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Como uma autoridade sobre as épocas anteriores à sua, Severo tem pouco impacto. Em uns poucos pontos ela nos permite corrigir ou suplementar outros registros. [[Jakob Bernays]] sugeriu que ele teria baseado a sua narrativa sobre a destruição de [[Jerusalém]] por [[Tito]] no relato dado por [[Tácito]] em sua "[[Histórias (Tácito)|Histórias]]", cujo trecho sobre o assunto se perdeu. Através dela, portanto, somos capazes de contrapor o relato dele com o de [[Flávio Josefo]], que torceu a sua narrativa para homenagear Tito.
O interesse real em sua obra está, primeiro, nos relances incidentais que ela nos fornece sobre a história de seu próprio tempo; em seguida, e mais especificamente, na informação que ele preservou sobre a disputa sobre o [[priscilianismo]], que desorganizou e degradou as igrejas da [[Hispânia]] e da [[Gália]], afetando particularmente a Aquitânia. As simpatias reveladas por Severo são completamente as de São Martinho. O bispo tinha aguentado [[Magno Máximo]], que governou por alguns anos uma extensa porção do [[Império
Severo também simpatizava completamente com as ações de Martinho sobre o priscilianismo. Esta misteriosa seita ocidental, provavelmente originada do [[gnosticismo]], não tinha uma única característica que pudesse suavizar a hostilidade de Martinho, mas ele resistiu à introdução da punição secular para erros de doutrina (heresias) e deixou a comunhão com os bispos galeses, a maioria, que pediram a ajuda de Máximo contra os seus irmãos em erro. Em conexão com isto, é interessante notar o relato dado por Severo sobre o [[Concílio de Rimini]], em 359, onde uma questão surgiu sobre se os bispos que compareceram à assembleia poderiam legalmente receber dinheiro do tesouro imperial para compensar suas despesas de viagem e estadia. Severo evidentemente aprova a ação dos bispos britânicos e galeses, que consideraram absurdo ficar em débito com o imperador. Seu ideal de igreja era de que ela ficasse acima do estado.
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