Angola: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 97:
=== Ocupação sistemática do território, séc. XIX e XX ===
Perante a ameaça das outras potências coloniais, de se apropriarem de partes do território reclamada por Portugal, este país iniciou finalmente, na sequência da Conferência de Berlim, um esforço que visava a ocupação de todo o território da Angola actual. Dados os seus recursos limitados, os progressos neste sentido foram, no entanto lentos: ainda em 1906, apenas 5% a 6% do território pretendido podiam com alguma razão ser considerados como "efectivamente ocupados"<ref name="Pélissier">{{citar livro|autor=Douglas Wheeler & René Pélissier|título=Angola|editora=Pall Mall|local=Londres|ano=1971|páginas=|id=}}</ref>. Só depois do advento da República em Portugal, em 1910, a expansão do Estado colonial avançou de forma mais consequente. Em meados dos anos 1920 estava alcançado um domínio integral do território, muito embora houvesse ainda em 1941 um breve surto de "resistência primária", da parte da etnia Vakuval {{Nota de rodapé|Veja {{citar livro|autor=Douglas Wheeler & René Pélissier|título=Angola|editora=Pall Mall|local=Londres|ano=1971|páginas=|id=}}; Aida Freudenthal, ''Angola'', in: A.H. Oliveira Marques (org.), ''O Império Africano 1890 - 1930'', Lisboa: Estampa, 2001, pp. 259-46; Maria da Conceição Neto, ''A República no seu estado colonial (em Angola): Combater a escravatura, estabelecer o "indigenato"'', revista ''Ler História'' (Lisboa, 59, 2010, pp. 205-225.}}. Embora lento, este esforço de ocupação não deixou, porém, de provocar novas dinâmicas sociais, económicas e políticas {{Nota de rodapé|Veja {{citar livro|autor=Isabel Castro Henriques|título=Percursos da modernidade em Angola: Dinâmicas comerciais e transformações sociais no século XIX|editora=Instituto de Investigação Científica Tropical|local=Lisboa|ano=1997|páginas=|id=}} (especialmente sobre os [[Imbangala]] e os [[Côkwe (etnia)|Côkwe]]).}}.
=== Dominação colonial e luta anticolonial, 1926 a 1974 ===
|