Castelo de Silves: diferenças entre revisões

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Acredita-se que data deste período a configuração genérica do perímetro [[muralha]]do, envolvendo uma área de cerca de doze [[hectare]]s. A muralha [[ameia|ameada]], rasgada por três portas, era reforçada por [[torre]]s de [[Planta (geometria descritiva)|planta]] quadrangular. Internamente a povoação era definida por duas ruas principais, constituindo dois eixos. Junto à porta principal (''Porta de Almedina'', ''Porta de Loulé'') erguia-se o vasto ''Palácio da Varandas'', hoje desaparecido, que conhecemos pela poesia de Al-Mu'tamid.
 
A povoação encontra-se descrita na crônica de [[Xelbe]], ao final do [[século XII]], como um dinâmico centro urbano, comercial e cultural do mundo [[islão|islâmico]]. Data do início do [[século XIII]] a reforma [[Califado Almóada|almóada]] das suas defesas, empreendida pelo último rei muçulmano, [[Ibn al-Mahfur]], que lhe conferiu as linhas gerais que, com alterações, chegaram aos nossos dias.
 
=== O castelo medieval ===
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À época da [[Reconquista]] [[cristianismo|cristã]] da [[península Ibérica]], o monarca português [[Sancho I de Portugal|D. Sancho I]] (1185-1211) também foi atraído pela prosperidade deste enclave. No início do ano de [[1189]], com o auxílio de uma frota de [[cruzadas|cruzados]] [[Dinamarca|Dinamarqueses]] e [[Frísia|Frísios]], conquistou preliminarmente o vizinho [[Castelo de Alvor]]. No Verão do mesmo ano, com um auxílio de uma nova frota de cruzados, agora de [[Inglaterra|Ingleses]] e [[Alemanha|Alemães]], intenta, a partir da segunda quinzena de Julho, a conquista de Silves, a quem impos um duro [[sítio]]. Deste episódio, chegou até nós a narrativa de um de seus participantes, que descreve a violência do cerco, assim como o emprego de uma variedade de máquinas de guerra, tais como torres de madeira, [[catapulta]]s e de um "ouriço" (esfera de [[madeira]] armada com pontas de [[ferro]]), que destruiram várias torres e troços da muralha, conduzindo à rendição da povoação a [[2 de Setembro]], violentamente saqueada na ocasião.
 
A povoação e seu castelo mantiveram-se na posse de Portugal até à contra-ofensiva [[Califado Almóada|almóada]] que, sob o comando do califa [[Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur]], em [[1191]], culminou com a perda de todas as conquistas cristãs nos territórios ao sul do [[rio Tejo]], à excepção da cidade de [[Évora]].
 
No ano de [[1242]], os cavaleiros da [[Ordem de Santiago]], sob o comando de seu Mestre, D. [[Paio Peres Correia]], intentou a reconquista de Silves que, entretanto, só retornou definitivamente às mãos de [[Portugal]] sob o reinado de [[Afonso III de Portugal|D. Afonso III]] ([[1248]]-[[1279]]), em [[1253]], quando o seu bispado foi restaurado. O soberano concedeu à povoação o seu [[aforamento|Foral]] ([[1266]]), quando terá também determinado a recuperação e reforço das suas defesas.