Anglocatolicismo: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Referências removidas |
m Revertidas edições por 189.58.6.241 para a última versão por Zoldyick, de 03h11min de 20 de abril de 2013 (UTC) |
||
Linha 1:
{{Anglicanismo}}
O termo '''anglo-catolicismo''' descreve
O [[Anglicanismo]], sendo embora uma única [[Igreja]], está na prática dividido em três ramos: os "Anglicanos da Alta Igreja", também chamados Anglo-Católicos, os "Anglicanos da Baixa Igreja", também conhecidos como Evangélicos e os "Anglicanos da Igreja Ampla", que caem no meio das duas correntes (e que hoje provavelmente são a maioria dos anglicanos ao redor do mundo). Embora todos os elementos da Comunhão Anglicana recitem os mesmos credos, os Anglicanos da Baixa Igreja tratam a palavra ''[[Católico]]'' no credo como um mero sinónimo antigo para universal, ao passo que os Anglicanos da Alta Igreja a tratam como o nome da Igreja de Cristo à qual pertencem eles, a [[Igreja Católica|Igreja Católica Romana]], as [[Igreja Ortodoxa|Igrejas Ortodoxas]] e outras igrejas da [[Sucessão Apostólica]].
O Anglo-Catolicismo tem crenças e pratica rituais religiosos semelhantes às da [[Igreja Católica|Igreja Católica Romana]]. Os elementos semelhantes incluem na celebração de sete [[sacramento (cristianismo)|sacramentos]], a [[devoção]] à [[Virgem Maria]] e aos santos ([[dulia]], porém não [[hiperdulia]]), a descrição do seu clero ordenado como padres e madres, a criação de ordens religiosas, o uso de vestes eucarísticas (como a [[casula]] e a [[dalmática]]) em lugar de apenas estola e alva, e a descrição das suas celebrações Eucarísticas como [[Missa]]. Além disso, enfatizam a crença na Real Presença de Cristo na [[Eucaristia]] (tida pelo anglicanos em geral como mistério que se crê sem ser possível explicar; alguns anglo-católicos até mesmo defendem correntes como a da [[transubstanciação]]). Enxergam a crença e aderência aos 39 Artigos de Religião (de tendências evangélicas) como fato histórico, e não como realidade contemporânea. Preferem o [[Comunhão Anglicana|Quadrilátero de Lambeth]] como declaração suficiente de fé. Usam, assim como os demais anglicanos, o [[Livro de Oração Comum]] em sua [[liturgia]].
A sua principal divergência em relação aos católicos romanos reside no estatuto, poder e influência do [[Bispo de Roma]], pois a estrutura da Comunhão Anglicana assemelha-se mais à da [[Igreja Ortodoxa]], com uma autoridade dispersa em que o [[Arcebispo de Cantuária]] é tido como "símbolo de unidade" e "primeiro entre iguais".
Anglicanos refletem teologicamente segundo o "Tripé de Hooker": [[Bíblia]], [[Tradição católica]] e [[razão]]. Enquanto os [[evangélico]]s dão mais valor às Escrituras e latitudinários à razão, anglo-católicos ressaltam o valor da Tradição, com especial ênfase nos sete [[concílio ecuménico|concílios ecumênicos]] da Igreja.
Após o [[Concílio Vaticano II]], com a simplificação da prática litúrgica da Igreja Católica Romana, é muito difícil para um observador leigo perceber a diferença entre uma igreja romana e a maioria das igrejas anglicanas. Nesse aspecto, igrejas anglo-católicas se sobressaem por preservarem uma identidade litúrgica que é até mesmo mais formal que uma missa romana contemporânea, e que se assemelha esteticamente à [[missa tridentina]]. Um observador mais atencioso, contudo, consegue distinguir certas diferenças entre [[catolicismo tradicionalista|católicos tradicionalistas]] e anglo-católicos. Há diferenças sutis nas vestes e atos litúrgicos, bem como entre o [[Missal Romano]] e o Livro de Oração Comum Anglicano. Tais diferenças refletem peculiaridades do cristianismo nas [[Ilhas Britânicas]] que predatam à [[Reforma protestante]], e até mesmo a submissão da Igreja Celta à Missão Romana do século VII. Além disso, teologicamente, o Anglicanismo tem se liberalizado mais rapidamente que outras denominações e até em regiões onde é tido como conservador, comparativamente o é muito menos que outras igrejas locais.
O desenvolvimento da ala Anglo-Católica do Anglicanismo teve lugar principalmente no [[Século XIX]] e está fortemente associado ao [[Movimento de Oxford]]. Dois dos seus líderes, [[John Henry Newman]] e [[Henry Edward Manning]], ambos ordenados clérigos anglicanos, acabaram por aderir à Igreja Católica e por se tornarem Cardeais.
Embora o termo [[Catolicismo]] seja geralmente, e erradamente, usado para designar apenas a [[Igreja Católica Apostólica Romana]], muitos anglicanos (e outras igrejas protestantes) usam-no para se referirem também a si próprios, como parte da Igreja Católica geral (e não apenas Romana). Na verdade, algumas igrejas anglicanas, como a Catedral de St. Patrick em [[Dublin]] ou a "Catedral Nacional" da Igreja da Irlanda (anglicana), referem-se a si próprias como parte da "Comunhão Católica" e como "Igrejas Católicas" em anúncios dentro e em torno delas.
Em [[2009]], devido à [[constituição apostólica]] ''[[Anglicanorum Coetibus]]'', do [[Papa Bento XVI]], os anglicanos que quisessem entrar "''na plena comunhão com a Igreja Católica''" seriam organizados em [[ordinariato pessoal|ordinariatos pessoais]]. <ref>{{citar web | autor= [[Papa Bento XVI|PAPA BENTO XVI]] | titulo= Anglicanorum Coetibus | publicado = [[Santa Sé]] | url=http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/apost_constitutions/documents/hf_ben-xvi_apc_20091104_anglicanorum-coetibus_po.html | formato= | lingua= português | ano= 2009 | acessodata= [[4 de Outubro]] de [[2010]]}}</ref> Devido a este facto histórico, vários grupos anglo-católicos, querendo juntar-se à Igreja Católica, solicitaram à [[Congregação para a Doutrina da Fé]] para serem ingressados em ordinariatos pessoais. <ref>[http://www.theanglocatholic.com/2010/04/text-of-acca-petition-for-an-australian-personal-ordinariate/]</ref>
{{referências}}
|