João Mistacão: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 2:
 
== Biografia ==
Um nativo da [[Trácia]], João aparece pela primeira vez na história como um general na [[Armênia Romana]], em 579, juntamente com [[Cours (general bizantino)|Cours]]. Se já não tinha o posto de ''[[magister militum]] per Armeniam'' na época, ele foi elevado à posição em 582, quando foi nomeado também ''magister militum per [[Diocese do Oriente|Orientem]]'' pelo recém-coroado imperador Maurício<ref name="PLRE679"/>. Logo depois disto, possivelmente no outono de 582, ele lutou numa grande e acirrada batalha contra os persas sassânidas comandados por [[Cardarigan]] perto da junção dos [[rio NymphiusNinfeu|rios NymphiusNinfeu]] (atual [[rio Batman|Batman]]) e [[rio Tigre|Tigre]]. Nesta batalha, João comandou o centro, Cours, a ala direita e o general Ariulfo, a esquerda. Inicialmente, tudo correu bem, o centro e a esquerda conseguindo empurrar a linha persa para trás, mas Cours não conseguiu seguir o passo, supostamente por causa de sua inveja de João, provocando a derrocada do exército bizantino, que teve que fugir derrotado<ref>{{harvnb|Martindale|Jones|Morris|1992|pp=361, 679}}; {{harvnb|Greatrex|Lieu|2002|p=167}}.</ref>. Após outra derrota durante um cerco fracassado à fortaleza de Acbas, ele foi substituído, no final de 583, por [[Filípico (general)|Filípico]]<ref name="PLRE680">{{harvnb|Martindale|Jones|Morris|1992|p=680}}.</ref>.
 
Em 587, ele foi encarregado por um breve período de um comando na Trácia para combater os [[ávaros eurasianos|ávaros]] após eles terem derrotado e capturado o comandante anterior, Castus. João conseguiu levantar o cerco ávaro a [[Adrianópolis]] depois de derrotá-los numa batalha, mas se recusou a persegui-los<ref name="PLRE680"/>. Em 589, ele estava de volta ao comando na Armênia como ''magister militum'', um posto que ele deteve até uns poucos anos depois da paz de 591 com a Pérsia, quando foi substituído por [[Heráclio, o Velho|Heráclio]], o pai do futuro imperador [[Heráclio]]. Na mesma época, ele foi elevado ao prestigioso status de ''[[patrikios]]''<ref>{{harvnb|Martindale|Jones|Morris|1992|pp=680–681}}.</ref>. Em 589, ele cercou a capital armênia, [[Dvin]], mas abandonou-o ao saber da rebelião do general [[Bahram Chobin]] contra o [[xá persa]] [[Hormisda IV da Pérsia|Hormisda IV]] (r. 579-590). Aproveitando-se da guerra civil entre os persas, ele atacou a região do [[Azerbaijão]] e capturou uma grande quantidade de espólios e escravos<ref name="PLRE680"/>. Em 591, ele participou da campanha bizantino-persa comandada por [[Narses (general sob Maurício)|Narses]] para restaurar [[Cosroes II]] (r. 590-628), o legítimo governante persa, ao trono. Encabeçando as tropas armênias, ele participou da decisiva [[Batalha de Blaratão]], que marcou a derrota final do usurpador Bahram Chobin<ref name="PLRE680"/>.