Batalha de Poitiers (732): diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 187.41.114.103 para a última versão por Renato de carvalho ferreira, de 20h08min de 19 de maio de 2013 (UTC) |
Corrigi erros de ortografia. |
||
Linha 21:
| campanha=
}}
A '''Batalha de Poitiers''', também conhecida como '''Batalha de Tours''', travou-se entre o exército do [[Reino Franco]], liderados por [[Carlos Martel]] — prefeito do [[palácio de Paris]], da dinastia [[Dinastia carolíngia|Carolíngia]], governante ''[[de facto]]'' do reino — e os '''mouros''', do exército do [[Califado de Córdoba]], liderado por [[Abd al-Rahman ibn Abd Allah al-Gafiqi|al-Gafiqi]], governante de [[Córdova (Espanha)|Córdova]].
Esta batalha é citada como sendo o marco do final da [[invasão muçulmana da península Ibérica|expansão muçulmana]] na [[Europa medieval]].
O exército [[francos|franco]] postou-se junto
== Importância ==
O [[emirado]] de [[Córdoba (Espanha)|Córdoba]] havia invadido anteriormente a [[Gália]], tendo sido parado no seu avanço mais ao norte na [[batalha de Toulouse]], em [[721]]. O herói do evento, que é menos celebrado, foi [[Odo, o Grande]], duque da [[Aquitânia]], que não foi o progenitor de uma estirpe de reis nem patrono dos cronistas.
Embora Odo tivesse derrotado os invasores [[muçulmanos]] antes, quando eles retornaram as coisas estavam muito diferentes
A [[batalha de Tours]] deu, a Carlos, o [[cognome]] "Martel", pela crueldade com que ele batia seus inimigos. Muitos historiadores, incluindo o grande historiador militar ''
Atualmente, Matthew Bennett e seus
Outro historiador contemporâneo, William Watson, acredita que o fracasso de Martel em Tours teria sido um desastre, destruindo o que se tornaria a civilização ocidental e, depois, o [[Renascimento]].
== Batalha ==
A Batalha de Tours ocorreu provavelmente em algum lugar entre [[Tours]] e [[Poitiers]] (daí seu outro nome: Batalha de Poitiers). O exército [[francos|franco]], liderado por [[Carlos Martel]], consistia principalmente de uma [[infantaria]] experiente, com algo entre 15 000 e 75 000 homens. Embora Carlos tivesse alguma cavalaria,
[[Ficheiro:Young Folks' History of Rome illus442.png|thumb|left|Batalha de Poitiers
Das considerações muçulmanas da batalha, verifica-se que eles foram realmente tomados de surpresa ao encontrar uma grande força de oposição ao seu esperado saque a Tours, e esperaram por seis dias, reconhecendo o inimigo e reunindo todos os seus exércitos de ataque de forma que uma concentração plena estava presente no campo de batalha. O emir [[Abd al-Rahman ibn Abd Allah al-Gafiqi|Abd-ar-Rahman al-Gafiqi]] era um general competente que não gostou de desconhecer tudo e não gostou do esforço de subida contra um número desconhecido de inimigos que pareciam bem disciplinados e dispostos para a batalha. Mas o clima também era um fator. Os francos germânicos, em suas peles de lobo e urso, estavam mais acostumados ao frio, melhor vestidos para isso e, apesar de não possuírem tendas como as que os muçulmanos possuíam, estavam preparados para esperar tanto quanto fosse necessário.
No sétimo dia, o exército muçulmano, formado principalmente por cavaleiros berberes e árabes liderados por al-Gafiqi, atacou. Durante a batalha, os francos derrotaram o exército islâmico e seu emir foi morto. Enquanto as informações ocidentais são incompletas, as árabes são bastante detalhadas descrevendo como os francos formaram um grande quadrado e lutaram uma brilhante batalha defensiva. Al-Gafiqi duvidava, antes da batalha, que seus homens estivessem prontos para semelhante esforço e deveria tê-los feito abandonar os saques que os atrasaram, mas, ao invés disto, decidiu confiar nos seus cavaleiros, que nunca o haviam decepcionado. De fato, era impensável para uma infantaria daquela época se opor a uma cavalaria blindada.
Martel conseguiu convencer seus homens a permanecerem firmes contra uma força que lhes parecia invencível, uma grande quantidade de cavaleiros, que, além disso, era provavelmente muito superior ao número de francos. Em uma das raras ocorrências onde a infantaria medieval se levantou contra cargas de cavalaria, os disciplinados soldados francos resistiam aos assaltos mesmo que, de acordo com as fontes árabes, a cavalaria árabe várias vezes rompesse as defesas francas. A cena é descrita em uma tradução de uma descrição árabe da batalha:
{{quote2|
Ambas as descrições concordam que os muçulmanos romperam as defesas francas e estavam tentando matar Carlos Martel, cujos vassalos o rodearam e não foram vencidos, quando um estratagema que Carlos havia planejado antes da batalha causou consequências além das que ele imaginara. Tanto as fontes ocidentais como as islâmicas da batalha afirmam que em algum momento durante o ápice da luta, ainda indefinida, patrulheiros enviados por Martel ao campo muçulmano começaram a libertar prisioneiros. Temendo a perda de suas pilhagens, uma grande porção do exército muçulmano abandonou a batalha e retornou ao campo para proteger seus espólios. Na tentativa de parar o que parecia ser uma retirada, al-Gafiqi foi cercado e morto pelos francos e o que começou como um ardil terminou como uma retirada real, com o exército muçulmano fugindo do campo de batalha naquele dia. Os francos reuniram suas falanges, e descansaram no local por toda a noite, acreditando que a batalha seria retomada na manhã seguinte.
No dia seguinte, quando os muçulmanos não reiniciaram a batalha, os francos temeram uma emboscada. Carlos inicialmente acreditou que os muçulmanos estavam tentando atraí-lo ao sopé da colina e ao campo aberto, uma tática que ele resistiria a todo custo. Foi apenas após um reconhecimento abrangente do campo muçulmano - que ambas as fontes citam ter sido apressadamente abandonado, deixando para trás até mesmo as tendas, com as forças muçulmanas voltando à [[península Ibérica]] levando consigo os espólios restantes que podiam carregar - que os soldados francos descobriram que os muçulmanos haviam se retirado durante a noite. Como as crônicas árabes revelariam depois, os generais de diferentes partes do Califado, [[berberes]], [[árabes]], [[persas]] e muitos mais, foram incapazes de concordar em escolher um líder para substituir al-Gafiqi como emir, ou até mesmo concordar sobre a escolha de um comandante para o dia seguinte. Apenas o emir, al-Gafiqi, tinha a ''[[fatwa]]'' do califa e, portanto, a autoridade absoluta sobre a fidelidade dos exércitos. Com a sua morte e com as várias nacionalidades e etnias presentes em um exército formado de homens de todo o Califado, propensões políticas, raciais e étnicas e personalidades importantes os influenciaram. A inabilidade dos briguentos generais para selecionar alguém que liderasse resultou na retirada geral de um exército que talvez fosse capaz de retornar à batalha e derrotar os francos.
A habilidade de Carlos Martel teve em matar al-Gafiqi no ápice da batalha, através de um engenhoso ardil cuidadosamente planejado para causar confusão, e seus anos gastos rigorosamente treinando seus homens, foram combinados para fazer o que parecia impossível: os francos de Martel, na prática uma [[infantaria]] sem armaduras, resistiu a uma grande [[cavalaria]] pesada com lanças de seis metros e a uma cavalaria ligeira com arco
== Depois de Tours ==
|