Francisco da Cunha Leal: diferenças entre revisões

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Coerente com as posições que defendia desde 1923, apoiou o [[golpe de 28 de Maio de 1926]], por ele encarado como a única solução de pôr termo à ''ditadura'' do Partido Democrático Republicano e restaurar a ordem pública. Em consequência desse apoio, durante os governos da [[Ditadura Nacional]] manteve-se no exercício de diversos cargos públicos, entre os quais o de governador do [[Banco de Angola]] (1926 e 1927–1930), de delegado de Portugal à [[Conferência Económica Internacional de Genebra]] (1927) e de membro do Comité Consultivo da Organização Económica da [[Sociedade das Nações]] (1928).
 
Apesar de ter sido, na altura, um dos intelectuais e políticos que propuseraestava emcom 1926 aoo general [[António Óscar Carmona]], ao tempo presidente do Ministério e depois presidente da República, a nomeaçãono [[1º de Dezembro]] de [[António1927]] lhe foi proibido de Oliveiraproferir Salazarum discurso [[nacionalismo|nacionalista]] paraque ase pastalhe dasoponha <ref>[[http://www.arqnet.pt/portal/discursos/dezembro04.html Finanças«NACIONALISMO», emDISCURSO 1930DE criticaCUNHA publicamenteLEAL, afonte: eternização''Cunha daLeal, ditaduraAs eMinhas aMemórias: política financeiraCoisas de SalazarTempos Idos'', Vol. ConsideraIII: particularmenteArrastado danosospela osfúria efeitosdo quetufão, dade interferência28 dode GovernoMaio dade República1926 noa orçamento4 ede nasDezembro finançasde das1930, colóniasLisboa, 1968, págs. 93-114.]]</ref>.
Assim como, se no inicio apoiou a nomeação de [[António de Oliveira Salazar]] para a pasta das Finanças, já em [[1930]] critica publicamente a eternização da ditadura e a sua política financeira. Pois, na qualidade de governador do Banco de Angola (1926 e 1927&ndash;1930), considera particularmente danosos os efeitos que da interferência do Governo da República no orçamento e nas finanças das colónias.
 
Aquela oposição resultava de ser defensor da autonomização das colónias, pelo que se opunha às medidas financeiras subjacentes ao [[Acto Colonial]] de 1930 e às políticas financeiras crescentemente restritivas impostas por [[Oliveira Salazar]]. No decurso da sua segunda nomeação como governador do Banco de Angola, tornou-se num acerbo crítico da política financeira salazarista para as colónias. Essa oposição valeu-lhe a exoneração daquele cargo, seguida da acusação de conspirar contra o Governo, o que o levou a ser preso em Maio de 1930 e deportado para [[Ponta Delgada]], nos [[Açores]]. Dali seguiu sob prisão para a [[ilha da Madeira]], de onde, em Novembro de 1930, se conseguiu evadir para Londres, seguindo então para um período de exílio em Espanha. Beneficiando de uma amnistia, regressou a Lisboa em finais de [[1932]].
 
Tolerado em Lisboa, em [[1934]] eassume 1935o foilugar de director da ''Vida Contemporânea'', mas, logo no ano seguinte, em [[1935]], foi detido e novamente deportado.
 
No exílio foi uma das mais respeitadas vozes da oposição ao Estado Novo. Foi candidato oposicionista em diversos sufrágios e manteve sempre uma postura de grande combatividade contra o regime ditatorial que ajudara a instalar.
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* "O Colonialismo dos anticolonialistas : Coisas do tempo presente". In: ''Permanência'', Ano III, nº 26 (Julho 1972).
 
== {{Referências ==}}
 
== Bibliografia ==
* Luís Manuel do Carmo Farinha, ''Estudo sobre a acção política e parlamentar de Francisco Pinto Cunha Leal como deputado ao Congresso da República (1918-1926)''. Lisboa : Assembleia da República ; Porto : Edições Afrontamento, 2002. 2 vol.
* Luís Manuel do Carmo Farinha, ''Francisco Pinto da Cunha Leal Intelectual e Político : Um estudo biográfico (1888-1970)''. Tese de Doutoramento : Instituto de História Contemporânea, Univ. Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, 2003.