Revolução Branca (Irão): diferenças entre revisões

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* formação de corpos de alfabetização.
 
A Revolução Branca foi muito positiva para os direitos da mulher no [[Irão]]. Além do sufrágio universal, as mulheres ganharam o direito de também serem eleitas para deputadas, poderem ser advogadas e até juízas. A idade do casamento para as mulheres subiu para os 15 anos.<ref>{{>{{Cite book|author=Abrahamian, Ervand|year=2008|title=A History of Modern Iran|publisher=Cambridge University Press|page=134|isbn=978-0-521-82139-1}}</ref>
Depois de apresentar a proposta, surgiram fortes protestos no Parlamento, largamente constituído por senhores feudais, membros da burguesia tradicional e do clero. Para calar esses protestos, decidiu que essas propostas seriam votadas não no Parlamento, mas sim através de um referendo popular. Um líder religioso enviou uma carta ao primeiro-ministro de então Emmani que o governo não devia tocar nas terras do clero.<ref>{{Cite news|título=a revolução iraniana de 1978-1979|work=[[História]]|last=Goes|first=Eunice|date=dezembro de 1992}}</ref>
 
 
O ayatollah Borujerdi chegou a afirmar que «qualquer medida que limite o tamanho das terras é contrária à lei islâmica». A reforma agrária desagradava ao clero iraniano porque o arrendamento das suas terras a camponeses era uma das suas principais fontes de rendimentos. Os clérigos também se opunham ao estabelecimento do sufrágio universal e justificava-se com uma provisão constitucional de que o Irão era um estado islâmico. Ora o profeta do [[Islamismo]] havia dito que «o homem é superior à mulher» e que Deus o prefere a esta.
No tal referendo nos inícios de 1963, o regime anuncia que 5.598 711 pessoas votaram pelas reformas e apenas 4.115 contra as reformas<ref>{{Cite book|author=Milani, Moshen M.|title=The Making of Iran’s Islamic Revolution|location=Boulder, Colorado|publisher=Westview Press|year=1988|page=85|isbn=978-0-8133-7293-8}}</ref> Se bem que os resultados aparentem uma grande popularidade, há uma enorme controvérsia em relação à sua exatidão e sucesso, terão havido inúmeras fraudes.<ref name="Bill-34">{{Cite journal|author=Bill, James A.|title=Modernization and Reform from Above: The Case of Iran| journal=The Journal of Politics|volume=32|number=1|year=1970|page=34}}</ref>Em junho de 1963, o ayatollah Sayyid[[Ruhollah Khomeini]], um dirigente de [[Qom]] foi preso depois de um discurso em que atacava direta e duramente o Xá (considerando-o um infiel); seguiram-se uma série de tumultos, os mais violentos desde a queda de Mossadegh uma década antes. [[Ruhollah Khomeini]] seria obrigado a exilar-se, primeiro na Turquia e mais tarde em França, de onde regressaria em 1979. O O xá reprimiu com violência os tumultos e o governo aparentemente conseguiu derrotar os opositores, mas na clandestinidade o clero começou a preparar a oposição ao Xá e foi o fermento para a [[Revolução Iraniana]] de 1979. O que irritava o clero xiita era a perda de influência na educação (tendia a ser secular e afastado dos princípios basilares do Islão), economia e das tradições milenares.
O Xá anuncia que 99% da população apoiou essas medidas.
 
Em junho de 1963, o ayatollah Sayyid Khomeini, um dirigente de [[Qom]] foi preso depois de um discurso em que atacava direta e duramente o Xá (considerando-o um infiel); seguiram-se uma série de tumultos, os mais violentos desde a queda de Mossadegh uma década antes. O xá reprimiu com violência os tumultos e o governo aparentemente conseguiu derrotar os opositores, mas na clandestinidade o clero começou a preparar a oposição ao Xá e foi o fermento para a [[Revolução Iraniana]] de 1979. O que irritava o clero xiita era a perda de influência na educação (tendia a ser secular e afastado dos princípios basilares do Islão), economia e das tradições milenares.
 
== Balanço ==