Palácio de Blaquerna: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
EmausBot (discussão | contribs)
m A migrar 7 interwikis, agora providenciados por Wikidata em d:Q879941
Linha 3:
O '''Palácio de Blaquerna''' {{Langx|tit=s|el|τὸ ἐν Βλαχέρναις Παλάτιον}} foi uma residência [[Império Bizantino|imperial bizantina]] no subúrbio de [[Blaquerna]], situada na parte noroeste de [[Constantinopla]],{{Harvref|name=vm128|van Millingen|1899|p=128}} no que é atualmente o bairro de [[Balat]]. O local onde o palácio se erguia está hoje coberto de construções e, dado ter havido qualquer [[escavação]], as únicas descrições são de fontes literárias.
 
O palácio foi construído na encosta norte da chamada Sétima Colina da cidade cerca de {{DC|500}}. A topografia da colina foi parcialmente alterada, principalmente em períodos posteriores, tendo sido criados uma série de terraços para suportar os vários edifícios que compunham o complexo palaciano.{{Harvref|van Millingen|1899|p=129-130}} Embora entre os séculox&nbsp;IV e XI a principal residência imperial tenha sido o [[Grande Palácio de Constantinopla|Grande Palácio]], na zona leste da cidade, abaixo do que é hoje a [[Praça Sultanahmet]], o Palácio de Blaquerna foi usado algumas vezes e é referido nos protocolos cerimoniais ''[[De Ceremoniis]]'' do {{séc|X}} (capítulos I.27, I.34, II.9 e II.12) do imperador {{Lknb|Constantino|VII}} (r. 945–959). Nesse tempo incluia várias estruturas: o pavilhão (''{{ilc|triklinos||Triclinium}}'') de Anastácio (Τρίκλινος Ὰναστασιακὸς), nomeado em honra de {{Lknb|[[Anastácio| I|de Bizâncio}}Dicoro]] (r. 491–518), o pavilhão do Oceano (Τρίκλινος Ὠκεανός; ''Okeanos'') o [[pórtico]] de José ou ''Iosephiakos'' (Πόρτικας Ἰωσηφιακὸς) e o pavilhão do [[Rio Danúbio|Danúbio]] (Τρίκλινος Δανουβιὸς; ''Danoubios''). O último comunicava com a vizinha [[Igreja de Santa Maria de Blaquerna]] através de uma série de escadarias.<ref name=vm128 />{{Harvref|name=ka293|Kazhdan|1991|p=293}}
 
No final do {{séc|XI}}, o imperador {{Lknb|Aleixo|I||Comneno}} (r. 1081–1118) transferiu a sua residência para o palácio e ele e o seu neto {{Lknb|Manuel|I||Comneno}} (r. 1143–1180) levaram a cabo grandes obras, fortificando o recinto do palácio e erigindo novos edifícios.<ref name=ka293 /> Manuel é creditado por ter construído uma muralha exterior muito elaborada.{{Harvref|van Millingen|1899|p=122-123}} e vários edifícios esplendorosos, como o de Irene (batizado em nome da imperatriz {{ilc|Irene da Hungria||Piroska da Hungria}}) e o ''Polytimos Oikos'' ("Casa Valiosa"), tendo o complexo pasado a ficar conhecido como "Palácio Novo".{{Harvref|van Millingen|1899|p=128-129}} A única estrutura desse tempo que ainda perdura é a chamada [[Prisão de Anemas]].{{Harvref|van Millingen|1899|p=131}}