Boicote, Desinvestimento e Sanções: diferenças entre revisões

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==Antecedentes ==
 
MesmoEm 2 de dezembro de 1945, mais de dois anos antes da [[proclamação do Estado de Israel]], foi proposto, pela [[Liga Árabe]], um primeiro [[boicote]] contra oprodutos comercializados pelos [[sionismosionistas]] a partir de 2 de dezembro de 1945<ref>{{en}}''« Jewish products and manufactured goods shall be considered undesirable to the Arab countries." All Arab "institutions, organizations, merchants, commission agents and individuals" were called upon "to refuse to deal in, distribute, or consume Zionist products or manufactured goods. »'' [http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/History/Arab_boycott.html The Arab Boycott]. Por Mitchell Bard ([[Jewish Virtual Library]])</ref>.
 
En 2001, paralelamente à Terceira [[Conferência Mundial contra o Racismo| Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância]] organizada pela [[Unesco]], em [[Durban]] (África do Sul), realiza-se um fórum de [[organizações não governamentais]] que propõe<ref>[http://academic.udayton.edu/race/06hrights/WCAR2001/NGOFORUM/Palestinans.htm Palestinians and Palestine NGO Forum, World Conference Against Racism, Racial Discrimination, Xenophobia and Related Intolerance], Durban, South Africa, August 27-Sept 1, 2001</ref> o [[embargo]], a exclusão e a ruptura de qualquer ligação com o Estado de Israel.
 
Em 2002, após as declarações de [[Ronnie Kasrils]], então Ministro das Águas e das Florestas da África do Sul, conclamando ao boicote e às sanções<ref>[http://www.labournet.net/world/0205/kasrils1.html "I support the call now for the isolation and the boycott of Israel. I support sanctions." [[Reuters]], 23 de abril de 2002.<br /> [http://www.dawn.com/2002/04/25/int16.htm Boycott Israel, says Jewish minister]. [[Reuters]]], 25 de abril de 2005<br />[http://www.pacbi.org/faqs.htm Can BDS really be effective in ending the Israeli occupation and oppression?], FAQ des universitaires du BDS mouvement</ref>, [[Desmond Tutu]], [[prêmio Nobel da Paz]] ppor sua luta contra o [[apartheid]], lança uma campanha de desinvestimento em Israel, conduzida por entidades religiosas e políticas visando colocar um fim à ocupação israelense dos [[territórios palestinos]] iniciada na [[Guerra dos Seis Dias]] (1967)<ref name="Tutu-2002-09-02">[http://www.counterpunch.org/tutu1017.html Of Occupation and Apartheid Do I Divest?], [[Desmond Tutu]], ''Counter Punch'', 17 de outubro de 2002</ref>{{,}}<ref name=autogenerated1>[http://www.thirdworldtraveler.com/Israel/Israel_Time_To_Divest.html Israel: Time to Divest]. Desmond Tutu, ''New Internationalist magazine'', jan.-fev. de 2003</ref><ref name=tutuNation>[http://www.thenation.com/doc/20020715/tutu ''Israeli apartheid''], por [[Desmond Tutu]] e Ian Urbina, 27 de junho de 2002, ed 275, pp 4-5, ''[[The Nation]]''</ref>.
 
Entre 2002 e 2004, a [[sociedade civil]] palestina organizou um apelo aem favor do [[boicote]], do desinvestimento e de [[sanção|sanções]] contra Israel,<ref name="Appel">{{fr}} [http://www.protection-palestine.org/article.php3?id_article=1125 Appel du 9 juillet]</ref> que foi lançado em 2005, por ocasião do aniversário do parecer da [[Corte Internacional de Justiça]] que condenou a construção do [[Muro da Cisjordânia]] por Israel.<ref name="CIJ">[http://www.icj-cij.org/docket/files/131/1677.pdf Legal Consequences of the Construction of a Wall in the Occupied Palestinian Territory. (Request for advisory opinion) Summary of the Advisory Opinion of 9 July 2004], 9 de julho de 2004</ref>
in the Occupied Palestinian Territory. (Request for advisory opinion) Summary of the Advisory Opinion of 9 July 2004], 9 de julho de 2004</ref> sobre o [[Muro da Cisjordânia]].
Esse apelo seria repetido em diversos encontros internacionais, notadamente pela [[Comissão das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino]], criada em 1975 pela [[Resolução 3376 da Assembleia Geral das Nações Unidas|Resolução 3376 da Assembleia Geral da ONU]].<ref>United Nations. [http://unispal.un.org/UNISPAL.NSF/0/B5B4720B8192FDE3852560DE004F3C47 General Assembly A/RES/3376], 10 de novembro de 1975.</ref>
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Cet appel sera repris dans diverses rencontres internationales et notamment par le [[Comité pour l'exercice des droits inaliénables du peuple palestinien|Comité des Nations unies pour l'exercice des droits inaliénables du peuple palestinien]].
 
Uma pesquisa da Maan News Agency, de março de 2009, revelou que 21% dos exportadores israelenses tiveram que baixar seus preços por causa do boicote, depois de perderem significativa fatia de mercado, sobretudo na Jordânia, no Reino Unido e nos [[países escandinavos]]<ref> [http://www.monde-diplomatique.fr/2009/09/JACKSON/18102 Israël est-il menacé par une campagne de désinvestissement ? ] Por Willy Jackson. ''[[Le Monde diplomatique]]'', setembro de 2009.</ref>.
Une enquête de Maan News Agency de mars 2009 révèle que 21 % des exportateurs israéliens ont dû baisser leurs prix à cause du boycott, car ils ont perdu des parts de marché significatives, notamment en Jordanie, au Royaume-Uni et dans les pays scandinaves<ref>
{{article
|périodique=Monde Diplo
|auteur=Willy Jackson
|titre=Israël est-il menacé par une campagne de désinvestissement ?
|url=http://www.monde-diplomatique.fr/2009/09/JACKSON/18102
|date=septembre 2009
}}
</ref>.
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== Primeiros apelos e construção da campanha==
===Declarações de políticos sul-africanos e de acadêmicos britânicos===
 
Em abril de 2002, o sul-africano (de origem judia) [[Ronnie Kasrils]], então Ministro das Águas e das Florestas da [[África do Sul]],<ref>[http://www.sahistory.org.za/people/ronald-ronnie-kasrils Ronald (Ronnie) Kasrils]</ref> declarou publicamente o seu apoio à proposta de "isolamento, boicote e sanções" contra Israel e lançou, juntamente com Max Ozinsky, também judeu, a carta-manifesto "Não em meu nome" (''Not in my Name'').

"Eu nasci judeu. Uma vez que Israel se propõe a falar e a agir em nome de judeus em toda parte (...) estamos dizendo: Não. Não em meu nome. Nunca", disse Kasrils em uma entrevista à [[Reuters]]. O manifesto, assinado por centenas de outros membros da comunidade judaica sul-africana, fazia uma explícita analogia entre o [[Analogia Israel-Apartheid|apartheid e as políticas vigentes no Estado de Israel]].<ref>[http://peacemagazine.org/archive/v19n1p06.htm A Moral and Nonviolent International Campaign]. Por Desmond Tutu e Ian Urbina. ''Peace Magazine'', jan-mar de 2003, p. 6</ref> <ref>{{en}} [http://www.labournet.net/world/0205/kasrils1.html Boycott Israel, says Jewish minister in S. Africa]. Por Brendan Boyle. Reuters 23 de abril de 2002.<br>{{en}} [http://www.pacbi.org/faqs.htm Can BDS really be effective in ending the Israeli occupation and oppression?].</ref>. Alguns anos mais tarde, em 2005, em artigo publicado no jornal ''[[The Guardian]]'', Kasrils explicou por que acreditaacreditava que o boicote possapudesse ser benéfico tanto para os palestinos quanto para os israelenses.<ref>{{en}} [http://www.guardian.co.uk/education/2005/may/25/highereducation.uk1 Both Palestinians and Israelis will benefit from a boycott'']. Por Ronnie Kasrils & Victoria Brittain. ''The Gardian'', 25 de maio 2005.</ref>.
 
Ainda em 2002 [[Desmond Tutu]], [[Nobel da Paz]] por sua luta contra o [[apartheid]], lançou uma campanha de desinvestimento em Israel, conduzida por entidades religiosas e políticas, com o objetivo de colocar um fim nos 46 anos de ocupação israelense dos [[territórios palestinos]], iniciada na [[Guerra dos Seis Dias]]<ref name="Tutu-2002-09-02">{{en}} [http://www.counterpunch.org/tutu1017.html Of Occupation and Apartheid Do I Divest?], [[Desmond Tutu]], ''[[CounterPunch]]'', October 17, 2002</ref>{{,}}<ref name=autogenerated1>{{en}} [http://www.thirdworldtraveler.com/Israel/Israel_Time_To_Divest.html Israel: Time to Divest]. Desmond Tutu, ''New Internationalist magazine'', jan-fev de 2003</ref>{{,}}<ref name=tutuNation>{{en}} [http://www.thenation.com/doc/20020715/tutu ''Israeli apartheid''], [[Desmond Tutu]] e Ian Urbina, 27 de junho de 2002. ''[[The Nation]]'', n° 275, p. 4-5, </ref>.
 
A ideia de uma campanha europeia de boicote acadêmico e cultural surge na Grã-Bretanha em 2002, numa carta aberta<ref name="letter2002">{{en}} [http://www.guardian.co.uk/Archive/Article/0,4273,4388633,00.html Open Letter: More pressure for Mid East peace], por Steven e Hilary Rose, professores de biologia da [[Open University]] e da Universidade de Bradford. ''The Guardian'', 6 de abril de 2002</ref> assinada por 125 acadêmicos e publicada por ''[[The Guardian]]''<ref>{{en}} [http://www.guardian.co.uk/uk_news/story/0,3604,858363,00.html British academic boycott of Israel gathers pace], ''The Guardian'', 12 de dezembro de 2002</ref>. A carta levou Mona Baker, da [[Universidade de Manchester]], a demitir dois acadêmicos israelenses em junho de 2002. "De fato, não estou boicotando os israelenses. Estou boicotando as instituições israelenses," declarou Baker.<ref name=GoldenburgWoodward>{{en}} Suzanne Goldenberg, Will Woodward, [http://www.guardian.co.uk/Archive/Article/0,4273,4456883,00.html Israeli boycott divides academics], ''Guardian'', 8 de julho de 2002</ref>
 
===Conferência na sede da ONU e reunião de intelectuais na Palestina===
 
En setembro de 2003, na sede da [[ONU]], por ocasião da Conferência internacional da sociedade civil em apoio ao povo palestino, uma ONG israelense defendeu um boicote internacional. Outros participantes estabeleceram um paralelo entre as condições impostas aos palestinos, pelo governo de Israel, e antigo regime de [[apartheid]] na [[África do Sul]]<ref>{{fr}} ONU. Division des droits des Palestiniens. [http://unispal.un.org/pdfs/04-22787f.pdf Conférence internationale de la société civile à l’appui du peuple palestinien]. New York, 4 - 5 septembre 2003.</ref>.
 
<!--EnEm avrilabril de 2004 unum groupegrupo de d'universitairesacadêmicos ete d'intellectuelsintelectuais réunisreunidos àem [[Ramallah]] lancelançou laa {{lien|PalestinianCampanha CampaignPalestina forpelo theBoicote AcademicAcadêmico ande Cultural Boycott ofde Israel}} (« campagne palestinienne pour le boycott académique et culturel d'Israël ») <ref>[http://www.pacbi.org/etemplate.php?id=868 pacbi.org]</ref>. LesOs objectifsobjetivos de cettedessa campagnecampanha, quique faitse suiteseguiu àa unum précédentapelo appelprecedente, émislançado enem 2003 parpor desacadêmicos universitairese etintelectuais desda intellectuelsPalestina dee Palestineda etDiáspora, deforam ladivulgados Diaspora,numa serontdeclaração préciséspública, lorsem d'unejulho déclarationdo enmesmo juilletano<ref name="pacbihistory">{{en}} Palestinian Campaign for the Academic and Cultural Boycott of Israel (PACBI). [http://www.pacbi.org/etemplate.php?id=868 Backgrounf and history]</ref>.
 
La [[Cour internationale de justice]] rend son avis le 9 juillet 2004 sur la [[barrière de séparation israélienne]] dont elle conteste le tracé <ref name="CIJ">{{fr}} [http://www.icj-cij.org/docket/index.php?p1=3&p2=4&k=5a&case=131&code=mwp&p3=5 Avis de la CIJ], 9 juillet 2004</ref>. Cet avis juridique conforte l'opposition à la politique d'Israël dans ses opinions et actions ; il devient l'occasion de rassembler les Palestiniens autour de l'appel principal de la campagne.
 
Em 9 de julho de 2004, a [[Corte Internacional de Justice]] emitiu parecer sobre a [[barreira de separação israelense]], contestando o seu traçado <ref name="CIJ" />. Esse parecer reforça a oposição à política de Israel e cria um clima propício à campanha pelo boicote. O Estado de Israel reagiu ao parecer da Corte, protestando contra a "posição tendenciosa e parcial da Assembleia Geral da ONU" e destacando a influência que os "países hostis" a Israel teriam na Assembleia. Além disso, segundo Israel, a Corte Internacional de Justiça não teria competência para tratar de "questões políticas litigiosas sem o consentimento das partes envolvidas".
L'État d'Israël a réagi à l'ensemble de ces avis en dénonçant la « position tendancieuse et partiale de l'Assemblée générale de l’ONU ». Il a souligné le biais de la question formulée par les « pays hostiles » dont l'influence est majoritaire dans cette assemblée. Il a également rappelé qu'il n'était pas de la compétence de la Cour de justice de traiter de « sujets politiques litigieux sans l'accord des différentes parties impliquées" -->
 
==Apoiadores famosos==
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* {{en}} [http://www.stopthewall.org/downloads/flash/Boycottppt.swf Apresentação da campanha BDS]
* {{fr}} [http://www.ism-suisse.org/news/article.php?id=7928&type=communique&lesujet=Boycott Rapport de synthèse de la première conférence palestinienne pour le Boycott d'Israël]. Al-Bireh, [[Ramallah]], 22 de novembro de 2007.
* {{fr}} [http://www.monde-diplomatique.fr/2009/09/JACKSON/181 Israël est-il menacé par une campagne de désinvestissement?] Por Willy Jackson. ''[[Le Monde diplomatique]]'', setembro de 2009.
* {{en}} [http://reut-institute.org/en/Publication.aspx?PublicationId=3766 ''Eroding Israel’s Legitimacy in the International Arena''], Reut Institute, 28 de janeiro de 2010
* {{fr}} [http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/2010-02-22-Boycott-la-contre-offensive-d Boycott : la contre-offensive d’Israël et de ses amis'']. Por Dominique Vidal. ''[[Le Monde diplomatique]]'', fevereiro de 2010