Maliquismo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Madhhab Map2.png|thumb|upright=1.3|Mapa da distribuição geográfica das ''[[madhab]]s'' (escolas jurídicas islâmicas){{legenda|#05c19a|Madhab Mālikī|borda=1px solid darkgrey;}}]]
 
O '''maliquismo''' ({{langx|ar|مالكي||'''Mālikī'''}}) é uma das quatro ''[[madhab]]s'' da ''[[fiqh]]'', ou seja uma escola ou corrente de {{ilink condicional|direito islâmico||[[direito]] [[Charia|islâmico]]}} do [[Islão]] [[Sunismo|sunita]]. É seguida por 20% a 35% dos [[muçulmanos]], sendo predominante no [[Norte de África]], [[África Ocidental]] e em alguns territórios isolados da [[península Arábica]], estando também presente nos [[Emirados Árabes Unidos]], [[Kuwait]] e em algumas áreas da [[Arábia Saudita]], [[Omã]] e muitos outros países do [[Médio Oriente]]. No passado teve também grande relevância nas zonas da [[Europa]] sob domínio islâmico, particularmente na [[al-Andalus|Ibéria muçulmana]] e no [[Emirado da Sicília]].
 
A principal diferença entre o maliquismo e as outras três escolas jurídicas está nas fontes usadas para determinar a [[jurisprudência]]. Todas as ''madhabs'' usam o [[Alcorão]], a [[suna]], bem como a ''{{ilc|ijmâ'||Ijma|Ijmá}}'' (consensos ou acordos dos [[Sahaba|companheiros]] de [[Maomé]]) e às ''{{ilc||qiyas|Qiyâs|Qiyás}}'' (analogias), mas os maliquitas usam igualmente as práticas dos primeiros habitantes muçulmanos de [[Medina]] (Amal ahl al-medina) como fonte de jurisprudência.
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[[Imagem:Courtyard and minaret of the Great Mosque of Kairouan, Tunisia.jpg|thumb|left|Pátio e [[minarete]] da [[Grande Mesquita de Cairuão]], [[Tunísia]], também chamada Mesquita de Uqba ou Oqba, que desde o {{séc|IX}} foi conhecida como um dos mais importantes centros da escola maliquita.]]
 
A escola maliquita deriva da obra de [[Malik ibn Anas]], [[Imame|imã]] de Medina, principalmente as compilações ''{{ilc|al-Muwatta||Muwatta Imam Malik}}'' e ''{{ilc|Mudawana||Moudawana}}''. O primeiro é uma coleção de ''[[hadith]]s'' que são vistos como seguros e encontram-se também no {{Ilink condicional|Sahih al-Bukhari||''[[Sahih al-Bukhari|Sahih]] [[al-Bukhari]]}}'' com alguns comentários de Malik acerca das "práticas ‘amal" do povo de Medina e onde o ''‘amal'' está em conformidade ou em desacordo com os os ''hadiths'' relatados. Isto porque Mālik (e o que depois seria a escola com o seu nome) encarava o ''‘amal'' de Medina (as primeiras três gerações) como sendo uma prova superior da suna "viva" à dos ''hadiths'' que são confiáveis mas isolados.
 
O segunda fonte principal, ''al-Mudawwanah al-Kubrā'', é uma obra coletiva de ibn Qāsim, um pupilo de longa data de Mālik, e do seu ''[[mujahid]]'' (aluno) {{ilc|Saḥnūn|Sahnun|Sahnun ibn Sa'id|Sahnun ibn Said|Sahnun}}. O ''al-Mudawwanah'' consiste nas notas de ibn Qāsim das lições com Mālik e respostas a questões legais levantadas por Saḥnūn nas quais ibn Qāsim cita Mālik e, onde não existiam notasm a sua própria argumentação jurídica baseada nos princípios aprendidos com Mālik. Os livros ''al-Muwatta'' e ''al-Mudawwanah'', juntamente com outras fontes primárias escritas por outros alunos proeminentes de Mālik acabariam por ir parar ao ''Mukhtaṣar Khalīl'', que formaria a base do ''madhhab'' maliquita.
 
O maliquismo difere das outras três escolas jurídicas islâmicas principalmente nas fontes que usa para derivar as regras. Todas as quatro escolas usam o Alcorão como [[fonte primária]], seguido pela suna de Maomé, transmitida como ''hadiths''. Na ''madhhab'' Mālikī, a suna inclui não só o que está registado nos ''hadiths'', mas também na legislação dos quatro "califas bem guiados" ([[Califado Rashidun|Rāshidūn]]), sobretudo [[Omar|‘Umar ibn al-Khaṭṭāb]], ''ijmā‘'' (consenso dos académicos), ''qiyās'' (analogia) e ''{{ilc|‘urf||Urf}}'' (costumes locais que não estão em conflito direto com os princípios islâmicos). Adicionalmente, a escola malaquita baseia-se fortemente na prática dos ''[[Salaf]]'' (nome dado às pessoas da primeira geração de muçulmanos, constituída pelos [[Sahaba|Ṣaḥābah]] [companheiros de Maomé], {{ilc|''tābi‘īn''|Tabi‘un|Tabi'un}} e os sucessores mais antigos). Isto porque a sua prática coletiva, juntamente com as regras derivadas dos académicos ''salaf'' são consideradas ''[[Mutawatir|''mutawātir'']]'', ou seja, algo que por ter sido conhecido e praticado por tanta gente só pode ser da suna. Noutras palavras, a prática das três primeiras gerações de muçulmanos que viviam em Medina, isto é, os ''salaf'' ou antecessores retos formam a prática normativa da "suna viva" que foi preservada desde Maomé. Quando forçados a confiar em ''hadiths'' autenticados contraditórios para derivar uma regra, os maliquitas escolheriam o ''hadith'' com origem em Medina, ou seja aqueles cujos transmissores residiam em Medina.
<!------ Resto da secção não traduzida:
To summarize, in the Mālikī madhhab the "living sunnah" of the salaf of Medina .....
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==Notas==
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{{Portal3|Islão|Religião|Direito}}
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[[Categoria:Sunismo]]