Hugo Grócio: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m r2.7.3) (Robô: A adicionar: he:הוגו גרוטיוס
Wikipédia:Fusão/Central de fusões/Predefinição:Info/Biografia; Predefinição:Info/Teólogo Cristão]] +correções automáticas (v0.32/3.1.33)
Linha 1:
{{Sem-notas|arte=sim|biografia=sim|sociedade=sim||bio|hist-eu|data=dezembro de 2012}}
{{Info/Teólogo CristãoBiografia
|Nome: = Hugo Grócio
|região nacionalidade = Países Baixos
|épocaimagem = SéculoMichiel Jansz van Mierevelt - Hugo XVIIGrotius.jpg
|image_captionimage_legenda = Hugo Grócio - pintado por [[Michiel Jansz van Mierevelt]], 1631.
|colorassinatura = #B0C4DE
|image_name = Michiel Jansz van Mierevelt - Hugo Grotius.jpg
|nascimento = {{dni|10|4|1583|si|lang=br|sem idade}}
|image_caption = Hugo Grócio - pintado por [[Michiel Jansz van Mierevelt]], 1631.
|nascimento_local = [[Delft]], [[Países Baixos]]
|assinatura =
|nomemorte = Hugo Grócio = {{morte|28|10|1645|10|4|1583}}
|morte_local = [[Rostock]], [[Pomerânia]]
|nascimento = {{dni|10|4|1583|si|lang=br}}
|escola = [[Arminianismo]], [[Humanismo]],<br />[[Escolasticismo]]
|nascimento_local=[[Delft]], [[Países Baixos]]
|morteinteresses = {{morte|28|10|1645|10|4|1583}}[[Teologia]], [[Soteriologia]]
|influências = [[Jacó Armínio]], [[Aristóteles]], [[Cícero]],<br />[[Erasmo de Roterdão]],<br />[[Francisco de Vitória]]
|morte_local = [[Rostock]], [[Pomerânia]]
|escola_tradiçãoinfluênciados = [[ArminianismoThomas Hobbes]], [[HumanismoJean-Jacques Rousseau]],<br />[[EscolasticismoImmanuel Kant]]
|ideias_notáveis = Antigo teorista do [[Direito natural]]
|principais_interesses = [[Teologia]], [[Soteriologia]]
|principais_trabalhos =
|influências = [[Jacó Armínio]], [[Aristóteles]], [[Cícero]],<br />[[Erasmo de Roterdão]],<br />[[Francisco de Vitória]]
|influênciado = [[Thomas Hobbes]], [[Jean-Jacques Rousseau]], [[Immanuel Kant]]|
|ideias_notáveis = Antigo teorista do [[Direito natural]]
|trabalhos_notáveis =
}}
'''Hugo Grócio''', '''Hugo Grotius''', '''Huig de Groot''' ou '''Hugo de Groot'''; ([[Delft]], {{dtlink|10|4|[[1583]]}} — [[Rostock]], {{dtlink|28|10|[[1645]]}}) foi um [[jurista]] a serviço da [[República dos Países Baixos]]. É considerado o precursor, junto com [[Francisco de Vitória]], do [[Direito internacional]], baseando-se no [[Direito natural]]. Foi também [[filósofo]], [[dramaturgo]], [[poeta]] e um grande nome da [[apologética cristã]].
 
Era filho de Jan de Groot, curador da [[Universidade de Leiden|Universidade de Leida]]. Sua obra mais conhecida é ''De iure belli ac pacis'' (Das leis de guerra e paz, 1625), no qual aparece o conceito de ''guerra justa'' e do Direito Natural.
 
== História ==
Menino prodígio, começou a compor versos aos oito anos e com 11onze anos entrou para a Universidade de Leida estudar Direito. Doutourou-se em 1598, em 5 de Maio, na Universidade de Orleans, ao acompanhar a uma missão diplomática à França Johan van Oldenbarnevelt (advogado, então Primeiro Ministro dos Países Baixos Unidos. [[Henrique IV de França|Henrique IV]] , rei da França, comentou que Grócio, que tinha 15 anos, era o verdadeiro "milagre da Holanda").
 
Em 13 de dezembro de 1599 passou a trabalhar como jurista em [[Haia]]. Tornou-se historiador em latim dos assuntos de seu país e praticou direito com os mercadores e comerciantes da Companhia das Índias Ocidentais e com van Oldenbarnevelt. Em 1604 se tornou conselheiro legal do Príncipe [[Maurício, príncipe de Orange|Maurício de Nassau]].
Linha 35 ⟶ 32:
Em 1613 foi promovido a governador da cidade de Rotterdam, o que lhe dava assento nos Estados da Holanda e nos Estados Gerais dos Países Baixos Unidos. Em 1617 tornou-se membro do Comitê de Conselheiros do Partido Arminiano. Em Agosto surgiu um conflito entre os Estados Gerais (arminianos) e a Holanda (calvinista).
 
Em 1618, após um inesperado golpe de Estado calvinista, foi preso com van Oldenbarnevelt e Rombout Hoogerbeets (pensionário de Leyden) em nome dos novos Estados Gerais. Havia apoiado o parlamento holandês e van Oldenbarnevelt em sua disputa com [[Maurício, príncipe de Orange|Maurício de Nassau]], e com a ascensão deste último, acabou preso. Em 1619 um tribunal especial de 24 juízes julga os prisioneiros políticos, sentenciando à morte Van Oldenbarnevelt (executado em 13 de maio de 1619) e Grócio e Hoogerbeets à prisão perpétua no castelo de [[Loevestein]]. Em 1620 um julgamento complementar declarou que Grócio é culpado de traição (''laesa majestas''). Vendo-se perdido, com ajuda da mulher realizou uma fuga espetacular (escondendo-se numa arca de livros) e escapou para Amsterdam e de lá para [[Paris]]. (O [[Rijksmuseum]] de [[Amsterdam]] e o [[Museu Het Prinsenhof]] de [[Delft]] alegam possuir a arca em seu acervo).
 
Em Paris, em 1625, foi publicado seu ''De Jure Belli Ac Pacis'', que o consagra como o «Pai do Direito Internacional. Depois de 1631, voltou à Holanda, em desafio a sua condição de prisioneiro fugido, e praticou mesmo advocacia em Amsterdam. Ofereceram-lhe ser Governador Geral da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais na Ásia.
Linha 43 ⟶ 40:
Um dos teóricos do direito natural do final {{séc|XVI}} e início do {{séc|XVII}}, Hugo Grócio definiu o direito natural como um julgamento perceptivo no qual as coisas são boas ou más por sua própria natureza. Com isso rompia com os ideais calvinistas pois Deus não mais seria a única fonte ou origem de qualidades éticas. Tais coisas que por sua própria natureza são boas e más estavam associadas com a natureza do Homem. Ora, a República Holandesa tinha sido fundada com base em princípios de tolerância religiosa mas tinha se tornado uma teocracia calvinista. Como humanista e patriota holandês, Grócio teve problemas com o calvinismo. Tais disputas diziam respeito a leis internacionais da guerra e a questões de paz e justiça. Famoso por suas teorias sobre o direito natural, foi sobretudo considerado grande teólogo. Embora escrevesse ocasionalmente sobre o cristianismo e a religião, sua intenção era escrever sobre direito independentemente de suas opiniões religiosas.
 
Os trabalhos em que descreve sua concepção do Direito natural são De'' Jure Praedae'' (Comentário sobre a lei do apresamento e botim) e ''De Jure Belli ac Pacis'' (Sobre a Lei de Guerra e Paz). Este último, publicado em 1625, é uma versão aumentada do primeiro, mas só foi publicado em 1868, quando professores da Universidade de [[Leyden]] descobriram o manuscrito. Entretanto, seu Capítulo 12 foi publicado separadamente em 1609 como [[De Mare Liberum]] (Sobre a Liberdade dos Mares). [[De Mare Liberum]] discute os direitos da [[Inglaterra]], [[Espanha]] e [[Portugal]] de governar os mares. Se tais países pudessem legitimamente governar e dominar os mares, os holandeses estariam impedidos de navegar às Índias Ocidentais. O argumento de Grócio é que a liberdade dos mares era um aspecto primordial na comunicação entre os povos e nações. Nenhum país pode monmopolizar o controle do oceano dada sua imensidade e falta de limites estabelecidos.
 
Muitos historiadores consideram que a sua maior obra, De Mare Liberum, terá sido uma resposta ao tratato "De Mare Clausum", escrito pelo jurista português radicado na Univerdisade de Valladolid, Frei Serafim de Freitas.
 
Contrapondo o preceituado por Grócio, Frei Serafim de Freitas produziu as alegações que legitimavam e defendiam o domínio e acima de tudo, a navegação de embarcações portuguesas nos mares das Índias.
 
Linha 77 ⟶ 75:
No Brasil, teve publicada a obra ''"O Direito da Guerra e da Paz"'' ([[Unijuí]], coleção "Clássicos do Direito Internacional", 2004).
 
== Leitura recomendada ==
* ''Grotiana.'' Assen, The Netherlands: Royal Van Gorcum Publishers. A journal of Grotius studies, 1980-.
 
* Bull, Kingsbury and Roberts, eds., 1990. ''Hugo Grotius and International Relations''. Oxford Univ. Press.
* [[William Lane Craig]], 1985. ''The Historical Argument for the Resurrection of Christ During the Deist Controversy'', Texts and Studies in Religion, Vol. 23. Lewiston NY & Queenston, Ontario: Edwin Mellen Press.
Linha 100 ⟶ 97:
* --------, 1919. ''Three Stages in the Evolution of International Law''. The Hague: Nijhoff.
 
== Ligações externas ==
{{Commons category|Hugo Grotius}}
* {{link Link|1=pt |2=http://www.cieep.org.br/home.php?page=biografias&codigo=6&periodo=Século%20XVII |3=CIEEP: Biografia de Hugo Grócio}}
* [http://81.1911encyclopedia.org/Hugo_Grotius Biography in 1911 Encyclopedia]
* [http://plato.stanford.edu/entries/grotius/ Stanford Encyclopedia of Philosophy entry]
* [http://www.ppl.nl/fulltext/grotius/ Extensive catalogue of Grotius' writings at the Peace Palace Library, The Hague]
* [http://cepa.newschool.edu/het/profiles/grotius.htm Grotius resource page, with other links to texts]
 
=== Textos online ===
* [http://www.constitution.org/gro/djbp.htm Hugo Grotius, ''On the Laws of War and Peace'' (abridged)]
* [http://oll.libertyfund.org/Home3/Author.php?recordID=0110 Hugo Grotius, ''On the Laws of War and Peace'' (unabridged), ''The Free Seas'', and more.]
* [http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k580227.capture Hugo Grotius, ''On the Laws of War and Peace'' (Latin, first edition of 1625) via the French National Library (''télécharger'' to download)]
* {{gutenberg author|id=Hugo+Grotius | name=Hugo Grotius}}
* [http://hdl.handle.net/1887/4550 Physicarum disputationum septima de infinito, loco et vacuo; disputation by Hugo Grotius, 14 years old, at Leiden University]
* [http://hdl.handle.net/1887/4549 Logicarum disputationum quarta de postpraedicamentis; another disputation by Hugo Grotius, 14 years old, at Leiden University]
* [http://www.dundee.ac.uk/history/research/MartinevanIttersumMareliberum2.pdf Preparing Mare Liberum for the Press by Martine Julia van Ittersum] Puts into context of truce negotiations 1608-09. Ittersum (p.&nbsp;18) notes Grotius' citing of School of Salamanca figures, as well as the ancient Greek, Roman and early Church Fathers (p.&nbsp;12).
 
{{Portal3|Literatura|Biografias|Política}}
 
{{DEFAULTSORT:Grocio, Hugo}}