Efeito multiplicador: diferenças entre revisões

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{{Artigo principal|[[Modelo IS/LM#Multiplicador keynesiano|Multiplicador keynesiano]]}}
 
O multiplicador keynesiano não é outra coisa senão um efeito de segunda ordem sobre o sistema econômico criado pelo investimento.<ref name="Edward Elgar"/> Quando um investimento é feito, ele permite um aumento proporcional ao seu tamanho na produção. As receitas das famílias são usadas de duas maneiras: uma parte é gasta e a outra é poupada. A parcela poupada fica à disposição dos investidores que irão tomar uma parte emprestada (dependendo das taxas de juros) para aumentar a capacidade de produção da economia. Em outras palavras: as famílias poupam o que sobram de seu orçamento enquanto os investidores tomam uma parte desta poupança emprestada (pagando juros) para investir (investimento, neste caso, é diferente de poupança). Este investimento (exemplo: em máquinas) aumentará a capacidade de gerar produto. Este é o conceito básico do multiplicador keynesiano: um percentual do que foi investido vira aumento de produção. Aumento de produção gera aumento de renda (o dinheiro apurado com a produção vai para as famílias na forma de aluguel, lucro, salário ou juros)*. Isso aumenta a quantidade de poupança (considerando novamente que uma parcela do que se ganha, se gasta e outra se poupa). A poupança, agora maior, permitirá mais investimentos.
Este modelo é uma simplificação teórica do que acontece na realidade.
Para exemplificar melhor a questão (*), considere que as empresas são construídas com dinheiro emprestado das pessoas, em terrenos alugados por pessoas, pertencem a pessoas e são operadas por pessoas (não necessariamente os quatro fatores ao mesmo tempo). Por isso, toda a riqueza apurada com a venda da produção volta pras pessoas por um destes caminhos: juros, aluguel, pagamento de lucro e salários.