Tomografia por emissão de positrões: diferenças entre revisões

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[[Imagem:ECAT-Exact-HR--PET-Scanner.jpg|thumb|300px|right|Um scanner típico de PET]]
A {{PEPB|tomografia por emissão de pósitrõespositrões|tomografia por emissão de pósitrons}}, também conhecida pela sigla '''PET''', é um exame [[imagiologia|imagiológico]] da [[medicina nuclear]] que utiliza [[radionuclídeo]]s que emitem um [[positrão]] aquandono momento da sua desintegração, o qual é detectado para formar as imagens do exame.
 
Utiliza-se glicose ligada a um elemento radioativoradioactivo (normalmente Fluorflúor radioativoradioactivo) e injetainjecta-se no paciente. As regiões que estão metabolizando essa glicose em excesso, tais como tumores ou regiões do cérebro em intensa atividadeactividade aparecerão em vermelho na imagem criada pelo computador. Um exemplo de um grande utilizador de glicose é o músculo cardíaco - miocárdio.
 
Um [[computador]] produz uma imagem tridimensional da área, revelando quão ativamenteactivamente as diferentes regiões do [[miocárdio]] estão utilizando o nutriente marcado. A tomografia por emissão de pósitrõespositrões produz imagens mais nítidas que os demais estudos de [[medicina nuclear]].
 
A PET é um método de obter imagens que informam acerca do estado funcional dos órgãos e não tanto do seu estado morfológico como as técnicas da [[radiologia]] propriamente dita.
 
A PET pode gerar imagens em [[3D]] ou imagens de "fatia" semelhantes à [[Tomografiatomografia computadorizadacomputorizada]].
 
== Equipamento ==
[[Ficheiro:PET-schema.png|thumb|300px|right|Esquema do processo do exame PET]]
 
A imagem da PET é formada pela localização da emissão dos pósitronspositrões pelos radionuclídeos fixados nos órgãos do paciente. Contudo como o positronpositrão é a partícula de [[antimatéria]] do [[Elétron|electrão]], ele rapidamente se aniquila com um dos inúmeros electrões das [[molécula]]s do paciente imediatamente adjacentes à emissão, não chegando a percorrer nenhuma distância significativa. É assim impossível detectar os positrões directamente com o equipamento. Contudo, a aniquilação positrão-electrão gera dois [[raio gama|raios gama]] com direcções opostas e cuja direcção e comprimento de onda podem ser convertidos na posição, direcção e energia do positrão que os originou, de acordo com as leis da [[Físicafísica]].
 
No exame PET detectores de raios gama ([[câmeracâmara gama]]) são colocados em redor do paciente. Os cálculos são efectuados com um [[computador]], e com a ajuda de [[algoritmo]]s semelhantes aos da [[Tomografia computadorizada|TAC]], o computador reconstroireconstrói os locais de emissão de positrões a partir das energias e direcções de cada par de raios gama, gerando imagens tridimensionais (que normalmente são observadas pelo [[médico]] enquanto série de fotos de fatias do [[Órgão (anatomia)|órgão]], cada uma separada por 5mm5 mm da seguinte). OsAs PETs e TACs da mesma área são frequentemente lidos em simultâneo para correlacionar informações fisiológicas com alterações morfológicas.
 
=== Segurança ===
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== Aplicações do exame PET ==
[[Ficheiro:PET-MIPS-anim.gif|thumb|right|Imagem de corpo inteiro obtida através do exame PET]]
* '''PET [[oncológico]]''': É injectado FDG com Flúor-18 no sangue do paciente. O F18-FDG, um análogo da [[Glicoseglicose]], é transportado para dentro das células pelo mesmo transportador na membrana celular do [[açúcar]], contudo dentro da [[célula]] ele não é completamente metabolizado mas é transformado em uma forma que é conservada (fixada) no interior da célula. Assim ele pode ser utilizado para detectar células com alto consumo de glicose e que portanto contenham muitos transportadores membranares (hiperexpressão destes [[gene]]s), como acontece nas células dos [[tumor]]es de crescimento rápido, os quais são frequentemente malignos ([[Cancro (tumor)|cancro]]). É usado para distinguir (estadiar) massas benignas de malignas no [[pulmão]], [[cólon]], [[mama]], [[linfoma]]s e outras [[neoplasia]]s, e na detecção de [[metástase]]s. Esta técnica constitui 90% dos PET feitos actualmente.
 
* '''PET do [[cérebro]]''': é usado Oxigénio-15. Usado para avaliar perfusão sanguínea e actividade (consumo de oxigénio) de diferentes regiões do cérebro. A F18-DOPA está em estudo enquanto análogo do precursor de neurotransmissor [[dopamina]].
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== História ==
O PET foi desenvolvido por [[Edward Hoffman]] e Michael E. Phelps em [[1973]] na Universidade de Washington em [[St. Louis (Missouri)|St. Louis]], [[Estados Unidos]].
O exame PET ficou limitado a usos de investigação médica até cerca de [[1990]].
 
Hoje em dia é frequente a combinação dos exames PET e TAC do mesmo órgão. Existem equipamentos que permitem efectuar ambos os exames simultaneamente, inventados por David Townsend e Ron Nutt.
 
O exame de PET é uma técnica intensiva apenas practicadapraticada nos hospitais centrais. É necessário um [[ciclotrão]] para produzir continuamente o Flúor-18, que tem uma semi-vida curta de apenas algumas horas.
 
Estudos realizados nos Estados Unidos, em 1994, demostraramdemonstraram que, mesmo sendo um exame caro, o exame PET é vantajoso quando incluído nos protocolos para diagnósticos de diversas enfermidades, principalmente em [[oncologia]]. Como pode substituir vários outros exames, o PET ao final se torna mais barato. Além de ser uma das mais modernas e eficazes técnicas de [[diagnóstico por imagem]], seu custo-benefício pode ser também ressaltadosalientado quando evita processos invasivos, como biópsias, eliminando assim os riscos inerentes a estes procedimentos.
 
==Imagens adicionais==
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Imagem:PET-detectorsystem 2.png|
Imagem:PET-image.jpg|EscaneamentoImagem PET de um cérebro humano
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=={{Ver também}}==
* [[CameraCâmara gama]]
* [[Medicina nuclear]]
* [[PET/CT]]