Teoria moderna do portfólio: diferenças entre revisões

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O trabalho pioneiro na área de otimização de portfólio foi à proposição do modelo média-[[variância]] por [[Harry Max Markowitz|Markowitz]] ([[1952]])..<ref>MARKOWITZ, H. Portfolio selection. ''The Journal of Finance'', v. 7, n. 1, p. 77-91, 1952.</ref> A teoria do portfólio estabelece que decisões relacionadas à seleção de investimentos devam ser tomadas com base na relação risco-retorno. Para auxiliar neste processo, modelos de otimização de portfólio têm sido desenvolvidos. De modo a serem efetivos, tais modelos devem ser capazes de quantificar os níveis de risco e retorno dos investimentos.
 
==História==
 
O estudante de Markowitz, [[William Forsyth Sharpe|William Sharpe]], junto com John Lintner e Jack Treynor, desenvolveram o que foi conhecido como o [[Modelo de Precificação de Ativos Financeiros|Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros]] - ''Capital Asset Pricing Model'', no qual a determinante chave da taxa esperada de retorno de uma ação é o coeficiente <math>\beta</math> (beta) da ação, definido pela [[covariância]] de seu preço com o nível global do mercado.<ref>SHARPE, W. F. Capital asset prices: A theory of market equilibrium under conditions of risk. ''The Journal of Finance'', v. 19, n. 3, p. 425-442, 1964.</ref> O pressuposto fundamental foi o da [[diversificação]]: o [[risco idiossincrático]] (específico) de uma ação particular poderia ser diversificado, mas não o risco genérico de flutuações globais do mercado ([[risco sistêmico|sistêmico]]). Os investidores racionais requererem então lucros esperados mais altos para manter ações com um <math>\beta</math> alto, em contraposição a ações de <math>\beta</math> baixo. O aparecimento da [[moderna teoria de finanças]] fez parte de uma revolução que teve um impacto fundamental sobre a velha área de finanças, largamente pré-teórica, e frequentemente baseada em um mundo de relações explícitas.<ref>{{Citar web |url=http://ssrn.com/abstract=1389863 |título=IQUIAPAZA, R.A., AMARAL, H.F.; BRESSAN, A.A. Evolução da Pesquisa em Finanças: Epistemologia, Paradigma e Críticas. ''Revista O&S: Organizações & Sociedade'', 2009. |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
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Assume-se ainda que a preferência de risco / retorno do investidor pode ser descrita através de uma [[função de utilidade]] quadrática. O efeito deste pressuposto é que apenas o retorno esperado e a volatilidade (isto é, o retorno médio e o desvio padrão) importam para o investidor. O investidor é indiferente a outras características da distribuição do retorno, tais como a sua [[obliquidade|assimetria]] ou [[curtose]].
 
Note-se que aA teoria utiliza um parâmetro, a [[Volatilidade (finanças)|volatilidade]], como uma ''proxy'' de risco, enquanto a rentabilidade é uma expectativa sobre o futuro. Isto está em sintonia com a [[hipótese de eficiência de mercado]] e a maior parte estudos clássicos das finanças modernas, como o modelo de Black e Scholes para precificação de [[opções europeias]] ([[modelo de martingais]]: em suma significa que a melhor previsão para amanhã é o preço de hoje). As recentes inovações em teoria do portfólio , especialmente na chamada de [[Teoria do Portfólio Pós-Moderna]], tem exposto diversas falhas na consideração da variância como proxy do risco do investidor:
 
* A teoria utiliza um parâmetro histórico, a volatilidade, como uma proxy de risco, enquanto a rentabilidade é uma expectativa sobre o futuro. (Note-se porém que este está em consonância com a Hipótese da Eficiência e da maioria dos achados clássicos em finanças, tais como Black e Scholes, que usam o modelo de martingais, ou seja, o pressuposto de que a melhor previsão para amanhã é o preço de hoje) .