Teodoro Estudita: diferenças entre revisões

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Durante o período da regência da imperatriz [[Irene de Atenas|Irene]], o abade Platon reapareceu como um aliado do [[patriarca de Constantinopla|patriarca]] [[Tarásio de Constantinopla|Tarásio]] e como um membro do partido iconódulo do patriarca no [[Segundo Concílio de Niceia]], onde a [[iconodulia|veneração dos ícones]] foi declarada [[ortodoxia doutrinária|ortodoxa]]. Logo depois, o próprio Tarásio ordenou Teodoro um padre. Em 794 d.C., Teodoro se tornou o abade de Sakkudion, quando seu tio se retirou da operação diária do mosteiro e [[voto de silêncio|se dedicou ao silêncio]]<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=80–81}}.</ref>.
 
{{Âncora|Controvérsia moequiana}}
=== Conflito com Constantino VI===
Também em 794 d.C., o imperador [[Constantino VI]] decidiu se separar de sua primeira esposa, [[Maria de Amnia]], para se casar com [[Teódote]], uma das [[cubiculária]]s ([[dama de companhia]]) de Maria e prima de Teodoro Estudita<ref>Ela era filha de Ana, uma irmã da mãe de Teodoro, Teoctiste. ({{harvnb|Pratsch|1998|pp=53, 83}})</ref>. Ainda que o patriarca possa ter inicialmente resistido ao movimento, pois o divórcio sem prova de [[adultério]] por parte da esposa poderia ser considerado como ilegal, ele no final acabou cedendo. O casamento entre Constantino e Teódote foi celebrado em 795, não pelo patriarca como seria de se esperar, mas por um tal José, um padre de [[Basílica de Santa Sofia|Santa Sofia]]<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=89–90}}.</ref>.
 
Uma sequência de eventos algo obscura se seguiu (a chamada "'''controvérsia moequiana'''", do [[língua grega|grego]] ''moichos'' - "adúltero"), na qual Teodoro iniciou um protesto contra o casamento a partir do Mosteiro de Sakkudion e parece ter exigido a [[excomunhão]] não apenas do padre José, mas também de todos os receberam a comunhão dele, algo que, por José ser um padre da igreja imperial, implicitamente levava à excomunhão do imperador e sua corte<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=98–101}}.</ref>. Esta exigência não tinha nenhum valor oficial, porém, e Constantino parece ter tentando se reconciliar com Teodoro e Platon (que agora eram parentes por causa do casamento), convidando-os a visitá-lo durante um passeio nos [[banho romano|banhos imperiais]] em [[Prusa]], na [[Bitínia]]. Nenhum deles compareceu ao evento, porém<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=101–102}}.</ref>.
 
Como resultado, tropas imperiais foram enviadas para Sakkudion e a comunidade foi dispersada. Teodoro foi [[flagelação|açoitado]] e, juntamente com dez outros monges, banido para a [[Tessalônica]], enquanto que Platon foi preso na capital<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=107–110}}.</ref>. Os monges chegaram no seu novo destino em março de 797 d.C., mas não ficariam por muito tempo. Em agosto do mesmo ano, Constantino VI foi derrubado e [[Mutilação política na cultura bizantina|cegado]], e sua mãe, a nova imperatriz [[Irene de Atenas|Irene]], reverteu o exílio<ref>{{harvnb|Pratsch|1998|pp=110–113}}.</ref>.