Maomé V de Granada: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Renato de carvalho ferreira moveu Muhammed V de Granada para Maomé V de Granada: Tradução atestada em fonte, inclusive um dicionário sobre a Idade Média |
|||
Linha 1:
{{Mais notas||bioh|hist-eu|data=fevereiro de 2013}}
{{Info/Monarca/Nasridas
|nome =
|nome completo ={{Lang|ar|أبو عبد الله "الغني بالله" محمد بن يوسف}};<br />Abu `Abd Allah “al-Ghani bi-llah” Muhammed ben Yusuf
|a1=1354 |a2=1391
Linha 13:
|cidademorte =
}}
'''Abu `Abd Allah “al-Ghani bi-llah” Muhammed ben Yusuf''' ({{dtlink|4|1|1338}} – {{dtlink|16|1|1391}}) ou '''
Era filho de Butayna, uma ex-escrava, e de [[Yusuf I de Granada|Yusuf I]], a quem sucedeu quando tinha apenas 16 anos, após o assassínio do pai. A primeira fase do seu reinado foi pacífica, mas terminou quando o seu meio-irmão {{Lknb|Ismail|II|de Granada}} o destronou, levando-o a refugiar-se no norte de África. Voltou pouco tempo depois e, aliado ao [[Reino de Castela|rei castelhano]] {{Lknb|Pedro|I|de Castela}}, enfrentou {{Lknb|
Durante o seu reinado foram levadas a cabo obras fundamentais no palácio da [[Alhambra]], em [[Granada (Espanha)|Granada]], entre as quais se destacam o Pátio dos Leões e a construção do "Quarto Dourado" no Palácio do Mexuar. Construiu também um hospital em Granada.
Linha 21:
==Biografia==
===Primeiro reinado (1354–1359)===
Durante este período Castela e [[Reino de Aragão]] estavam em guerra, o que proporciona ao [[emirado]] de Granada alguma tranquilidade. No entanto, no decurso dessa guerra,
===Interregno (1359–1362)===
[[Imagem:Alhambra Dec 2004 5.jpg|thumb|left|Pátio dos Leões, no complexo palaciano da [[Alhambra]], em [[Granada (Espanha)|Granada]], uma das obras de
O golpe de estado foi supostamente instigado por dois membrs da família real nasrida: Abu al-Walid Ismail (Ismail II II), seu meio-irmão filho de Míriam, a outra esposa do seu pai, e [[
Pedro, o Cruel estava incapacitado de ir em auxílio de
O reinado de Ismail é breve. A 28 de junho de 1360, Mohammed al-'Ahmar manda matá-lo e aos seus irmãos e vizires e toma o poder com o nome de
Pouco tempo depois, Pedro de Castela vence os Aragoneses e Henrique de Trastâmara, o que lhe permite ir em auxílio de
===Segundo reinado (1362–1391)===
Linha 41:
[[Imagem:Back home.jpg|thumb|"Quarto Dourado", no Palácio do Mexuar da Alhambra]]
Maomé V volta ao poder para o que seria um dos reinados mais longos dos Nasridas. O historiador [[Tunísia|tunisino]] [[Ibn Khaldun]] conta na sua autobiografia que chegou a Granada a 26 de setembro de 1362, onde é recebido calorosamente pelo emir e pelo seu vizir ibn al-Khatib, que tinha conhecido em [[Fez]] durante o exílio forçado. Ibn Khaldun tinha apoiado a família de
Em outubro de 1365, o [[Reino do Chipre|rei do Chipre]] {{Lknb|Pedro|I||de Lusignan}} conduz uma força de Cipriotas e de Ocidentais em [[cruzada]] e toma [[Alexandria]]. Os [[Cavalaria medieval|cavaleiros]] recusam-se a segui-lo no assalto ao [[Cairo]], pelo que Pedros se vê obrigado a voltar ao Chipre.
▲O historiador [[Tunísia|tunisino]] [[Ibn Khaldun]] conta na sua autobiografia que chegou a Granada a 26 de setembro de 1362, onde é recebido calorosamente pelo emir e pelo seu vizir ibn al-Khatib, que tinha conhecido em [[Fez]] durante o exílio forçado. Ibn Khaldun tinha apoiado a família de Muhammed al-Ghani quando este tinha sido deixado sozinho. Em 1363, o emir envia Ibn Khaldun como embaixador junto do rei Pedro, o Cruel para finalizar um tratado entre Castela e os Merínidas. Como presente de despedida, Pedro oferece como presente uma ''«[[mula]] fogosa aparelhada com [[Estribo (cavalaria)|estribos]] pesados e um freio de ouro. Ofereci-a ao sultão, que me deu a aldeia de Elvira [situada] em terra irrigada na [[Veiga de Granada|planície de Granada]].»''{{Harvy|ched|Ibn Khaldun|2003|p=97-99}} No mesmo ano, Ibn Khaldun volta ao [[Magrebe]].
Pedro, o Cruel e
▲Em outubro de 1365, o [[Reino do Chipre|rei do Chipre]] {{Lknb|Pedro|I||de Lusignan}} conduz uma força de Cipriotas e de Ocidentais em [[cruzada]] e toma [[Alexandria]]. Os [[Cavalaria medieval|cavaleiros]] recusam-se a segui-lo no assalto ao [[Cairo]], pelo que Pedros se vê obrigado a voltar ao Chipre. Muhammed al-Ghani envia ao Cairo uma embaixada junto do sultão [[Mamelucos|mameluco]] [[Dinastia Bahri|bahrita]] {{ilc||Al-Achraf Zayn ad-Din Chaban|Al-Ashraf Sha'ban|Shaban II}} para o felicitar por ter rechaçado o ataque contra Alexandria. Os enviados de Granada voltam ao [[al-Andalus]] com {{formatnum:2000}} dinares egípcios, mas sem esperança de obterem uma ajuda militar direta. O Egito mameluco tinha assinado com os reinos de Aragão e de Castela vários tratados comerciais e a sua política externa sempre foi extremamente pragmática.
Em 1371, é o vizir [[Ibn al-Khatib|Lisan ad-Din ben al-Khatib]], amigo de Ibn Khaldun desde o exílio de 1359 em Fez, que dirige o emirado de Granada. A sua aura diminui gradualmente devido às calúnias vindas de personagens influentes como o poeta [[Ibn Zamrak]]. Segundo estas calúnias, Ben al-Khatib estaria a soldo dos Merínidas, que aspiravam conquistar o trono de Granada. Ben al-Khatib acaba por ser forçado a exilar-se em Fez, junto aos Merínidas, dando assim crédito às acusações de que era objeto. Morre quatro anos mais tarde estrangulado por assassinos enviados por
▲Pedro, o Cruel e Muhammed al-Ghani mantêm boas relações. Muhammed assegura a Pedro o apoio durante a guerra civil deste com Henrique de Trastâmara. Em contrapartida, os Nasridas podem conquistar Algeciras. A 13 de março de 1369 é travada a [[batalha de Montiel]] entre Pedro e Henrique, este último apoiado por forças aragonesas e cavaleiros franceses, enquanto Pedro teve o apoio de tropas granadinas. A batalha saldou-se numa derrota de Pedro, que morre apunhalado a 22 de março na tenda de [[Bertrand du Guesclin]], o comandante das forças francesas ao serviço de Henrique.
▲Em 1371, é o vizir [[Ibn al-Khatib|Lisan ad-Din ben al-Khatib]], amigo de Ibn Khaldun desde o exílio de 1359 em Fez, que dirige o emirado de Granada. A sua aura diminui gradualmente devido às calúnias vindas de personagens influentes como o poeta [[Ibn Zamrak]]. Segundo estas calúnias, Ben al-Khatib estaria a soldo dos Merínidas, que aspiravam conquistar o trono de Granada. Ben al-Khatib acaba por ser forçado a exilar-se em Fez, junto aos Merínidas, dando assim crédito às acusações de que era objeto. Morre quatro anos mais tarde estrangulado por assassinos enviados por Muhammed V.
Em 1372 a dinastia merínida conhece um período de instabilidade. Muhammed as-Sa`id é apresentado como herdeiro do seu pai [[Abdul Aziz I|Abu Faris Abd al-`Aziz]] quando tem cinco anos de idade, mas morre em 1373, não chegando a reinar. Em 1374, [[Abu l-Abbas Ahmad|Abu al-`Abbas]] sobe ao trono de Fez apoiado pelos Nasridas, mas [[Abu Zaid ar-Rahman]] funda um reino rival em [[Marraquexe]].
Em 1375, Ibn Khaldun regressa a Granada, onde é bem acolhido pelo emir
Em 1387, Abu al-`Abbas refaz a unidade do reino merínida. Marrocos conhece seis anos de tranquilidade, que Abu al-`Abbas aproveita para reconquistar Tlemcen e [[Argel]].
==Notas==
Linha 88 ⟶ 86:
{{Refend}}
{{Começa caixa}}
Linha 100 ⟶ 97:
|título =Rei de Granada
|anos =[[1362]]-[[1391]]
|antes =[[
|depois =[[Yusuf II de Granada|Yusuf II]]
}}
{{Fim}}
{{Nasridas}}
[[Categoria:Reis Nasridas de Granada|
|