Mesopotâmia (província romana): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 20:
 
==A província de Septímio Severo==
{{Âncora|Dux mesopotamiae|Dux Mesopotamiae}}
O norte da Mesopotâmia, ou {{ilc|Mesopotâmia Superior||Al-Jazira (Mesopotâmia)|Al Jazira (Mesopotâmia)}} ({{langx|ar|''Al Jazira''}}), incluindo [[Osroena]], voltou novamente ao controlo dos romanos durante a {{Ilink condicional|guerra romano-parta de 161-166|expedição|[[Guerras romano-partas#161|expedição]]}} de [[Lúcio Vero]], mas não foi organizado formalmente como província. Em vez disso, o governo da região foi entregue a governantes locais [[Vassalagem|vassalos]] dos romanos, emboram fossem mantidas [[Guarnição (força militar)|guarnições]] militares romanas, nomeadamente em [[Nísibis]]. O domínio romano foi ameaçado em 195, durante a [[guerra civil]] entre Septímio Severo {{nwrap|r.|193|211}} e o usurpador [[Pescênio Níger]], quando rebeliões rebentaram na área e Nísibis foi [[cerca]]da. Severo restabeleceu rapidamente a ordem e organizou a Osroena como província.{{Harvy|Momm|Mommsen et. all|2004|p=77–78}}{{HarvRef|Southern|2001|p=33}}
 
Linha 30 ⟶ 31:
Com as reformas de [[Diocleciano]] {{nwrap|r.|284|305}} e [[Constantino]] {{nwrap|r.|306|337}}. a província passou a fazer parte da [[Diocese romana|Diocese]] do {{ilc|Oriente|Diocese do Oriente|Dioecesis Orientis}}, que por sua vez estava subordinada à [[prefeitura pretoriana]] do {{ilc|Oriente|Prefeitura pretoriana do Oriente|Praefectura praetorio Orientis|Oriens}}. Nísibis e [[Singara]], juntamente com o território de Adiabena conquistado por Diocleciano, foram perdidas depois do fiasco da [[Batalha de Ctesifonte (363)|expedição]] de [[Juliano, o Apóstata|Juliano]], e a capital foi movida para [[Amida (Mesopotâmia)|Amida]], enquanto que a sede do comandante militar, o ''[[dux]] Mesopotamiae'', ficou em [[Viranşehir|Constantina]]. Outras cidades importantes da província eram, por exemplo, {{ilc|Martyropolis||Silvan (Turquia)}} e [[Kephas]].<ref name=Kaz1348 />
 
Depois das dificuldades enfrentadas pelas tropas romanas na [[Guerra Anastácia]] de 502–506, o [[Império Bizantino|imperador romano do Oriente]] {{Lknb|Anastácio|I|de Bizâncio}} {{nwrap|r.|491|518}} construiu a [[Fortaleza (arquitetura militar)|fortaleza]] de {{ilc|Dara|Dara (Mesopotâmia)|Daras (Mesopotâmia)}} para contrabalançar o peso estratégico de Nísibis e ser a nova base do '''''dux Mesopotamiae'''''. Durante as reformas de {{Lknb|Justiniano|I}} {{nwrap|r.|527|518}}, a província foi dividida: as partes a norte, incluindo Martyropolis, foram para a nova província de {{ilc|Arménia&nbsp;IV|Arménia IV|Armênia IV|Armenia IV}}; o resto foi dividido em dois distritos civis e eclesiásticos. O primeiro desses distritos foi formado pela região a sul do Tigre, com capital em Amida; o segundo compreendia a região de [[Tur Abdin]] e tinha a capital em Dara.<ref name=Kaz1348 />
 
A província foi muito afetada com as quases constantes guerras com a Pérsia no {{séc|VI}}. Em 573 os Persas chegaram a conquistar Dara, que seria recuperada pelos Bizantinos com o acordo de paz de 591. A cidade-fortaleza voltaria a ser perdida para os Persas na grande [[Guerra bizantino-sassânida de 602-628|guerra de 602–628]], mas voltou a ser retomada. A região seria depois definitivamente perdida durante as [[Conquista muçulmana da Síria|invasões muçulmanas de 633–640]].<ref name=Kaz1348 />