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O ''Rigveda'' descreve uma cultura móvel, [[nômade|nomádica]], com [[carroça]]s movidas a cavalo e armas de metal (bronze). De acordo com alguns estudantes, a geografia descrita é consistente com aquela de [[Punjabe]] ([[Gandhara]]): [[rios rigvédicos|Rios]] fluem de norte a sul, as montanhas são relativamente remotas mas ainda alcançáveis ([[Soma]] é uma planta encontrada nas montanhas, e tem de ser comprada, importada por mercantes). Contudo, os hinos foram certamente compostos em um longo período, com os mais antigos elementos possivelmente alcançando os tempos [[indo-iraniano]]s, ou o segundo milênio a. C. Existe algum debate sobre se ostentações da destruição de fortes de pedra por arianos védicos e particularmente por Indra referem-se a cidades da [[civilização do Vale do Indo]] ou se eles se reportam a embates entre os primitivos [[Indo-Arianos]] e a cultura [[BMAC]] ("Bactria-Margiana Archaeological Complex" - Complexo Arqueológico Bactria-Margiana) ocorrida séculos mais tarde, no que é agora o norte do [[Afeganistão]] e o sul do [[Turcmenistão]] (separado do alto [[Rio Indo|Indo]] pela cadeia montanhosa [[Hindu Kush]], e uns 400 km de distância). De qualquer jeito, enquanto é muito provável que o corpo do ''Rigveda'' tenha sido composto em Punjabe, mesmo se baseado em tradições poéticas, não existe menção de [[tigre]]s ou de [[arroz]]<ref>Existe, contudo, menção de ApUpa, Puro-das e Odana (arroz-sopa de aveia) no Rig Veda, termos que, ao menos em textos posteriores, referem-se a pratos de arroz, veja Talageri (2000)</ref> no ''Rigveda'' (em oposição aos Vedas posteriores), sugerindo que a cultura védica somente penetrou nos planos da Índia após ser completado. Similarmente, assume-se que não existe menção de [[ferro]]. <ref>O termo "ayas" (=metal) ocorre no Rigveda, mas não existe evidência positiva de que se refere a ferro. "Deveria estar claro que qualquer controvérsia sobre o significado de ayas no Rgveda ou o problema da familiaridade ou não-familiaridade Rigvédica com ferro é insensato. De qualquer jeito, não existe evidência positiva. Pode significar tanto cobre quanto bronze e, estritamente na base dos contextos, não existe motivo para escolher entre os dois." Chakrabarti, D.K. "The Early Use of Iron in India" - O Uso Primitivo do Ferro na Índia (1992) Oxford University Press</ref> A Idade do Ferro no norte da Índia começa no [[Século XII a.C.|décimo segundo século a. C.]] com a cultura ''[[Black and Red Ware]]'' (BRW). Este é um prazo amplamente aceito para a codificação inicial do ''Rigveda'' (a arrumação dos hinos individuais em livros, e a correção do samhitapatha (aplicando [[Sandhi]]) e o padapatha (dissolvendo o Sandhi) em textos métricos mais antigos), e a composição dos Vedas mais recentes. Esse tempo provavelmente coincide com o reino [[Kuru (Índia)|Kuru]], mudando o centro da cultura védica de Punjabe para o que é agora [[Uttar Pradesh]].
 
Alguns dos nomes de [[Deidades Rigvédicas|deuses e deusas]] encontrados no ''Rigveda'' também se acham em outros sistemas de crença baseados na [[Religião Proto-Indo-Européia]] como: Dyaus-Pita é aparentado com o [[Zeus]] [[Língua Grega|grego]], o [[Júpiter (deus)|Júpiter]] [[Latim|latino]] (de deus-pai), e o [[Línguas geramânicas|germânico]] [[Tyr]]; Mitra é aparentado com o ''Mitra'' [[Língua persa|persa]]; Ushas com a [[Eos]] grega e a [[Aurora]] latina; e, com menos [[certeza]], Varuna com o [[Urano (mitologia)|Urano]] grego. Finalmente, Agni é associado com o ''ignis'' latino e com o ''ogon'' russo, ambos significando "fogo".
 
Alguns escritores encontraram [[arqueoastronomia|referências astronômicas]][http://www.vedicastronomy.net/] no ''Rigveda'' datando até a 4000 a. C.<ref>sumarizadas por [[Klaus Klostermaier]] em uma[http://www.iskcon.com/icj/6_1/6_1klostermaier.html palestra feita em 1998]</ref>, uma data bem no meio do [[Mehrgarh|Neolítico indiano]]. As reivindicações de tal evidência permanecem controversas. <ref>ex. Michael Witzel, ''The Pleiades and the Bears viewed from inside the Vedic texts'' (As Plêiades e as Ursas vistas de dentro dos textos védicos), EVJS Vol. 5 (1999), 2a. edição (Dezembro) [http://users.primushost.com/~india/ejvs/ejvs0502/ejvs0502.txt]; {{cite book | first=Koenraad | last=Elst | authorlink=Koenraad Elst | title=[[Update on the Aryan Invasion Debate]] | publisher=Aditya Prakashan | year=1999 | id=ISBN 81-86471-77-4}}; Bryant, Edwin and Laurie L. Patton (2005) The Indo-Aryan Controversy, Routledge/Curzon.</ref>