Sudoeste Africano Alemão: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:LocationGermanSWAca1890.svg|thumb|250px|direita|Sudoeste Africano Alemão (em vermelho).]]
[[Ficheiro:Deutsch-Sudwestafrika.png|thumb|250px|direita|[[Mapa]] de [[1904]].]]
O '''Sudoeste Africano Alemão''' ([[Língua alemã|alemão]]: ''Deutsch-Südwestafrika'', ''DSWA'') foi uma [[Colônia (história)|colônia]] alemã de [[1884]] até [[1915]], quando foi assumido pela [[África do Sul]] e administrado como [[Sudoeste Africano]] até finalmente se tornar República da [[Namíbia]] em [[1990]]. Com uma área de 835.100 [[quilômetro quadrado|km²]], ele tinha facilmente uma vez e meia o tamanho do [[Império Alemão]] na época.
 
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== História ==
Em [[1883]], o comerciante alemão [[Adolf Lüderitz]] comprou dumde um chefe nativo uma área denominada "[[Angra Pequena]]". A cidade de [[Lüderitz]] e a costa adjacente são atualmente chamados com seu nome.<ref name="britannica" /> Em 24 de abril de 1884, ele fixou a área sob proteção do [[Império Alemão]] para com isso deter intrusões [[Inglaterra|britânicas]]. No início de 1884, o navio “[[SMS Nautilus|Nautilus]]” da [[Marinha Imperial Alemã]] ''(Kaiserliche Marine),'', foi avaliar a situação. Um relatório favorável do governo e o consentimento britânico resultaram na visita do “[[SMS Leipzig|Leipzig]]” e do “[[SMS Elisabeth|Elisabeth]]”. A bandeira alemã foi finalmente içada em [[7 de agosto]] de 1884.
 
Em outubro, o recém-indicado comissionário para a [[África Ocidental]], [[Gustav Nachtigal]], chegou no “[[SMS Möwe|Möwe]]”. Em abril de 1885, a Curadoria Colonial Alemã para o Sudoeste Africano (''[[Deutsche Kolonialgesellschaft für Südwest-Afrika]]'') foi criada, e logo comprou os posses das companhias fracassadas de Lüderitz; Lüderitz foi a pique subseqüentementesubsequentemente em 1886 numa expedição ao [[Rio Orange]]. Em maio, [[Heinrich Ernst Göring]] foi indicado comissionário e estabeleceu sua administração em [[Otjimbingwe]]. As [[Tropas Imperiais de Proteção]] (''[[Kaiserliche Schutztruppe]]'') sob o comando de [[Hauptmann]] já estavam posicionadas no Sudoeste Africano Alemão no início de 1888, constituindo de dois oficiais, cinco oficiais de baixa patente, e 20 soldados de origem local.
 
A colônia cresceu em 1890 através da anexação da [[Faixa de Caprivi]] no noroeste, a qual promeveupromoveu novas rotas comerciais. Esse território foi adquirido através do [[Tratado de Helgoland-Zanzibar]] entre a Inglaterra e a Alemanha.<ref name="britannica" />
 
O Sudoeste Africano Alemão foi a única colônia africana onde alemães se estabeleceram em grande número, eles eram levados à colônia pelas possibilidades econômicas nas minas de [[diamante]]s e [[cobre]] e, sobretudo, fazendas. Em 1902, a colônia tinha 200.000 habitantes, embora só 2.595 fossem alemães, 1.354 africanos descendentes de holandeses, e 452 ingleses. Em 1914, mais 9.000 alemães chegaram. Estima-se em torno de: 80.000 [[herero]]s, 60.000 [[ovambo]]s, e 10.000 [[nama]]s, que eram desprezadamente referidos como [[Hotentótia|hotentotes]].
 
=== Rebelião contra o jugo alemão ===
{{Principal|Genocídio dos hererós e namaquas}}
[[Ficheiro:Flag of the German Empire.svg|thumb|esquerda|Bandeira do Sudoeste Africano Alemão.]]
[[Ficheiro:Proposed Coat of Arms Southwest Africa 1914.png|thumb|direita|100px|Brasão de armas do Sudoeste Africano Alemão.]]
Em 1893 e 1894, a primeira rebelião hotentote dos namas e seu líder legendário [[Hendrik Witboi]] ocorreu. Os anos seguintes presenciaram muitas revoltas de locais contra alemães, a maior das quais foi a [[Guerra dos Hereros]] de 1904. Fazendas remotas foram atacadas, e aproximadamente 150 assentados alemães foram mortos. A “Tropa de Proteção” de apenas 766 homens e adjuntos locais, de início, não foram páreo para os hereros. Os hereros foramficaram na ofensiva, algumas vezes cercando [[Okahandia]] e [[Windhoek]], e destruindo a ponte da estrada férrea de [[Osona]]. Tropas adicionais saíram às pressas da Alemanha sob comando do [[Tenente-General]] [[Lothar von Trotha]] e esmagaram a rebelião na [[Batalha de Waterberg]]. Os hereros recuaram para a região árida de Omaheke, lado oeste do [[Deserto de Kalahari]], onde muitos deles morreram de sede. As tropas alemãs vigiaram todas as fontes de água e ordenaram matar qualquer herero a vista. Somente alguns conseguiram escapar porpelos territórios britânicos.
 
No outono de 1904, os nama entraram na peleja contra o poder colonial sob comando de seus líderes Hendrik Witboi e [[Jakob Morenga]], esse último referido como o ”Napoleão Negro”. Essa revolta foi finalmente reprimida entre 1907-1908.
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No total, entre 25.000 e 100.000 hereros, mais de 10.000 namas e 1.749 alemães moreram no conflito.
 
=== Primeira Guerra Mundial ===
[[Ficheiro:Südwestafrika 1915.jpg|thumb|direita|250px|[[Campanha da África do Sudoeste Africano]] em [[1915]].]]
Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], tropas sul-africanas iniciaram hostilidades com a agressão ao posto policial de Ramansdrift em 13 de setembro de 1914. Assentados alemães foram transportados para [[campo de concentração|campos de concentração]] perto de [[Pretória]] e depois em [[Pietermaritzburg]]. Por causa da esmagadora superioridade militar sul-africana<ref name="britannica" />, as tropas alemãs, junto com voluntários dos descendentes de holandeses lutando na [[Rebelião de Maritz]] no lado alemão, só ofereceram oposição como atraso tático. Em 9 de julho de 1915, [[Victor Franke]], o último comandante alemão das tropas de proteção, rendeu-se perto de [[Knorab]].<ref name="britannica" />
 
Após a guerra, a área se tornou possessão britânica, e foi instituído o protetorado dasul-africano pela [[Sociedade das Nações|Liga das Nações]] Sul-africanas.<ref name="britannica" /> Em 1990, a antiga colônia se tornou independente como [[Namíbia]],<ref name="britannica">{{citar web|URL=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/230970/German-South-West-Africa|título=German South West Africa|autor=|data=|publicado=[[Encyclopædia Britannica]]|acessodata=}}</ref> governada pelo outrora movimento de libertação [[SWAPO]].
 
Uma variedade de nomes, construções e comércios alemães ainda existem no país, e em torno de 20.000 descendentes dos assentados alemães ainda vivem no país, preservando a língua e os costumes.