República das Duas Nações: diferenças entre revisões

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===Demografia e [[Religião]]===
[[Ficheiro:Wesele KozackieJózef_Brandt_-_Wesele_kozackie.jpg|thumb|right|200px|O casamento [[cossaco]]. Pintura de [[Józef Brandt]].]]
 
A população na República das Duas Nações nunca foi esmagadoramente nem [[Igreja Católica Apostólica Romana|católica romana]], nem polonesa. Esta circunstância era devida ao controle da [[Ucrânia]] pela Polônia e à confederação com a Lituânia, uma vez que em ambos desses países a [[poloneses|etnia polonesa]] era uma distinta minoria. A República era constituída inicialmente por quatro nações: [[Lituânia|lituanos]], [[Polônia|poloneses]], [[Ucrânia|ucranianos]] e [[Bielorrússia|bielorrussos]] (os últimos geralmente referidos como [[rutenos]]). Algumas vezes os habitantes do [[Grão-Ducado da Lituânia]] eram chamados de [[litvins]], um termo eslavo para lituanos, apesar de serem de etnias diferentes. Logo após a [[União de Lublin]], no final daquele século, a população da República era de cerca de 7 milhões de habitantes, formada por 4,5 milhões de poloneses, 0,75 milhão de lituanos, 0,7 milhão de judeus e 2 milhões de rutenos.<ref name="Ftazee">População total de judeus estimada por Frazee; outras são estimativas de Pogonowski (veja a seguinte referência). Charles A. Frazee, ''World History the Easy Way'', Barron's Educational Series, ISBN 0812097661, [http://books.google.com/books?vid=ISBN0812097661&id=Br-ElA3OpEMC&pg=PA50&lpg=PA50&ots=tguZsY7DB0&dq=demographics+Poland+Lithuania+7000000&sig=wNm4yPFP_PNvqrfFb6BKUp9hZxA Google Print, 50]</ref> Em [[1618]], depois da [[Trégua de Deulino]] a população da República aumentou, juntamente com a expansão de seu território, alcançando 11,5 milhões de habitantes divididos em: poloneses, 4,5 milhões; ucranianos, 3,5 milhões; bielorrussos, 1,5 milhão; lituanos, 0,75 milhão; prussianos, 0,75 milhão; judeus, 0,5 milhão; e livonianos, 0,5 milhão. Neste tempo a nobreza constituía 10% do total da população e a [[burguesia]], 15%.<ref name="Pogonowski"/> No período de [[1648]]–[[1657|57]], a perda populacional foi estimada em 4 milhões.<ref name="Pogonowski"/> Devido a outras perdas territoriais e populacionais, a população em [[1717]] diminuiu para 9 milhões de habitantes, dividida em: 4,5 milhões de poloneses, 1,5 milhão de ucranianos, 1,2 milhão de bielorrussos, 0,8 milhão de lituanos, 0,5 milhão de judeus e 0,5 milhão de outros.<ref name="Pogonowski">Baseado em [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1618.jpg mapa populacional de 1618] (p.115), 1618 mapa de idiomas (p.119), 1657-1667 mapa de perdas populacionais (p.128) e [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1717.jpg mapa de 1717] (p.141) de Iwo Cyprian Pogonowski, ''Um Atlas Histórico da Polônia'', Hippocrene Books, 1987, ISBN 0880293942</ref> Ser ''polonês'', nas terras não polonesas da República era então muito menos um índice de [[Grupo étnico|etnicidade]] do que de religião e [[Hierarquia|posição social]]; era uma designação essencialmente reservada para a classe dos nobres proprietários de terras, a ''([[szlachta]])'', que não só incluía poloneses, como também muitos membros de origem não polonesa que, convertidos ao catolicismo cresciam em número a cada nova geração. Para os [[nobreza|nobres]] não-poloneses, tal conversão significava o passo final para a [[polonização]] que era seguida pela adoção da [[língua polonesa|língua]] e [[cultura da Polônia]].<ref name="Gordon">Linda Gordon, ''Cossack Rebellions: Social Turmoil in the Sixteenth Century Ukraine'', SUNY Press, 1983, ISBN 0-87395-654-0, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0873956540&id=qq0c9viLrB4C&pg=PA51&lpg=PA51&dq=Polish-Lithuanian+Commonwealth+religious+tolerance&sig=3v4uvh1FEUBxZm3RAlxuvOtfmPA Google Print, p.51]</ref> A Polônia, como a parte mais desenvolvida culturalmente da República, com a corte real, a capital, as maiores cidades, a segunda mais antiga universidade da Europa Central (depois de [[Praga]]) e a mais liberal e democrática [[Organização Social|organização social]], agia como uma atração irresistível para os nobres não-poloneses da República.<ref name="Gella"/>