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[[Ficheiro:Hindukailash.JPG|240px|direita|thumb|Ilustração da significação hindu do Monte Kailash, mostrando Shiva e Ganesha.]]
O '''''axis mundi''''' (em [[Língua latina|latim]] "centro do mundo", "pilar do mundo") é um [[símbolo]] ubíquo que atravessa as culturas humanas. A imagem representa um [[centro]] no qual a eternidade e a terra encontram-se entre os quatro cantos do mundo. Neste ponto correspondências são feitas entre os reinos superiores e inferiores.<ref>Mircea Eliade (tr. Philip Mairet). 'Symbolism of the Centre' in Images and Symbols." Princeton, 1991. p.48-51]</ref> Mensagens dos reinos inferiores podem ascender à eternidade e as bênçãos do reinos mais elevados podem descer a níveis mais baixos e serem divulgadas a todos. É o "[[omphalos]]" ([[umbigo]]), ponto de início do mundo.
 
Essa imagem toma muitas formas e pode ser feminina (um umbigo fornecendo alimento) e masculina (um [[falo]] fertilizando). Pode ter origem natural (uma montanha, uma árvore, uma videira, uma haste, uma coluna de fumaça ou fogo, uma ilha) ou ser um produto da fabricação humana (um povo, uma torre, uma escada, um mastro, uma cruz, um campanário, uma corda, um totem, um pilar,etecetera).
[[Ficheiro:FujiSunriseKawaguchiko2025WP.jpg|240px|direita|thumb|O monte Fuji, no Japão]]
 
O mitólogo [[Joseph Campbell]] trabalha com frequência a questão do ''axis mundi'' em suas obras:
 
{{citar|''O efeito da aventura bem-sucedida do herói é a abertura e a liberação do fluxo de vida no corpo do mundo. O milagre desse fluxo pode ser representado, em termos físicos, como a circulação da substância alimentar; em termos dinâmicos, como um jorro de energia; e, espiritualmente, como manifestação da graça. Essas variedades de imagens alternam-se entre si com facilidade, representando três graus de condensação de uma mesma força vital. Uma colheita abundante é o sinal da graça de Deus; a graça de Deus é o alimento do espírito; o resplandecente raio é o precursor da chuva fertilizante e, ao mesmo tempo, manifestação da energia liberada por Deus. Graça, substância alimentar, energia: esses elementos se precipitam sobre o mundo vivo e, sempre que falham, a vida se decompõe em morte.''