Família linguística: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 3:
Uma '''família linguística''' é um grupo de [[linguagem humana|línguas]]<ref>O conceito de grupo linguístico ou grupo de línguas "designa um conjunto de línguas reunidas por uma razão genética, tipológica ou geográfica" e pode ser aplicado indiferentemente a uma única família, a um conjunto de famílias, a um conjunto de ramos da mesma família ou a um conjunto de línguas do mesmo ramo, ou seja, o conceito de grupo linguístico ainda não foi bem estabelecido. (DUBOIS, J. et al., ''Dictionnaire de linguistique et des sciences du langage'', Larousse 1994 ''apud'' [http://atoum.imag.fr/geta/User/vincent.berment/TAL/terminologie.htm Quelques termes linguistiques]).</ref> rigorosamente identificado e é uma unidade [[filogenética]], isto é, todos os seus membros derivam de um [[ancestral]] comum. Este ancestral é geralmente muito pouco conhecido, uma vez que a maior parte das línguas tem uma história escrita muito reduzida. Apesar disso, é possível recuperar muitas das suas características aplicando o [[método comparativo]] - um procedimento reconstrutivo desenvolvido no [[século XIX]] pelo linguista [[August Schleicher]]. Isto pode demonstrar a validade de muitas das famílias propostas listadas abaixo.
 
As famílias podem ser divididas em unidades filogenéticas menores, referidas convencionalmente como ramos da família, porque a história de uma família linguística é muitas vezes representada por um [[diagrama em árvore]]. Contudo, o termo "família" não se restringe a nenhum nível desta "árvore"; a [[línguas germânicas|família germânica]], por exemplo, é um ramo da [[línguas indo-europeias|família indo-europeia]]. Alguns taxonomistas restringem o termo "família" até certo nível, mas há pouco consenso acerca de como o fazer. Aqueles que o fazem normalmente também subdividem os ramos em grupos e os grupos em sub-grupos, etc. Além disso também agregam famílias em filos<ref>DELBECQUE, Nicole [http://books.google.com.br/books?id=LwMoKDQ2JbcC&pg=PA295&lpg=PA295&dq=taxonomie+%22groupe+de+langues+%22&source=bl&ots=np-bswnRj7&sig=CaWaiqt9PX2x7nkE9goGNYJkVzs&hl=pt-BR&sa=X&ei=HDNVUeKbMInM9ATi-oHQDg&ved=0CE4Q6AEwBA#v=onepage&q=taxonomie%20%22groupe%20de%20langues%20%22&f=false ''Linguistique cognitive: Comprendre comment fonctionne le langage''], p. 295s.</ref> (também conhecidos como superfamílias). As super famílias são frequentemente usadas para agregar as famílias de línguas índias americanas. Um modo de fazer toda esta classificação é chamado [[glotocronologia]].
 
O ancestral comum de uma família é conhecido como [[proto-língua]]. Por exemplo, a proto-língua reconstruível da bem conhecida família indo-europeia é chamada [[proto-indo-europeu]]. Esta língua não é conhecida a partir de registos escritos, uma vez que era falada antes da invenção da escrita, mas por vezes uma proto-língua pode ser assemelhada a uma língua histórica conhecida. Deste modo, dialectos provinciais do [[latim]] (o chamado [[latim vulgar]]) deram origem às [[línguas latinas]], o que faz com que a língua ancestral às línguas latinas fosse bastante semelhante ao latim (embora menos semelhante ao latim literário dos escritores clássicos); do mesmo modo, os dialectos do [[nórdico antigo]] são considerados a proto-língua do [[língua norueguesa|norueguês]], do [[língua sueca|sueco]], do [[língua dinamarquesa|dinamarquês]], do [[Língua feroesa|faroês]] e do [[língua islandesa|islândico]].