Despotado da Moreia: diferenças entre revisões

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==História==
Depois da conquista de [[Constantinopla]] pelas forças da [[Quarta Cruzada]], em [[1204]], dois grupos de Ocidentais ocuparam a [[Peloponeso|península do Peloponeso]]. Criaram o [[Principado da Acaia]], um pequeno estado de maioria grega governado por um autocrata [[Império Latino|latino]]. Para se referirem ao [[Peloponeso]], seguiram a prática local e utilizaram o nome Moreia.
 
O príncipe mais importante da Moreia foi [[Guilherme II de Villehardouin]] (1246–1278), que fortificou [[Mistras]], situada perto de [[Esparta]], em [[1249]]. Depois de derrotado na [[batalha de Pelagónia]], em [[1259]], frente ao imperador [[Miguel VIII Paleólogo]], Guilherme foi obrigado a resgatar-se a si mesmo entregando a maior parte da Moreia oriental, onde se encontravam as suas recém-construídas fortificações.
 
O despotado foi criado em território conquistado ao senhorio latino do [[Principado da Acaia]], em meados do [[século XIV]], por aquele que viria a ser mais tarde o imperador [[João VI Cantacuzeno]] que reoganizou a Moreia bizantina, normalmente governada a partir de Mistra pelo herdeiro do imperador. Os [[Império Bizantino|Bizantinos]] conseguiram reconquistar o resto da península, mas o sultão [[otomano]]s [[Mehmed II|Maomé II]], ''o Conquistador'', conquistou em [[1460]], por sua vez a totalidade da Moreia.
 
Um [[imperador bizantino]] posterior, [[João VI Cantacuzeno]], reorganizou administrativamente o território em meados do século XIV para aí estabelecer um [[:wikt:apanágio|apanágio]] para o seu filho [[Manuel Cantacuzeno]]. A [[dinastia Paleólogo]], rival dos [[Cantacuzenos]], capturou a Moreia depois da morte de Manuel em [[1380]], e [[Teodoro I Paleólogo]] tornou-se no novo déspota em [[1383]]. Teodoro governou até [[1407]], consolidando o poderio bizantino e alcançando entendimentos com os seus vizinhos mais poderosos, em especial o [[Império Otomano]], em fase de expansão, cuja suserania Teodoro reconheceu. Procurou também revigorar a economia local trazendo [[Albaneses]] para repovoarem o território.
 
À medida que o poder dos Latinos se desvanecia no [[Peloponeso]] ao longo do século XV, o Despotado da Moreia acabou por abarcar toda a península. No entanto, o sultão [[otomano]] [[Murad II]] destruiu as [[Hexamílion|fortificações bizantinas]] no [[istmo de Corinto]] em [[1446]], o que abriu caminho à invasão da península, embora Murad tivesse morrido antes de poder aproveitar a oportunidade. O seu sucessor [[Mehmed II|Maomé II]], ''o Conquistador'', tomou [[Constantinopla]] em [[1453]] e sete anos mais tarde destruiu o Despotado da Moreia, o último vestígio do [[Império Bizantino]] na Europa (vide [[Revolta da Moreia de 1453-1454]]).
 
==Déspotas bizantinos da Moreia em Mistra==
[[FicheiroImagem:ShepherdByzempire1265.jpg|thumb|right|400px|A Moreia e os estados seus limítrofes resultantes do desmembramento do Império Bizantino, à data de [[1265]] (William R. Shepherd, ''Historical Atlas,'' 1911)]]
*Miguel ([[1308]]-[[1316]])
*Andrónico Paleólogo ([[1316]]-[[1322]])
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A [[Crónica da Moreia]], obra anónima do [[século XIV]], relata, em mais de 9.000 linhas de verso político, o estabelecimento do feudalismo pelos [[cruzados]] na Grécia continental, subsequentemente à [[Quarta Cruzada]]. A "Crónica" é famosa, apesar da sua imprecisão histórica, devido à sua descrição vívida da vida da comunidade feudal e da linguagem utilizada, reflectindo a transição rápida do grego medieval para o grego moderno. A ''Crónica'', escrita originalmente em francês, sobreviveu em dois textos gregos paralelos, o Manuscrito ''Havniensis'' 57 (sécs. XIV–XV, em [[Copenhaga]]) e o Manuscrito ''Parisinus graecus'' 2898 (sécs. XV–XVI, na [[Biblioteca Nacional da França]] em [[Paris]]), e a diferença de cerca de um século entre ambos denota um número considerável de diferenças linguísticas devido à rápida evolução da língua grega.
 
=={{Ligações externas}}==
*{{link|en|2=http://hellas.teipir.gr/prefectures/english/Lakonias/Mistras.htm|3=Mystras}}
*{{link|en|2=http://www.laconia.org/Mystra1_history.htm|3=Mystra: history}}