Maria de Antioquia: diferenças entre revisões

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|nome =Maria de Antioquia
|título =[[Imperatriz de Constantinopla]] (consorte)
|imagem =[[Ficheiro:Manuel1 Marie.jpg|300px]]
|legenda =Maria e seu marido, [[imperador bizantino|imperador]] [[Manuel I Comneno]].<br><small>[[Iluminura]] do século XII.</small>
|legenda =
|reinado = {{dtlink|||1161}} — {{dtlink|||1180}}
|outrostítulos =[[Princesa de Antioquia]]
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== História ==
Em 1160, o padrasto de Maria, o segundo marido de Constância, [[Rainaldo de Châtillon]], foi aprisionado por [[Maj al-Din]], o [[emir de Alepo]] e aliado de [[NuarNur ad-Din]]. A mãe dele reivindicou para si o [[Principado de Antioquia]], mas os nobres apoiaram o irmão de Maria, [[Boemundo III de Antioquia|Boemundo]]. O rei [[BoemundoBalduíno III de Jerusalém]] nomeou-o príncipe Boemundo III de Antioquia e indicou, como regente, o rico e mundano [[Aimery de Limoges]], [[patriarca latino de Antioquia]], um antigo adversário de Rainaldo. Constância protestou da decisão em [[Constantinopla]] na corte do imperador bizantino Manuel I Comneno, o senhor nominal de Antioquia.
 
No final de 1159, a esposa de Manuel, Irene (chamada originalmente [[Berta de SilzbachSulzbach]]), havia morrido e ele queria se casar com uma princesa de um dos [[estados cruzados]]. João Contostefano, o principal ''[[dragoman (cargo bizantino)|dragoman]]'' (intérprteintérprete), Teofilato, e o ''[[akolouthos]]'' da [[Guarda Varegue]], Basílio Camatero, foram enviados à Jerusalém para tentar encontrar uma princesa disponível e duas candidatas apareceram: Maria de Antioquia e [[Melisende de Trípoli]], uma filha do [[conde de Trípoli|conde]] [[Raimundo II de Trípoli]] com [[Hodierna de Trípoli|Hodierna de Jerusalém]]. Ambas eram conhecidas por sua beleza, mas, de acordo com [[João Kinnamos]], Maria era a mais bonita: alta e loira, claramente mostrava a sua ascendência [[normandos|normanda]]. O rei Balduíno III sugeriu Melisende e o irmão dela, o conde [[Raimundo III de Trípoli]] começou a juntar um enorme [[dote]], com presentes de Hodierna e da tia dela, homônima, a [[Melisende de Jerusalém|rainha Melisende]]. Os embaixadores não ficaram satisfeitos e adiaram o casamento por mais de um ano, pois, aparentemente, haviam ouvido rumores sobre uma infidelidade de Hodierna, o que colocava em dúvida a legitimidade de Melisende. Finalmente, Manuel escolheu Maria. O conde Raimundo se ofendeu e, como retaliação, atacou [[Chipre]], sob controle bizantino na época.
 
Enquanto isso, uma embaixada imperial liderada por Aleixo Briênio Comneno e pelo [[prefeito de Constantinopla]], João Camatero, chegaram em Antioquia para negociar o casamento. Maria embarcou no porto de São Simeão direto para a capital em setembro de 1161 e o casamento se realizou na [[Hagia Sophia|Grande Igreja]] em 24 de dezembro. Três patriarcas realizaram a cerimônia: [[Lucas Crisoberges]], [[patriarca grego ortodoxo de Constantinopla|de Constantinopla]], [[Sofrônio III de Alexandria|Sofrônio III]], [[ppatriarcapatriarca grego ortodoxo de Alexandria|patriarca grego ortodoxo de Alexandria]] e [[Atanásio I de Antioquia|Atanásio I]], [[patriarca grego ortodoxo de Antioquia]]. O casamento foi comemorado com banquetes, presentes da igreja e [[corrida de bigas|corridas de bigas]] no [[Hipódromo de Constantinopla|Hipódromo]] para o povo. O casamento marcou o fortalecimento nos laços entre Antioquia e o Império Bizantino e também fortaleceu a posição da mãe de Maria, Constância, que agora era regente em Antioquia. De acordo com [[Nicetas Coniates]], Maria...:
{{citação2|...era como a amante da alegria, a dourada [[Afrodite]], a de armadura branca e com olhos de touro, [[Hera]], a de longo pescoço e belo tornozelo [[Helena de Tróia|laconiana]] que os antigos deificaram por sua beleza e todas as demais belas cujos semblantes ficaram preservados nos mais importantes livros e histórias.|[[Nicetas Coniates]]}}