Élia Zenonis: diferenças entre revisões

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Durante as operações na Isáuria, Illus capturou o irmão de Zenão, [[Longino (irmão de Zenão)|Longino]], e o manteve cativo numa fortaleza da região. Por acreditar que teria grande influência sobre um Zenão eventualmente restaurado, ele desertou e marcou com ele para Constantinopla no verão de 476. Quando Basilisco soube do perigo, ele tentou apressadamente revogar seus éditos religiosos e conciliar o patriarca com o povo, mas era tarde demais<ref name="penelope.uchicago.edu"/>.
 
Armatus, como ''magister militum'', foi enviado com todas as forças disponíveis para a [[Ásia Menor]] para dar combate ao exército isauriano que avançava, mas mensagens secretas de Zenão prometendo-lhe o título de ''magister militum'' perpétuo e a concessão do título de césar ao seu filho induziram-no a também trair Basilisco<ref>De acordo com [[Procópio de Cesareia|Procópio]], Armatus rendeu seu exército a Zenão na condição de que ele apontasse o filho de Armatus, também chamado de [[Basilisco (césar)|Basilisco]], como césar e reconhecesse-o como sucessor ao trono quando morresse. Depois que Zenão havia recuperado o império, ele cumpriu a promessa e nomeou Basilisco césar, mas não demorou muito para que lhe retirasse o título e executasse Armatus</ref>. Armatus evitou a estrada pela qual Zenão estava avançando e marchou para a Isáuria por outro caminho. Esta traição selou o destino de Basilisco<ref name="penelope.uchicago.edu"/>.
 
Em agosto de 476, Zenão cercou Constantinopla. O líder dos [[godos]] da [[Panônia]], Teodorico, o Amal, (que futuramente seria conhecido como [[Teodorico, o Grande]]) havia também se aliado a Zenão. Ele teria atacado Basilisco e seu ''[[foederati]]'' godos da Trácia liderados por [[Teodorico Estrabão]] e receberia em troca o título de ''magister militum'' de Estrabão, além de todo o pagamento que seria dado os godos. Já se sugeriu que Constantinopla estaria indefesa durante o cerco de Zenão justamente por que o ''magister militum'' Estrabão teria marchado para o norte para conter esta ameaça<ref>Veja {{cite book |last=Heather |first=Peter |title=Goths |year=1998 |month=May |publisher=Blackwell Publishing |isbn=0-631-20932-8 |pages=158&ndash;159 }}</ref>. O [[Senado bizantino]] abriu os portões da cidade para o isauriano e permitiu-lhe retomar o trono. Basilisco fugiu e tentou pedir [[santuário (legal)|santuário]] numa igreja, mas foi traído por Acácio e se rendeu com sua família após obter uma promessa solene de Zenão de que não "teriam seu sangue derramado". Basilisco, sua esposa, Élia Zenonis, e seu filho Marcos foram então enviados para uma fortaleza na [[Capadócia]], onde o imperador ordenou que fossem confinados numa [[cisterna]] seca para que morressem ao léu<ref>[http://www.roman-emperors.org/basilis.htm Hugh Elton, "Flavius Basiliscus (AD 475-476)"]</ref>.