Política de boa vizinhança: diferenças entre revisões

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[[File:Carmen Miranda in The Gang's All Here trailer .jpg|thumb|left|200px|Apesar de ter chegado nos Estados Unidos antes da criação da Política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda sempre foi identificada como a artista de maior sucesso do projeto.<ref>[http://educacao.uol.com.br/biografias/carmen-miranda.jhtm Biografia: Carmen Miranda]</ref>]]
 
===Antecedentes===
Os [[Estados Unidos]], desde o fim da [[Primeira Guerra Mundial]] (1914-1918) enfrentavam um intenso debate interno sobre “neutralidade” perante tais conflitos e a maioria da população e de seus representantes no Congresso preferia manter a nação norte-americana fora do conflito que já ocorria na [[Europa]]. Mas a guerra iniciada em 1939 afetava diretamente os interesses estadunidenses no mundo. Uma dessas zonas de interesse era a [[América Latina]]. Em relação aos países ao sul de sua fronteira meridional, havia o entendimento de que o crescente
“expansionismo alemão ameaçava o hemisfério e o equilíbrio montado pelos Estados Unidos”.
 
Para dificultar a situação dos Estados Unidos, na América Latina, nos anos que antecederam e iniciaram a década de 1940, verificou-se uma simpatia de alguns de seus governantes às políticas adotadas pelos países de políticas fascistas.<ref>{{citar web|url=http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/brasil_estados_unidos_e_a_politica_da_boa_vizinhanca_atraves_da_revista_em_guarda_1940_1945.pdf|titulo=BRASIL, ESTADOS UNIDOS E A POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA, ATRAVÉS DA REVISTA "EM GUARDA"|autor=Aline Vanessa Locastre|data=|publicado=|acessodata=16 de setembro de 2013}}</ref>
 
===Sobre a Política da Boa Vizinhança===
A '''Política de boa vizinhança''' (ou '''Good Neighbor Policy''', em [[língua inglesa]]) foi uma iniciativa política criada e apresentada pelo governo dos [[Estados Unidos]] presidido por [[Franklin D. Roosevelt]] durante a Conferência Panamericana de [[Montevideo]], em dezembro de 1933. Ela se referiu ao período das relações [[política externa|políticas]] estadunidenses com os países da [[América Latina]] entre 1933 até 1945 - ao final da [[Segunda Guerra Mundial]] e [[Harry Truman]] assumindo a presidência do país.
 
Sua principal característica foi o abandono da prática intervencionista que prevalecera nas relações dos Estados Unidos com a América Latina desde o final do século XIX.<ref>{{citar web|url=http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RelacoesInternacionais/BoaVizinhanca|titulo=Política de boa vizinhança|autor=|data=|publicado=Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|acessodata=16 de setembro de 2013}}</ref> Oficialmente essa política consistia em investimentos e venda de tecnologia norte-americana para os países latino-americanos, mas em troca, esses deviam dar apoio à política norte-americana. Ela consistia, no entanto, de um esforço para aproximação cultural entre EUA e América Latina, cujas relações vinham se deteriorando devido ao forte intervencionismo norte-americano durante a política do "[[Big Stick]]", lançada por [[Theodore Roosevelt]] em 1901.
 
Ela foi praticada em diversas frentes, sendo centrais o cinema e o rádio (o personagem [[Zé carioca]], por exemplo, foi criado nesse período), sendo que se manifestava tanto nos EUA como na América Latina. Porém, ela nunca foi simétrica: enquanto na América Latina propagavam-se as qualidades da cultura norte-americana, como os valores democráticos e o industrialismo, nos EUA caracterizava-se a cultura Latina pelas belezas naturais e o exotismo.
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A grande quantidade de vocábulos em inglês que vemos por todo o lado no Brasil - na publicidade e na moda, principalmente - e a influência da Pop Music - [[MTV]] - e do cinema [[Hollywood]]iano, são facetas da penetração cultural norte-americana no Brasil, que data desse período.
 
 
{{Referências}}