Inteligência artificial: diferenças entre revisões

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A '''Inteligência Artificial'''(IA) é uma área de pesquisa da [[computação]] dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente. Também pode ser definida como o ramo da ciência da computação que se ocupa do comportamento inteligente<ref name=luger>{{Referência a livro|autor=Luger, George F|título=Inteligência Artificial|subtítulo=Estruturas e Estratégias para a Solução de Problemas Complexos|idioma=|edição=4ª|local=Porto Alegre|editora=Bookman|ano=2004|páginas=774|página=23|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=85-363-0396-4}}</ref> ou ainda, o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor.<ref name=rich>{{Referência a livro|autor=Rich, Elaine; Knight, Kevin|título=Inteligência Artificial|subtítulo=|idioma=|edição=2ª|local=Rio de Janeiro|editora=McGraw-Hill|ano=1994|páginas=722|página=3|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=85-346-0122-4}}</ref>
 
O principal objetivo dos sistemas de IA (Inteligência Artificial), (Com a Terra sendo ameaçada pela presença de Serleena, uma Kylothian cruel e monstruosa que está disfarçada de modelo terráquea, o Agente J precisa de ajuda e então é mandado para encontrar o Agente K, que teve a sua memória apagada e agora trabalha nos Correios sob o nome de Kevin Brown e ajudar a restaurar a sua memória, para que possam combater juntos a ameaça.)é executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. É um conceito amplo, e que recebe tantas definições quanto damos significados diferentes à palavra Inteligência.<ref name="pt.scribd.com">[http://pt.scribd.com/doc/90446335/Prototipo-de-Sistema-Especialista-em-Direito-Ambiental-para-Auxilio-a-Decisao-em-Situacoes-de-Desmatamento-RuralNT-CRHA-27-2004 Vasconcelos, V.V.;Martins Junior, P.P. Protótipo de Sistema Especialista em Direito Ambiental para Auxílio à decisão em Situações de Desmatamento Rural. NT-27. CETEC-MG. 2004. 80p.]</ref>
 
Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, (O agente K é um dos fundadores da organização secreta MIB - Homens de Preto, criada pelo governo para investigar as atividades alienígenas na Terra. Recém-contratado para trabalhar na tal entidade, o ex-policial J se une a K para desvendar os mistérios de um possível ataque extraterrestre.)como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano)(Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.).<ref name="pt.scribd.com"/>
 
O desenvolvimento da área começou logo após a Segunda Guerra Mundial, com o artigo "Computing Machinery and Intelligence" do matemático inglês [[Alan Turing]]<ref name="alan-turing">{{citar web|url=http://www.nytimes.com/library/cyber/surf/1106surf-turing.html|titulo=Computing Machinery and Intelligence|autor=[[Alan Turing]]|lingua=inglês|acessodata=22 de maio de 2007}}</ref>, e o próprio nome foi cunhado em [[1956]].<ref>{{citar web|url=http://www.ucs.louisiana.edu/~isb9112/dept/phil341/wisai/WhatisAI.html|titulo=What is Artificial Intelligence?|autor=István S. N. Berkeley|lingua=inglês|acessodata=22 de maio de 2007}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www-formal.stanford.edu/jmc/history/dartmouth/dartmouth.html|titulo=A Proposal for the Dartmouth Summer Research Project on Artificial Intelligence|autor=J. McCarthy, M. L. Minsky, N. Rochester e C.E. Shannon|lingua=inglês|acessodata= 22 de maio de 2007}}</ref> Seus principais idealizadores foram os cientistas [[Herbert Simon]], [[Allen Newell]], [[John McCarthy]], [[Warren McCulloch]], [[Walter Pitts]] e [[Marvin Minsky]], entre outros.
 
Com a Terra sendo ameaçada pela presença de Serleena, uma Kylothian cruel e monstruosa que está disfarçada de modelo terráquea, o Agente J precisa de ajuda e então é mandado para encontrar o Agente K, que teve a sua memória apagada e agora trabalha nos Correios sob o nome de Kevin Brown e ajudar a restaurar a sua memória, para que possam combater juntos a ameaça..
A construção de máquinas inteligentes interessam à humanidade há muito tempo, havendo na história um registro significante de [[autômato|autômatos mecânicos]] (reais) e personagens místicos, como o [[Golem]] e o [[Frankenstein]], que demonstram um sentimento ambíguo do homem, composto de fascínio e de medo, em relação à Inteligência Artificial.<ref name="man-machine">{{citar web|url=http://www.stanford.edu/group/SHR/4-2/text/mazlish.html|titulo=The man-machine and artificial intelligence|autor=Bruce Mazlish|lingua=inglês|acessodata=22 de maio de 2007}}</ref>
 
Apenas recentemente, com o surgimento do [[computador|computador moderno]], é que a inteligência artificial ganhou meios e massa crítica para se estabelecer como ciência integral, com problemáticas e metodologias próprias. Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar. Desde então, seu desenvolvimento tem extrapolado os clássicos programas de xadrez ou de conversão e envolvido áreas como [[visão computacional]], análise e síntese da voz, [[lógica difusa]], [[Redes Neurais|redes neurais artificiais]] e muitas outras.
 
Inicialmente a IA visava reproduzir o pensamento humano. A Inteligência Artificial abraçou a ideia de reproduzir faculdades humanas como criatividade, auto-aperfeiçoamento e uso da linguagem. Porém, o conceito de inteligência artificial é bastante difícil de se definir. Por essa razão, Inteligência Artificial foi (e continua sendo) uma noção que dispõe de múltiplas interpretações, não raro conflitantes ou circulares.<ref name=rich />
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== Visão geral ==
 
A questão sobre o que é "inteligência artificial", mesmo como definida anteriormente, pode ser separada em duas partes: "qual a natureza do [http://pt.wiktionary.org/wiki/artificial artificial]" e "o que é [[inteligência]]". A primeira questão é de resolução relativamente fácil, apontando no entanto para a questão de o que poderá o homem construir. Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.
 
A segunda questão seria consideravelmente mais difícil, levantando a questão da [[consciência]], [[identidade]] e [[mente]] (incluindo a [[mente inconsciente]]) juntamente com a questão de que componentes estão envolvidos no único tipo de inteligência que universalmente se aceita como estando ao alcance do nosso estudo: a inteligência do ser [[humano]]. O estudo de animais e de sistemas artificiais que não são modelos triviais, começam a ser considerados como matéria de estudo na área da inteligência.
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Ao conceituar inteligência artificial, presume-se a interação com o [[ambiente]], diante de necessidades reais como relações entre indivíduos semelhantes, a disputa entre indivíduos diferentes, perseguição e fuga; além da comunicação simbólica específica de causa e efeito em diversos níveis de compreensão intuitiva, consciente ou não.
 
Suponhamos uma competição de [[cara e coroa]], cujos resultados sejam observados ou não.Com a Terra sendo ameaçada pela presença de Serleena, uma Kylothian cruel e monstruosa que está disfarçada de modelo terráquea, o Agente J precisa de ajuda e então é mandado para encontrar o Agente K, que teve a sua memória apagada e agora trabalha nos Correios sob o nome de Kevin Brown e ajudar a restaurar a sua memória, para que possam combater juntos a ameaça.
Suponhamos uma competição de [[cara e coroa]], cujos resultados sejam observados ou não.
Se na segunda tentativa der o mesmo resultado que a primeira, então não existiam as mesmas chances para ambas as 2 opções iniciais. Claro que a coleta de informação em apenas duas amostragens é confiável apenas porque a quantidade de tentativas é divisível pelo número de opções de resultados prováveis.
 
A verdade é que o conceito de cara ou coroa está associado a artigos de valor, como [[moedas]] e [[medalhas]] que podem evitar que as pessoas abandonem o jogo e induzir participantes a acompanhar os resultados até o final. Para manter a disposição do adversário em desafiar a máquina seria necessário aparentar fragilidade e garantir a continuidade da partida. Isso é muito utilizado em máquinas de cassino, sendo que vários apostadores podem ser induzidos a dispensar consideráveis quantias em apostas.
 
A utilização de uma máquina de resultados pode compensar a ausência de um adversário, mas numa partida de xadrez, por exemplo, para que a máquina não precise armazenar todas as informações que excedem a capacidade de próprio universo imaginável são necessárias fórmulas que possam ser armazenadas para que então sejam calculadas por princípios físicos, lógicos, geométricos, e estatísticos para refletir o sistema completo em cada uma das suas partes; como a integração do [[Google]] com [[Wikipedia]],Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar. por exemplo.
 
Uma popular e inicial definição de inteligência artificial, introduzida por [[John McCarthy]] na famosa conferência de Dartmouth em 1956 é "''fazer a máquina comportar-se de tal forma que seja chamada inteligente caso fosse este o comportamento de um ser humano.''" No entanto, esta definição parece ignorar a possibilidade de existir a IA forte (ver abaixo).
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=== Inteligência artificial forte ===
[[Ficheiro:Isaac Asimov on Throne.png|thumb|Isaac Azimov no trono de suas realizações]]
A investigação em '''Inteligência Artificial Forte''' aborda a criação da forma de inteligência baseada em computador que consiga [[raciocínio|raciocinar]] e [[resolução de problemas|resolver problemas]]; uma forma de IA forte é classificada como auto-consciente. Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.
 
A IA forte é tema bastante controverso, pois envolve temas como [[consciência]] e fortes problemas [[ética|éticos]] ligados ao que fazer com uma entidade que seja cognitivamente indiferenciável de seres humanos.
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Trata-se da noção de como lidar com problemas não determinísticos.
 
Uma contribuição prática de Alan Turing foi o que se chamou depois de [[Teste de Turing]] (TT),<ref name=turing>{{Referência a livro|autor=Copeland, B. Jack (Editor); Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.Turing, Alan (autor do artigo)|título=The Essential Turing|subtítulo=The Ideas that Gave Birth to the Computer Age|idioma=inglês|edição=|local=Oxford|editora=Clarendon Press, Oxford|ano=2004|páginas=613|página=|capítulo=13-Can Digital Computers Think?|volumes=|volume=|isbn=0-19-825079-7}}</ref> de 1950: em lugar de responder à pergunta "podem-se ter computadores inteligentes?" ele formulou seu teste, que se tornou praticamente o ponto de partida da pesquisa em "Inteligência Artificial".<ref name="alan-turing"/>
 
O teste consiste em se fazer perguntas a uma pessoa e um computador escondidos. Um computador e seus programas passam no TT se, pelas respostas, for impossível a alguém distinguir qual interlocutor é a máquina e qual é a pessoa.
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No seu artigo original ele fez a previsão de que até 2000 os computadores passariam seu teste.<ref name=turing /> Pois bem, há um concurso anual de programas para o TT, e o resultado dos sistemas ganhadores é tão fraco (o último tem o nome "Ella") que com poucas perguntas logo percebe-se as limitações das respostas da máquina. É interessante notar que tanto a Máquina de Turing quanto o Teste de Turing talvez derivem da visão que Turing tinha de que o ser humano é uma máquina.
 
Há quem diga que essa visão está absolutamente errada, do ponto de vista lingüístico, já que associamos à "máquina" um artefato inventado e eventualmente construído. Dizem eles: "Nenhum ser humano foi inventado ou construído". Afirma-se ainda que a comparação, feita por Turing, entre o homem e a máquina é sinônimo de sua "ingenuidade social", pois as máquinas são infinitamente mais simples do que o homem, apesar de, paradoxalmente, se afirmar que a vida é complexa. Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.No entanto, esta linha de raciocínio é questionável, afinal de contas, os computadores modernos podem ser considerados "complexos" quando comparados ao [[Colossus|COLOSSUS]] (computador cujo desenvolvimento foi liderado por Turing, em 1943), ou a qualquer máquina do início do século XX.
 
A inteligência artificial fraca centra a sua investigação na criação de inteligência artificial que não é capaz de ''verdadeiramente'' raciocinar e resolver problemas. Uma tal máquina com esta característica de inteligência agiria ''como se'' fosse inteligente, mas não tem autoconsciência ou noção de si. O teste clássico para aferição da inteligência em máquinas é o Teste de Turing.<ref name=turing />
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Muitos [[Filosofia|filósofos]], sobretudo [[John Searle]] e [[Hubert Dreyfus]], inseriram no debate questões de ordem filosófica e [[epistemologia|epistemológica]], questionando qualquer possibilidade efetiva da IA forte.<ref name=dreyfus>{{Referência a livro|autor=Dreyfus, Hubert L|título=What Computers Can't Do|subtítulo=A critique of artificial reason|idioma=inglês|edição=|local=New York|editora=Harper & Row|ano=1972|páginas=259|página=|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=0-06011082-1}}</ref><ref name=dreyfus2>{{Referência a livro|autor=Dreyfus, Hubert L|título=What Computers Still Can't Do|subtítulo=A Critique of Artificial Reason|idioma=inglês|edição=|local=Cambridge|editora=The MIT Press|ano=1992|páginas=429|página=|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=978-0-26254067-4}}</ref> Seriam falsos, assim, os próprios pressupostos da construção de uma inteligência ou consciência semelhante à humana em uma máquina.<ref name=genesereth>{{Referência a livro|autor=Genesereth, Michael R.; Nilsson, Nils J|título=Logical Foundations of Artificial Intelligence|subtítulo=|local=Los Altos, California|editora=Morgan Kaufmann Publishers, Inc.|ano=1987|páginas=405|página=7|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=0-934613-31-1}}</ref>
 
Searle é bastante conhecido por seu contra-argumento sobre o [[Quarto Chinês]] Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.(ou Sala Chinesa), que inverte a questão colocada por Minsky a respeito do Teste de Turing.<ref name=searle>{{Referência a livro|autor=Searle, John L|título=Minds, Brains, and Programs|subtítulo=|idioma=inglês|edição=|local=Cambridge, Massachusetts|editora=[[Harvard University Press]]|ano=1986|páginas=112|página=|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=978-0-67457633-9}}</ref> Seu argumento diz que ainda que uma máquina possa parecer falar chinês por meio de recursos de exame comparativo com mostras e tabelas de referência, binárias, isso não implica que tal máquina fale e entenda efetivamente a língua. Ou seja, demonstrar que uma máquina possa passar no Teste de Turing não necessariamente implica um ser consciente, tal como entendido em seu sentido humano.<ref name=noyes>{{Referência a livro|autor=Noyes, James L|título=Artificial Intelligence with Common Lisp|subtítulo=Fundamentals of Symbolic and Numeric Processing|idioma=inglês|edição=|local=Lexington, Massachusetts|editora=D. C. Heath|ano=1992|páginas=542|página=534|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=0-669-19473-5}}</ref> Dreyfus, em seu livro ''O que os computadores ainda não conseguem fazer: Uma crítica ao raciocínio artificial'', argumenta que a consciência não pode ser adquirida por sistemas baseados em regras ou [[lógica]]; tampouco por sistemas que não façam parte de um corpo físico. No entanto, este último autor deixa aberta a possibilidade de um sistema robótico baseado em [[Redes Neuronais]], ou em mecanismos semelhantes, alcançar a inteligência artificial.<ref name=dreyfus2 />
 
Mas já não seria a referida IA forte, mas sim um correlato bem mais próximo do que se entende por IA fraca. Os revezes que a acepção primeira de Inteligência Artificial vem levando nos últimos tempos contribuíram para a imediata relativização de todo seu legado. O papel de [[Marvin Minsky]], figura proeminente do [[MIT]] e autor de ''Sociedade da Mente'', fora central para a acepção de uma IA linear que imitaria com perfeição a mente humana, mas seu principal feito foi construir o primeiro computador baseado em redes neurais, conhecido como Snark,<ref name=minsk>{{Referência a livro|autor=Minsky, Marvin|título=The Society of Mind|subtítulo=|idioma=inglês|edição=|local=New York|editora=Touchstone|ano=1986|páginas=339|página=76|capítulo=|volumes=|volume=|isbn=0-671-65713-5}}</ref> tendo simplesmente fracassado pois nunca executou qualquer função interessante, apenas consumiu recursos de outras pesquisas mais promissoras. O primeiro neuro computador a obter sucesso (Mark I Perceptron) surgiu em 1957 e 1958, criado por Frank Rosenblatt, Charles Wightman e outros.Atualmente, no entanto, as vertentes que trabalham com os pressupostos da [[emergência]] e com elementos da IA fraca parecem ter ganhado proeminência do campo.
 
O agente K é um dos fundadores da organização secreta MIB - Homens de Preto, criada pelo governo para investigar as atividades alienígenas na Terra. Recém-contratado para trabalhar na tal entidade, o ex-policial J se une a K para desvendar os mistérios de um possível ataque extraterrestre.As críticas sobre a impossibilidade de criar uma inteligência em um composto artificial podem ser encontradas em [[Jean-François Lyotard]] (''O Pós-humano'') e [[Lucien Sfez]] (''Crítica da Comunicação''); uma contextualização didática do debate encontra-se em [[Sherry Turkle]] (''O segundo Eu: os computadores e o espírito humano''). Pode-se resumir o argumento central no fato de que a própria concepção de inteligência é humana e, nesse sentido, animal e biológica. A possibilidade de transportá-la para uma base plástica, artificial, encontra um limite claro e preciso: se uma inteligência puder ser gerada a partir destes elementos, deverá ser necessariamente diferente da humana, na medida em que o seu resultado provém da emergência de elementos totalmente diferentes dos encontrados nos humanos. A inteligência, tal como a entendemos, é essencialmente o fruto do cruzamento da uma base [[biologia|biológica]] com um complexo simbólico e [[cultura]]l, impossível de ser ''reproduzido'' artificialmente.
 
Outros filósofos sustentam visões diferentes. Ainda que não vejam problemas com a IA fraca, entendem que há elementos suficientes para se crer na IA forte também. [[Daniel Dennett]] argumenta em ''Consciência Explicada'' que se não há uma centelha mágica ou alma nos seres humanos, então o Homem é apenas uma outra máquina. Dennett questiona por que razão o Homem-máquina deve ter uma posição privilegiada sobre todas as outras possíveis máquinas quando provido de inteligência.
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Alguns autores sustentam que se a IA fraca é possível, então também o é a forte. O argumento da IA fraca, de uma inteligência imitada mas não real, desvelaria assim uma suposta validação da IA forte. Isso se daria porque, tal como entende [[Simon Blackburn]] em seu livro ''Think'', dentre outros, não existe a possibilidade de verificar se uma inteligência é verdadeira ou não. Estes autores argumentam que toda inteligência apenas ''parece inteligência'', sem necessariamente o ser. Parte-se do princípio que é impossível separar o que é inteligência de fato do que é apenas [[simulação]]: apenas acredita-se ser.
 
Estes autores rebatem os argumentos contra a IA forte dizendo que seus críticos reduzem-se a arrogantes que não podem entender a origem da vida sem uma centelha mágica, um [[Deus]] ou uma posição superior qualquer. Eles entenderiam, em última instância, máquina como algo essencialmente incapaz e sequer conseguem supô-la como capaz de inteligência. Nos termos de Minsky, a crítica contra a IA forte erra ao supor que toda inteligência derive de um [[sujeito]] - tal como indicado por Searle - e assim desconsidera a possibilidade de uma maquinaria complexa que pudesse pensar. Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.Mas Minsky desconsidera o simples fato de que os maiores avanços na área foram conseguidos com "maquinaria complexa", também chamada por pesquisadores mais importantes de Inteligência Artificial Conexista. Se a crítica de Minsky fosse válida a maquina criada por Rosenblatt e Bernard Widrow não estaria em uso ainda hoje, e o Mark I Perceptron não seria o fundador da neuro-computação. Alguns pesquisadores importantes afirmam que um dos motivos das críticas de Minsky foi o fato de ter falhado com Snark. A partir daí começou a criticar essa área por não compreende-la completamente, prejudicando desde então pesquisas importantes sobre o assunto.
 
O debate sobre a IA reflete, em última instância, a própria dificuldade da [[ciência]] contemporânea em lidar efetivamente com a [[descentralização|ausência de um primado superior]]. Os argumentos pró-IA forte são esclarecedores dessa questão, pois são os próprios cientistas, que durante décadas tentaram e falharam ao criar uma IA forte, que ainda procuram a existência de uma ordem superior. Ainda que a IA forte busque uma ordem dentro da própria conjugação dos elementos internos, trata-se ainda da suposição de que existe na inteligência humana uma qualidade superior que deve ser buscada, emulada e recriada. Reflete, assim, a difícil digestão do legado radical da [[Teoria da Evolução]], onde não existe positividade alguma em ser humano e ser inteligente; trata-se apenas de um complexo de relações que propiciaram um estado particular, produto de um cruzamento temporal entre o extrato biológico e uma complexidade simbólica.
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Os primeiros anos da IA foram repletos de sucessos – mas de uma forma limitada. Considerando-se os primeiros computadores, as ferramentas de programação da época e o fato de que apenas alguns anos antes os computadores eram vistos como objetos capazes de efetuar operações aritméticas e nada mais, causava surpresa o fato de um computador realizar qualquer atividade remotamente inteligente.
 
O agente K é um dos fundadores da organização secreta MIB - Homens de Preto, criada pelo governo para investigar as atividades alienígenas na Terra. Recém-contratado para trabalhar na tal entidade, o ex-policial J se une a K para desvendar os mistérios de um possível ataque extraterrestre.O sucesso inicial prosseguiu com o [[General Problem Solver]] (Solucionador de problemas gerais) ou GPS, desenvolvido por Newell e Simon.<ref name=gps>{{Referência a livro|autor=Newell, Allen (autor do artigo); Simon, H. A (autor do artigo); Feigenbaum, Edward A. (editor); Feldman, Julian(editor)|título=Computers & Thought|subtítulo=|idioma=inglês|edição=|local=Menlo Park, Cambridge|editora=AAAI Press/MIT press|ano=1995|páginas=535|página=279-296|capítulo=Part 2. Section 1. GPS, A program that Simulates Human Thought|volumes=|volume=|isbn=0-262-56092-5}}</ref> Esse programa foi projetado para imitar protocolos humanos de resolução de problemas. Dentro da classe limitada de quebra-cabeças com a qual podia lidar, verificou-se que a ordem em que os seres humanos abordavam os mesmos problemas. Desse modo, o GPS talvez tenha sido o primeiro programa a incorporar a abordagem de “pensar de forma humana”.
 
Desde o início os fundamentos da inteligência artificial tiveram o suporte de várias disciplinas que contribuíram com ideias, pontos de vista e técnicas para a IA. Os filósofos (desde 400 a.C.) tornaram a IA concebível, considerando as ideias de que a mente é, em alguns aspectos, semelhante a uma máquina, de que ela opera sobre o conhecimento codificado em alguma linguagem interna e que o pensamento pode ser usado para escolher as ações que deverão ser executadas. Por sua vez, os matemáticos forneceram as ferramentas para manipular declarações de certeza lógica, bem como declarações incertas e probabilísticas. Eles também definiram a base para a compreensão da computação e do raciocínio sobre algoritmos.
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* Robótica: muitos cirurgiões agora utilizam robôs assistentes em microcirurgias. O HipNav é um sistema que emprega técnicas de visão computacional para criar um modelo tridimensional da anatomia interna de um paciente, e depois utiliza controle robótico para orientar a inserção de uma prótese de substituição do quadril.
* [[Reconhecimento de linguagem]] e resolução de problemas: o PROVERB é um programa computador que resolve quebra-cabeças de palavras cruzadas melhor que a maioria dos seres humanos, utilizando restrições sobre possíveis preenchimentos de palavras, um grande banco de dados de quebra-cabeças anteriores e uma variedade fonte de informações que incluem dicionários e bancos de dados on-line, como uma lista de filmes e dos atores que participam deles.<ref>{{citar web|url=http://www.oneacross.com/proverb/|título=PROVERB: The Probabilistic Cruciverbalist|acessodata=29-01-2012}}</ref> Por exemplo, ele descobre que a pista “Nice Story” pode ser resolvido por “ETAGE”, porque seu banco de dados inclui o par pista/solução ”Story in France/ETAGE” e porque reconhece que os padrões “Nice X” e “X in France” com freqüência tem mesma solução. O programa não sabe que Nice é uma cidade da França, mas consegue resolver o quebra-cabeça.
* [[Chinook]] foi declarado o campeão Homem-Máquina em [[Damas]] em 1994.Não utilize este site, pois não é comfiáve, qualquer pessoa pode editar.
* [[Lógica incerta]], uma técnica para raciocinar dentro de incertezas, tem sido amplamento usada em sistemas de controles industriais.<ref name=branco>{{Referência a livro|autor=Branco, Antonio Carlos Saraiva; Evsukoff, Alexandre Gonçalves|título=Sistemas Inteligentes|subtítulo=Fundamentos e Aplicações|idioma=|edição=|local=Barueri, SP|editora=Manole|ano=2004|páginas=525|página=449-452|capítulo=S-Sistema Neuro Fuzzy de Monitoramento e Diagnóstico de Falhas em Reatores Nucleares|volumes=|volume=|isbn=85-204-1683-7}}</ref>
* [[Sistema especialista|Sistemas especialistas]] vêm sendo usados a uma certa escala industrial. Os sistemas especialistas foram um dos primeiros sucessos da IA, com o software [[Mycin]].<ref name=harmon>{{Referência a livro|autor=Harmon, Paul; King, David|título=Sistemas Especialistas|subtítulo=A Inteligência Artificial Chega ao Mercado|idioma=|edição=|local=Rio de Janeiro|editora=Campus|ano=1988|páginas=304|página=17-23|volumes=|volume=|isbn=85-7001-430-9}}</ref> Os principais componentes de um Sistema especialista são uma base de conhecimento alimentada por um especialista, uma máquina de inferência e uma memória de trabalho.<ref name=durkin>{{Referência a livro|autor=Durkin, John|título=Expert Systems|subtítulo=Design and Development|idioma=inglês|edição=|local=New York|editora=Macmillan|ano=1994|páginas=800|página=28-29|volumes=|volume=|isbn=0-02-330970-9}}</ref> Sistemas especialistas em uso como o XCON/R1 da Digital Equipment Coporation sabem hoje muito mais do que um especialista humano em como configurar os seus sistemas de computação.<ref name=riley>{{Referência a livro|autor=Giarratano, John; Riley, Gary|título=Expert Systems|subtítulo=Principles and Programming|idioma=inglês|edição=3ª|local=Boston|editora=PWS Publishing Company|ano=1998|páginas=597|página=6|volumes=|volume=|isbn=0-534-95053-1}}</ref>
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== Pesquisadores de IA ==
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Atualmente existem diversos pesquisadores de IA ao redor do mundo em várias instituições e companhias de pesquisa. Entre os muitos que fizeram contribuições significativas estão:
 
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== {{Veja também}} ==
 
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=== Sub-ramos da pesquisa de IA ===
* [[Busca combinatória]]