consultor técnico-atlético do comitê nacional da AIA, se responsabilizando pelas Series A e B. Em [[janeiro]] de [[2010]], foi eleito pela [[IFFHS]] o melhor árbitro de futebol da história. Entre suas contribuições para a área, está uma das grandes definições da profissão, expressa à revista do Corriere della Sera, em [[2006]]: "Sábio é quem pensa. O árbitro não pode ser sábio. Deve ser impulsivo. Deve decidir em três décimos de segundo".
 
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