A Política como Vocação: diferenças entre revisões

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A abordagem ética da política apresentaria uma série de peculiaridades. Ele sustentava que, na política, muitas vezes o “bem” pode gerar o “mal”.
 
Weber distingue duas éticaéticas da ação política, a ética das últimas finalidade (ou ética da convicção) e ética da responsabilidade. A primeira, a ética da convicção, corresponde às ações de um indivíduo que coloca em primeiro plano as crenças e objetivos que juga irrenunciáveis. Um membro de uma determinada seita pacifista, por exemplo, pautaria sua ação política por abster-se completamente de atos violentos, pois, como parece óbvio, paz geraria paz e violência, violência. Nada pareceria mais paradoxal que o uso da força em busca de suas utopias pacifistas.
 
Todavia, retomando o exemplo da “seita pacifista”, que é um exemplo utilizado pelo autor, na eminência de um conflito armado, alheio à vontade dos membros da seita, toda a comunidade pacifista ficaria à mercê dos invasores, pois não disporiam de meios materiais para protegerem sua comunidade. Tal situação remete-nos à necessidade do político vocacionado priorizar a lógica de uma ética da responsabilidade, pois, para Weber, quem deseja dedicar-se a política, e especialmente a política como vocação, tem de compreender esses paradoxos éticos. O meio decisivo para a política é a violência e um líder político não pode furtar-se a obrigação de empregá-la.