Crise dos reféns americanos no Irã: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Man holding sign during Iranian hostage crisis protest, 1979.jpg|300px|thumb|Protesto em [[Washington, DC]]. O cartaz diz: ''"Deportação para todos os iranianos"''.]]
 
A '''Crise de Reféns do {{PBPE2|IrãPE2PB|Irão|Irã}}''' foi uma crise [[Diplomacia|diplomática]] entre o [[IrãIrão]] e os [[Estados Unidos]], onde 52 norte-americanos foram mantidos reféns por 444 dias (de [[4 de novembro]] de [[1979]] a [[20 de janeiro]] de [[1981]]), após um grupo de estudantes e militantes [[Islão|islâmicos]] tomar a embaixada americana em [[TeerãTeerão]], em apoio à [[Revolução Iraniana]].<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1001437-ira-recorda-tomada-de-refens-na-embaixada-dos-eua-em-1979.shtml Irã recorda tomada de reféns na embaixada dos EUA em 1979]</ref>
 
O episódio chegou ao auge quando, após tentativas fracassadas de negociar uma libertação, os [[Forças Armadas dos Estados Unidos|militares dos Estados Unidos]] tentarem uma operação de resgate, a Operação Eagle Claw, em [[24 de abril]] de [[1980]], que resultou em uma missão fracassada, a destruição de duas aeronaves e a morte de oito soldados americanos e um civil iraniano. Ela terminou com a assinatura dos Acordos de Argel, na [[Argélia]] em [[19 de janeiro]] de [[1981]]. Os reféns foram formalmente libertados sob custódia dos Estados Unidos no dia seguinte, poucos minutos após o novo presidente americano [[Ronald Reagan]] ser empossado.
 
A crise tem sido descrita como um emaranhado de "vingança e incompreensão mútua". No IrãIrão, a tomada de reféns foi amplamente vista como um golpe contra os Estados Unidos e sua influência no Irã, as suas percebidas tentativas de minar a Revolução Iraniana, e seu apoio de longa data ao [[Xá]] do Irã, recentemente derrubado pela revolução. O xá havia sido restaurado ao poder em um [[Operação Ajax|golpe de estado]] no ano de [[1953]], organizado pela [[CIA]] na embaixada americana, contra um governo nacionalista iraniano democraticamente eleito, e que recentemente havia sido autorizado a viajar aos Estados Unidos para tratamento médico. Nos Estados Unidos, a tomada de reféns foi vista como uma afronta, violando um princípio secular do [[direito internacional]], que concede aos diplomatas a [[Imunidade diplomática|imunidade de prisão]] e aos [[Embaixada|compostos diplomáticos]] a sua total [[Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas|inviolabilidade]].
 
A crise também tem sido descrita como o "episódio crucial" na história das [[Relações entre Estados Unidos e IrãIrão|relações entre o IrãIrão e os Estados Unidos]]. Nos Estados Unidos, alguns analistas políticos acreditam que a crise foi um dos principais motivos para a derrota do [[Presidente dos Estados Unidos|Presidente]] [[Jimmy Carter]] nas [[Eleição presidencial dos Estados Unidos (1980)|eleições presidenciais de 1980]].<ref>[http://educacao.uol.com.br/biografias/jimmy-carter.jhtm Biografia de Jimmy Carter]</ref> No IrãIrão, a crise reforçou o prestígio do [[Aiatolá]] [[Ruhollah Khomeini|Khomeini]] e do poder político daqueles que apoiaram a [[teocracia]] e se opuseram a qualquer normalização das relações com o [[Ocidente]]. A crise também marcou o início das sanções econômicas contra o Irã, o que enfraqueceu ainda mais os laços econômicos entre os dois países.
 
== PlanejamentoPlaneamento ==
A tomada da embaixada americana foi inicialmente planejadaplaneada em Setembro de [[1979]] por [[Ebrahim Asgharzadeh]], estudante na época. Ele consultou os líderes das associações islâmicas das principais universidades de [[Teerã]], incluindo a [[Universidade de TeerãTeerão]], Universidade de Tecnologia Sharif, Universidade de Tecnologia Amirkabir (Politécnico de TeerãTeerão) e Universidade de Ciência e Tecnologia do IrãIrão. O grupo recebeu o nome de Estudantes Muçulmanos Seguidores da Linha do Imã.
 
{{Referências}}
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[[Categoria:História dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Revolução Iraniana]]
[[Categoria:Relações entre Estados Unidos e IrãIrão]]