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Nascido em meados do [[século III]], Jâmblico estudou a [[magia]] dos [[Caldéia|caldeus]] e a filosofia de [[Pitágoras]], [[Platão]], [[Aristóteles]] e [[Plotino]]. Ao tomar contato com o [[neoplatonismo]], foi para [[Roma]] a fim de estudar com [[Porfírio]]. Escreveu ''Vida de Pitágoras'' (não confundir com o livro homônimo de Porfírio).
 
Foi um [[Teologia|teólogo]] [[Patrística|patrístico]] [[Período helenístico|helenístico]] do período pré-nissênico nascido em Cálcis, Celessíria, considerado o fundador da chamada escola [[Neoplatonismo|neoplatônica]] síria. Seus dados biográficos são imprecisos e, aparentemente, tomou conhecimento com as doutrinas [[Neopitagorismo|neopitagórica]] por influência principal de [[Nicômaco (matemático)|Nicômano]] de [[Gérasa]] (60-120), talvez em [[Alexandria]], e do [[Escola peripatética|peripatetismo]] com [[Anatólio de LaodicéiaLaodiceia]] (~ 240-325). Foi discípulo de [[Porfírio]] (233-304) o [[Fenícia|Fenício]], e considerado o maior pupilo de [[Plotino]] (204-270), o filósofo neoplatônico helenístico, que com sua procura mística de união com o bem, através da inteligência, constituiu-se como ponto de ligação entre a filosofia grega e a sapiência alexandrina. Com sua procura mística de união com o bem, através da inteligência, conseguiu expressar este ponto de ligação entre a filosofia grega e a sapiência alexandrina. Mudando-se para a Síria, deu início à propagação de suas teses e transformou a filosofia mítica de Plotino numa [[Teurgia]] ou conjugação mágica de deuses. Fundou e orientou a escola neoplatônica siríaca, com interesse na teologia politeísta e hoje é especialmente famoso por ter praticado especificamente a Teurgia, ou trabalho divino, ou a Magia Sagrada. Sua obra, segundo consta, seria composta principalmente de dez livros intitulados ''Resumo das doutrinas pitagóricas''. Destes, somente cinco se encontram preservados atualmente. Seus escritos [[Metafísica|metafísicos]] estão perdidos, mas suas idéias ficaram conhecidas, preservadas sob forma de citação ou comentário, [[doxografia]], em escritos de diversos autores. Seu livro mais conhecido, ''Sobre os Mistérios do Egito'', escrito em grego, foi uma resposta à carta de Porfírio (233-304) a Amélio (220-290) refutando qualquer teurgia e as práticas de adivinhação da época. Seu livro foi uma defesa da Teurgia, isto é, da possibilidade da manipulação mágica dos deuses em prol da satisfação de desejos humanos. Além disso, atribui-se a ele as seguintes obras: ''De mysteriis liber'', ''De chaldaica perfectissima theologia'', ''De descensu animae'' e ''De diis''. Destas, somente alguns fragmentos sobreviveram até nossos dias. Os [[Erudição|eruditos]] crêem que ele foi um [[Doutrina espírita|espírita]], um [[Mediunidade|médium]] no sentido popular, porém parece mais fácil justificar que ele opunha-se definidamente a tal prática. Além deste filósofo, os principais representantes de sua escola foram [[:en:Dexipo|Déxipo]] (350), Sopatro de Apaméia e [[Teodoro de Asine]] (~ 300), este o mais proeminente e seu discípulo mais conhecido, todos seus discípulos diretos. As principais influências exercidas pelo seu pensamento incidem sobre as teses de [[Proclo|Proclo Diádoco]] (412-485) e de [[Juliano, o Apóstata]] (331-363), em sua tentativa de reviver o [[paganismo]]. Em resumo, lecionou em Apaméia e diz-se que sucedeu à Porfírio na escola neoplatônica, e a transportou para [[Pérgamo]] e depois para [[Alexandria]], sendo o local de sua morte incerto.
 
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