Bóris II da Bulgária: diferenças entre revisões

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Nada mais se sabe sobre sua vida até 968, quando ele viajou novamente a Constantinopla para negociar um tratado de paz com o imperador [[Nicéforo II Focas]] e, aparentemente, acabou servindo como um "refém honorário". O tratado tinha por objetivo encerrar o conflito entre a [[Primeiro Império Búlgaro|Bulgária]] e Bizâncio, que agora se juntaria aos búlgaros para lutar contra o [[príncipe de Kiev]] [[Sviatoslav I de Kiev|Sviatoslav]], que havia [[Invasão da Bulgária por Sviatoslav|invadido a Bulgária]] depois de ser incitado a fazê-lo pelos bizantinos. Em 969, uma nova invasão kievana derrotou os búlgaros e Pedro I enfartou, abdicou e foi confinado num mosteiro. Em circunstâncias obscuras, Bóris II recebeu permissão para voltar para a Bulgária para assumir o trono. A Crônica de [[João Skylitzes]], escrita muito depois, confunde este evento com outro, posterior, no qual Bóris e o irmão escaparam de Constantinopla durante a a chamada "revolta" dos [[Cometopuli]] na região da [[Macedônia (região)|Macedônia]].
 
[[Image:Returns.jpg|300px|thumb|left|Imperador bizantino [[João I Tzimisces]] retorna em triunfo para [[Constantinopla]] com Bóris II preso e o venerado [[ícone]] de [[Preslav]].<br>[[Iluminura]] no [[Skylitzes de Madrid]].</small>]]
 
Bóris II não conseguiu impedir o avanço kievano e se viu forçado a aceitar Sviatoslav como aliado e praticamente seu mestre, que imediatamente o obrigou a atacar os bizantinos. Uma campanha kievana na [[Trácia bizantina]] foi derrotada em [[Arcadiópolis]] em 970 e o novo imperador, [[João I Tzimisces]], avançou para o norte. Sem conseguir defender os [[passo de montanha|passos de montanha]] na [[cordilheira dos Balcãs]], Sviatoslav permitiu que os bizantinos penetrassem na [[Mésia]] e cercassem a capital imperial [[Preslav]]. Mesmo com a defesa conjunta de búlgaros e [[rus' de Kiev|kievanos]], os bizantinos conseguiram atear fogo nos telhados e demais estruturas de madeira da cidade com suas flechas incendiárias, tomando-a. Bóris II foi preso e João continuou a perseguir o exército de Sviatoslav, cercando o príncipe em [[Drastar]] ([[Silistra]]), supostamente em nome de Bóris, que foi tratado com muito respeito, como seu aliado e "protetor". Depois que Sviatoslav aceitou negociar e voltou para [[Principado de Kiev|Kiev]], o imperador bizantino retornou para Constantinopla em [[triunfo romano|triunfo]]. Ao contrário de liberar a Bulgária, como havia prometido, João levou consigo Bóris, a família real e todo o tesouro búlgaro. Numa cerimônia pública na capital em 971, Bóris II foi ritualisticamente despido de suas [[insígnia]]s imperiais e recebeu o [[títulos bizantinos|título]] de ''[[magistros]]'' em troca. As terras búlgaras na Trácia e na [[Mésia Inferior]] foram anexadas ao Império Bizantino.