Triple A: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
G.mantenga (discussão | contribs)
G.mantenga (discussão | contribs)
referência do New York Times não existe.
Linha 1:
A '''Aliança Anticomunista Argentina''' ('''Alianza Anticomunista Argentina''' em [[língua espanhola|espanhol]], mais conhecida como ''Triple A'' ou '''AAA''') foi um [[esquadrão da morte]] de [[extrema direita]] que esteve em a(c)tividade na [[Argentina]] no governo de [[Isabel Perón]] (1974-1976), tinha o principal objetivo de desestabilizar o governo de Isabel Perón, através do assassinato de partidários do governo peronista, artistas, intelectuais, escritores, políticos peronistas, estudantes, historiadores.<ref>Marcelo Larraquy: López Rega. La biografía. Bs. As.: Sudamericana, 2004.</ref> Posteriormente, vincularam-se à [[junta militar]] liderada por [[Jorge Rafael Videla]] (1976-1983) e desempenharam um papel de destaque na "[[Guerra suja na Argentina]]". De acordo com o julgamento juicio a las Juntas de 1985, por volta de 1976 nenhuma insurgência real poderia legitimar a assim chamada "Guerra Suja". A AAA teve forte apoio dos militares e do comandante-em-chefe do exército, [[Jorge Rafael Videla]], que chegou à presidência da [[Argentina]] após o [[golpe de estado]] de [[1976]], atuou na repressão contra o [[Peronista]].
 
De acordo com ''[[New York Times]]'' a Argentina vivia um período de ataques [[terrorismo|terroristas]] executados por grupos de [[extrema esquerda]],<ref>{{cite news | title = Ex-Argentine Security Chief Arrested | publisher = New York Times | date = 12-11-1983}}</ref> e dura repressão da dissidência por parte dos militares, paramilitares e forças policiais.
 
== Criação ==
A ''Triple A'' foi organizada por [[José López Rega]] e Alberto Villar<ref>{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/elmundo/2006/12/20/espana/1166608365.html Un juez argentino ordena capturar al ex jefe de la 'Triple A', que vive en Valencia], ''[[El Mundo]]'', [[20 de dezembro]] de [[2006]].</ref>, delegado-chefe da polícia federal argentina. Começou a operar abertamente um mês após a morte de Peron.<ref>http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-39010-2004-07-31.html</ref> em [[1 de julho]] de [[1974]]. O grupo contou com o apoio financeiro e logístico da Agência Central de Inteligência (CIA).,<ref>http://argentina.indymedia.org/news/2004/01/166823_comment.php</ref>agiu em conjunto com a Aliança Americana Anticomunista (Colômbia), como parte da Operação Condor.<ref> Marcelo Larraquy: López Rega. La biografía. Bs. As.: Sudamericana, 2004.</ref>
 
== Vítimas ==
De acordo com um apêndice do relatório [[CONADEP]] de 1983, a AAA conseguiu executar 1.122 vítimas,<ref name="IPS">{{cite news | title = Rights: Argentina Renews Hunt for 'Triple A' Death Squad | publisher = IPS | date = 2007-02-23}}</ref> incluindo artistas, intelectuais, políticos de esquerda, estudantes e historiadores, políticos peronistas e seus simpatizantes, bem como juízes, chefes de polícia e [[ativismo|ativistas sociais]].<ref> Conadep, Informe Nunca Más, Capítulo II, Título Primero: Víctimas.</ref> No total, suspeita-se que tenha executado mais de 1500 indivíduos,<ref name="Pulsar">{{((es))}}-[http://www.agenciapulsar.org/nota.php?id=9290 Justicia argentina condenó delitos de la Triple A], ''Agencia Pulsar'', 27/12/2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]].</ref> De acordo com o Arquivo Nacional da Memória, entre 20 de Junho de 1973, o dia do abate de Ezeiza, até o início da ditadura militar de houve entre 600 e 900 desaparecimentos e assassinatos 1500.<ref>http://www.lanacion.com.ar/875007-hubo-600-desaparecidos-antes-del-76</ref>
 
A comissão [[CONADEP]] sobre violação de [[direitos humanos]] provou que a Triple A praticou 19 homicídios em 1973, 50 em 1974 e 359 em 1975, enquanto que suspeita-se de seu envolvimento em várias outras centenas. Ameaças de morte também provocaram o exílio de muitos outros, incluindo cientistas tais como Manuel Sadosky, artistas como [[Héctor Alterio]], [[Luis Brandoni]] e [[Nacha Guevara]], e políticos como [[José Ber Gelbard]], bem como Héctor Sandler e [[Norman Brinski]].<ref name="EKAPDF">{{((es))}}-[http://www.eka-partidocarlista.com/almiron.pdf Rodolfo Almirón, de la Triple A al Montejurra], PDF</ref> Uma das estimativas mais freqüentemente citadas contabilizam 220 ataques terroristas de julho a setembro de 1974, os quais mataram 60 e feriram gravemente 44, bem como 20 seqüestros<ref> González Jansen, Ignacio (1986), ''La Triple A'', Buenos Aires, Contrapunto.</ref> O juiz federal Norberto Oyarbide, que assinou o pedido de extradição contra o ex-líder da AAA [[Rodolfo Almirón]], qualificou em dezembro de 2006 os crimes da Triple A como violações dos direitos humanos e "início do processo sistemático dirigido pelo aparelho do estado" durante a ditadura.<ref name="Pulsar">{{((es))}}-[http://www.agenciapulsar.org/nota.php?id=9290 Justicia argentina condenó delitos de la Triple A], ''Agencia Pulsar'', 27/12/2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]]</ref><ref name="EFE">{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/elmundo/2006/12/29/internacional/1167399244.html Prisión para el ex policía argentino Rodolfo Almirón por su pertenencia a la Triple A], ''[[EFE]]'' — ''El Mundo'', 29 de dezembro de 2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]].</ref>Outras personalidades vitimadas foram [[Silvio Frondizi]], irmão do ex-presidente [[Arturo Frondizi]], , o advogado de prisioneiros políticos Alfredo Curutchet e o ex-vice-governador peronista da [[Província de Córdoba (Argentina)|Província de Córdoba]], Atilio López.
 
== Ataques, assassinatos e sequestros ==
Linha 31:
 
== Membros ==
Clandestinamente liderada por [[José López Rega]] e [[Rodolfo Almirón]], preso na [[Espanha]] em 2006, também foi uma figura importante da Triple A, tornou-se chefe da segurança particular de Manuel Fraga Iribarne na Espanha. Sua presença na Espanha foi mantida em segredo até 2006 para proteger a imagem da [[Aliança Popular (Espanha)|Aliança Popular]] , precursor do atual [[Partido Popular (Espanha)|Partido Popular]].<ref>http://www.theguardian.com/world/2006/dec/30/spain.argentina</ref> O agente da [[SIDE]] [[Anibal Gordon]] era supostamente outro membro importante da Triple A, embora sempre tenha negado isto.<ref>{{((es))}}-[http://www.clarin.com/diario/1999/10/14/e-05402d.htm Quién fue Aníbal Gordon], ''[[Diario Clarín|El Clarin]]''</ref>. López Rega,f oifoi um filósofo [[ocultismo|ocultista]] e auto-proclamado [[clarividência|vidente]].
 
Quinze ex-membros da AAA (incluindo [[Rodolfo Almirón]], que mais tarde se tornou chefe da segurança pessoal de [[Manuel Fraga]]) participaram em 1976, juntamente com o neofascista italiano [[Stefano Delle Chiaie]] e [[Jean Pierre Cherid]], ex-membro da [[Organisation de l'armée secrète|OAS]] e posteriormente do esquadrão da morte [[Grupos Antiterroristas de Liberación|GAL]], do assassinato em [[Montejurra]], [[Espanha]], de dois [[Carlismo|carlistas]] esquerdistas.<ref name="EKAPDF"/><ref>{{((es))}}-[http://www.eka-partidocarlista.com/asesinatos.htm MONTEJURRA: LA OPERACIÓN RECONQUISTA Y EL ACTA FUNDACIONAL DE LAS TRAMAS ANTITERRORISTAS. Fuente "INTERIOR". Por Santiago Belloch]</ref> O ex-membro da Triple A [[José María Boccardo]] também participou em 1978, juntamente com Jean Pierre Cherid e outros, do assassinato de [[Argala]], o ''[[ETA|etarra]]'', o qual havia tomado parte no assassinato do primeiro-ministro de [[Francisco Franco|Franco]], [[Luis Carrero Blanco]].<ref name="Mundo">{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/cronica/2003/427/1072098707.html "Yo maté al asesino de Carrero Blanco"], ''El Mundo'', 21 de dezembro de 2003.</ref>As investigações do juiz [[Baltasar Garzón]] demonstraram que o [[neofascismo|neofascista]] [[Itália|italiano]] [[Stefano Delle Chiaie]] também tinha trabalhado com a Triple A, era um membro da Propaganda lodge Due, liderado por Licio Gelli, que trabalhou na ''[[Gladio]]'', Delle Chiaie também trabalhou com a [[DINA]] [[chile]]na e com o ditador [[Bolívia|boliviano]] [[Hugo Banzer]].<ref name="Nizkor">{{((es))}}-{{cite news | title=Las Relaciones secretas entre Pinochet, Franco y la P2 - Conspiración para matar | publisher=Equipo Nizkor | date=4 de fevereiro de 1999|url=http://www.derechos.org/sorin/doc/p2.html}} </ref>