Atropa belladonna: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acordo ortográfico OBRIGATÓRIO para artigos, quer pt-pt quer pt-br |
|||
Linha 1:
{{Acordo ortográfico}}
{{Ver desambig|prefixo=Se procura|outras acepções de Belladonna ou Beladona|Belladonna (desambiguação)}}
{{Título em itálico}}
Linha 35 ⟶ 36:
[[Ficheiro:Atropa bella-donna0.jpg|thumb|253px|Bagas de beladona.]]
[[Ficheiro:Atropa-belladonna-4.JPG|thumb|253px|Sementes de beladona.]]
'''''Atropa belladonna''''' <small>[[L.]]</small>, conhecida pelo [[nome comum]] de ''beladona'',<ref name = RJB>{{citar web |url=http://www.anthos.es/v22/index.php?set_locale=es |título= ''{{PAGENAME}}''|data=26 de Novembro de 2011 |formato= |obra= [[Real Jardín Botánico]]: Proyecto Anthos}}</ref> é uma [[Plantae|planta]] subarbustiva [[Planta perene|perene]] pertencente ao [[Género (biologia)|género]] ''[[Atropa]]'' da [[Família (biologia)|família]] [[Solanaceae]], com [[distribuição natural]] na [[Europa]], [[Norte de África]] e [[Ásia Ocidental]] e [[naturalização (biologia)|naturalizada]] em partes da [[América do Norte]]. A espécie é pouco tolerante à exposição
A espécie ''A. belladona'' não deve ser confundida com a ''[[amarílis]]'', a espécie ''[[Amaryllis belladonna]]'', uma herbácea bulbosa, da família das [[amarilidácea]]s. Outra planta
== Descrição ==
[[Planta perene]] e herbácea, da família das [[Solanaceae|solanáceas]], apresentando-se frequentemente como um subarbusto que se desenvolve a partir de um [[rizoma]] carnoso. Os [[espécime]]s em locais favoráveis crescem até 1,5 m de altura, com [[folha]]s largas e ovaladas com até 18 cm de comprimento. Os [[ramo]]s são talosos, muito ramificados, [[lenhoso]]s na base.
Linha 45 ⟶ 46:
Os [[fruto]]s são [[baga]]s com aproximadamente 1 cm de diâmetro, inicialmente de cor verde, mas adquirindo uma coloração negro brilhante quando completamente maduras. As bagas são doces, ricas em [[atropina]], sendo consumidas pelas [[ave]]s.
As [[semente]]s são pequenos grãos de cor acastanhada, ricos em [[
Estudos de [[citologia]] mostraram que o [[número de cromossomas]] de ''Atropa belladonna'' e seus ''[[táxon|taxa]]'' infra-específicos é n=25.<ref>Estudio citológico del género Atropa. Número y estructura de los cromosomas de A. belladona en las células madres del grano de polen Homedes, J. (1944) Farmacognosia </ref>
Linha 53 ⟶ 54:
A cultura pode ser feita mediante sementeira ou por [[reprodução vegetativa]], sendo contudo recomendável o uso das sementes. Dada a possibilidade de [[latência]], as sementes devem ser postas em água quente umas horas antes de semear. Demoram algum tempo a germinar e requerem humidade e calor, e mesmo que sejam mantidas todas as condições necessárias, a taxa de germinação não é alta.
Para um bom desenvolvimento vegetativo, as plantas necessitam de um substrato rico em matéria orgânica num ambiente húmido e sombrio. Os [[nitrato]]s e os [[Amónio|sais amoniacais]] são os melhores adubos para aumentar a concentração de
A espécie é considerada uma [[erva daninha]] em algumas regiões onde coloniza zonas com [[solo]]s alterados eutrofizados, colinas florestadas e áreas muito enriquecidas em matéria orgânica, incluindo restos carboníferos. Encontra-se naturalizada em algumas regiões da América do Norte, onde ocorre em geral em lugares sombreados e húmidos de solo calino.
== Designação e taxonomia ==
Por ter uma longa história de utilização farmacológica e pela sua toxicidade, à semelhança do que acontece com as espécies do género '' [[Datura]]'' ou com a [[mandrágora]], esta planta tem sido
Quando a espécie ''Atropa belladonna'' foi descrita por [[Lineu]] (''[[Species Plantarum]] 1: 181''), em 1753,<ref>[http://www.tropicos.org/Name/29600155 ''{{PAGENAME}}''
== Toxicidade ==
{{Artigo principal|Toxicidade}}
A beladona é uma das plantas mais tóxicas encontradas no [[hemisfério oriental]]. A ingestão de apenas uma folha pode ser fatal para um adulto, embora a toxicidade possa variar em função do estado vegetativo da planta, da sua idade e de
Apesar de todas as partes da planta conterem [[
Devido ao facto de seus [[fruto]]s, quando ingeridos puros ou na forma de [[tisana]]s, provocarem efeitos [[
Os sintomas de envenenamento por beladona são os mesmos que os da [[atropina]], e incluem pupilas dilatadas, [[taquicardia]], alucinação, visão desfocada, garganta seca, constipação e retenção urinária. A pele pode secar. O principal [[antídoto]] utilizado é a [[pilocarpina]].
A toxicidade da beladona resulta da presença de um conjunto de [[Princípio
*Nas partes aéreas — [[Tropano|
*Na raíz e rizomas — [[cumarina]]s ([[escopoletol]], [[umbeliferona]], [[hiosciamina]], [[atropina]], [[cuscohigrina]], [[bellaradina]]).
Para além dos princípios
A presença em elevadas concentrações de [[
Apesar do evidente perigo de envenenamento, a planta é utilizada medicinalmente como dilatador da pupila (em [[oftalmologia]]) e como [[antiespasmódico]], [[antiasmático]] e [[anticolinérgico]]. Correctamente utilizada em [[pneumologia]] é útil no controlo de espasmos bronquiais, embora possa acarrear desidratação das secreções.
Os
A beladona também se emprega em [[gastroenterologia]], em doses baixas, como
Em doses moderadas pode servir como [[analgésico]] ou como [[anestesiante]].<ref>[[Peter Kremer]], ''Hierbas y plantas curativas. Plantas shamánicas''.</ref>
As bagas da beladona foram utilizadas durante séculos no tratamento tradicional de uma variedade de sintomas, incluindo [[dor de cabeça]], sintomas associados à [[menstruação]], [[úlcera péptica]],
Até finais do [[século XIX]], as revistas de medicina
Os preparados [[Homeopatia|homeopáticos]] de beladona foram vendidos como tratamentos para várias enfermidades, embora não haja evidências científicas que comproves a sua eficácia clínica.<ref name=oxfordbook>{{citar livro|apelidos=Vaughan|nome=John Griffith|coautores=Patricia Ann Judd, David Bellamy|título=The Oxford Book of Health Foods|editor=Oxford University Press|ano=2003|páginas=59|isbn=0198504594|url=http://books.google.com/books?id=mMl9vwVDxigC&pg=PA59&lpg=PA59&dq=%22deadly+nightshade%22+homeopathic&source=web&ots=xEccdnf4ox&sig=uQu-JUHbXaEd9Ru5vJAPS9hkk0Y}}</ref><ref name="pmid 14651731">{{citar livro |autor=Brien S, Lewith G, Bryant T |título=Ultramolecular homeopathy has no observable clinical effects. A randomized, double-blind, placebo-controlled proving trial of Belladonna 30C |publicação=Br J Clin Pharmacol |volume=56 |número=5 |páginas=562–8 |ano=2003 |mêes=Novembro |pmid=14651731 |pmc=1884394 |doi= 10.1046/j.1365-2125.2003.01900.x |url=http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/118882565/PDFSTART}}</ref> Em ensaios de investigação, a preparação mais comum consiste na diluição até ao nível 30 C na notação homeopática. Este nível de diluição não contém nenhum traço mensurável da planta original, recorrendo aos actuais métodos analíticos,<ref name="pmid 14651731" /> embora em preparações com menor nível de diluição se tenha demonstrado que estatisticamente podem conter traços da planta que anunciam para venda.<ref>[http://www.hmedicine.com/homeopathic/single_remedies/B/Belladonna Website selling different dilutions of belladonna].</ref>
Linha 112 ⟶ 113:
{{Anestesia antiga}}
{{Portal3|Farmácia}}
[[Categoria:Solanaceae]]
[[Categoria:Plantas tóxicas]]
[[Categoria:Antiespasmódicos]]
[[Categoria:Enteógenos]]
|