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'''Ricardo de Almeida Jorge''' (Porto, [[9 de Maio]] de [[1858]] — Lisboa, [[29 de Julho]] de [[1939]]) foi um médico, investigador e higienista, professor de Medicina e introdutor em Portugal das modernas técnicas e conceitos de saúde pública. Exerceu diversos cargos na administração da saúde, conseguindo uma importante influência política.
==Biografia==
Formou-se na [[Faculdade de Medicina da Universidade do Porto|Escola Médico-Cirúrgica do Porto]] em [[1879]]. Na sua dissertação de licenciatura, intitulada ''O nervosismo no Passado'', abordou a história da [[Neurologia]], um termo que nessa altura ainda não havia sido estatuído. A partir de [[1880]] foi docente da mesma escola nas cadeiras de Anatomia, Histologia e Fisiologia Experimental. Fez então várias deslocações a [[Estrasburgo]] e a [[Paris]] (onde assistiu às lições de [[Jean-Martin Charcot]]), procurando nos hospitais locais uma aprendizagem impossível de adquirir em Portugal, onde o saber neurológico era ainda incipiente.
 
== Biografia ==
Em [[1884]] abandonou a Neurologia e passou a dedicar-se à [[Saúde Pública]]. Com a sua obra ''Higiene Social Aplicada à Nação Portuguesa'', um série de conferências publicada nesse mesmo ano, lançou uma nova perspectiva de abordagem das questões de saúde pública em Portugal, o que o guindaria numa importante carreira de higienista e investigador, com larga influência nas políticas de saúde em Portugal.
Formou-se na [[Faculdade de Medicina da Universidade do Porto|Escola Médico-Cirúrgica do Porto]] em [[1879]]. Na sua dissertação de licenciatura, intitulada ''O nervosismo no Passado'', abordou a história da [[Neurologia]], um termo que nessa altura ainda não havia sido estatuído. A partir de [[1880]] foi docente da mesma escola nas cadeiras de Anatomia, Histologia e Fisiologia Experimental. Fez então várias deslocações a [[Estrasburgo]] e a [[Paris]] (onde assistiu às lições de [[Jean-Martin Charcot]]), procurando nos hospitais locais uma aprendizagem impossível de adquirir em Portugal, onde o saber neurológico era ainda incipiente.
 
Em [[1884]] abandonou a Neurologia e passou a dedicar-se à [[Saúde Pública]]. Com a sua obra ''Higiene Social Aplicada à Nação Portuguesa'', umuma série de conferências publicada nesse mesmo ano, lançou uma nova perspectiva de abordagem das questões de saúde pública em Portugal, o que o guindaria numa importante carreira de higienista e investigador, com larga influência nas políticas de saúde em Portugal.
 
Entre [[1891]] e [[1899]] foi médico municipal do Porto e responsável pelo Laboratório Municipal de Bacteriologia, tornando-se, em [[1895]], professor titular da cadeira de Higiene e Medicina Legal da Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Em Junho de 1899 deu-se a sua consagração definitiva a nível nacional e alcançou projecção internacional quando, sem hesitações, chegou à prova clínica e epidemiológica da [[peste bubónica]] que nesse ano assolou a cidade do Porto, tendo esta sido depois confirmada bacteriologicamente por ele próprio e [[Câmara Pestana]]. No entanto, as operações profiláticas que orientou no sentido de eliminar a peste, como a evacuação de casas e o isolamento e desinfecção de domicílios, entre outras, desencadearam a fúria popular que, incentivada por grupos políticos, obrigaram Ricardo Jorge a abandonar a cidade.
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Nos anos de [[1914]] e [[1915]] presidiu à [[Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa]] e nos anos seguintes visitou formações sanitárias na zona de guerra em França. Organizou depois a luta contra a pandemia de [[gripe de 1918]], também conhecida por [[Pneumónica]] ou [[Gripe Espanhola]], e contra as epidemias de [[tifo]], [[varíola]] e [[difteria]] que surgiram como consequência das deficientes condições sanitárias do pós-guerra.
 
Teria sido Ricardo Jorge o responsável nos [[década de 1920|anos 20]] pela proibição da [[Coca-Cola]] em Portugal (só 50 anos depois levantada), tendo alegadamente ordenado a sua apreensão e destruição depois de tomar conhecimento do ''slogan'' publicitário da bebida criado por [[Fernando Pessoa]]: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se".<ref>A história foi contada por Luís Pedro Moutinho de Almeida, filho do então representante da Coca-Cola em Portugal, no ''JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias'' (Lisboa, 16 de Março de 1982).</ref>
 
Os interesses de Ricardo Jorge não se limitaram ao campo da medicina. A sua vasta obra inclui publicações versando arte, literatura, história e política.
 
{{referênciasReferências}}
 
=={{Ligações externas}}==
* [http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/QuemSomos/historia/Paginas/Fundador.aspx Biografia do fundador - Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge]
* [http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/QuemSomos/historia/Documents/Bibliografia_RJ.pdf Bibliografia activa e passiva de Ricardo Jorge]
* [http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos16.html Outra nota biográfica do Doutor Ricardo Jorge]
* [http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?P_pagina=1001233 Ricardo Jorge, Antigo Estudante da Escola Médico-Cirúrgica do Porto]
 
=={{ Ligações externas}} ==
* [{{link|1=|2=http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/QuemSomos/historia/Paginas/Fundador.aspx |3=Biografia do fundador |4=- Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge]}}
* [{{link|1=|2=http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/QuemSomos/historia/Documents/Bibliografia_RJ.pdf |3=Bibliografia activa e passiva de Ricardo Jorge|4=(em formato [[PDF]])}}
* [{{link|1=|2=http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos16.html |3=Outra nota biográfica do Doutor Ricardo Jorge]|4=www.ensp.unl.pt}}
* [{{link|1=|2=http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?P_pagina=1001233 |3=Ricardo Jorge|4=, Antigo Estudante da Escola Médico-Cirúrgica do Porto]}}
 
[[Categoria:Cientistas de Portugal]]