Daminhão Experiença: diferenças entre revisões

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|website = [http://www.damiaoexperienca.net/ Daminhão Experiença]
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'''Damião Ferreira da Cruz''', mais conhecido como '''Damião''', '''Damminhão''', '''Daminhão''' ou ''''Daimeão''' '''Experiênça''', '''Experyença''' ou '''Experyênça''' ([[Lauro de Freitas]], [[1935]]) '''é um''' [[vocal|cantor]], [[músico]] e [[compositor]] brasileiro.
 
==Biografia==
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Damião ainda afirma que após sua vida como marinheiro tornou-se cafetão e que produziu todos os discos de sua carreira com dinheiro de cafetinagem. Sua influência na música pode ser sentida e entendida em diversas áreas, que abrangem desde músicos alternativos que prestam reverência ou regravam seus sucessos, passando por coleções de fotos, vídeos em sites como [[YouTube]] e até mesmo coleção de roupas e tendências da moda, mais precisamente desenvolvidas nos últimos anos por jovens estilistas.
 
Daminhão tem admiradores no exterior e seus discos são objeto de colecionadores (hoje também no Brasil), dadas as características de suas obras e suas atitudes: gravava com dinheiro próprio, abriu o próprio selo, discografia vasta, linguagem inovadora, estética singular. Frequentemente é comparado com vários artistas internacionais devido a similaridade dos trabalhos e atitudes. É comum compararem Daminhão ao músico [[Jandek]] por causa dos discos autocentrados na própria imagem e com músicas repetitivas pela discografia enorme e pela ojeriza à mídia em geral. Algumas vezes é comparado com [[Frank Zappa]] pelo teor sexual de algumas letras, pelo volume dos discos e pelo desprezo ao mercado fonográfico; ainda há comparações com [[Sun Ra]] pela discografia extensa e pela temática de planetas e trajes usados em palco e em fotos, e também é comparado com o músico nigeriano [[Fela Kuti]] pelo teor das letras, pelas roupas e pela discografia. Também não podemos deixar de citar [[Moondog]], que, como Daminhão, vivia nas ruas e tinha a temática extraplanetária, criava músicas experimentais.
 
A ideologia e os personagens que frequentam os discos são insondáveis, existindo citações ao marinheiro [[João Cândido]] da [[Revolta da chibataChibata]], passando por [[Isabelita PeronPerón]], [[Bob Marley]], [[Adolf Hitler]], [[Fidel Castro]], [[Getúlio Vargas]] misturados a comunismo, aborto, ditadura, drogas, música, semiótica, rastafári, e nomes dos planetas criados por ele em geral.
 
Damião viveu um hiato de quinze anos sem gravar nada de 1992 até 2007, apenas aparecendo em shows relâmpagos-relâmpago e esporádicos como no [[Ronca Ronca]]. Tem sido constantemente questionado acerca de documentários e relançamento de suas obras, o que ele nega com afinco que fará.
 
Damião viveu um hiato de quinze anos sem gravar nada de 1992 até 2007 apenas aparecendo em shows relâmpagos e esporádicos como no [[Ronca Ronca]]. Tem sido constantemente questionado acerca de documentários e relançamento de suas obras, o que ele nega com afinco que fará.
Disponibilizou todo seu material '''para acesso e uso gratuito''' através de um portal eletrônico criado por fãs, sem fins lucrativos, que também possui sua discografia, álbuns para download, bandas influenciadas por ele, a autobiografia onde várias das citações acima são reveladas e também uma área de contatos para as bandas, estilistas, fotógrafos, documentaristas e outros que admiram sua obra.
 
Recentemente uma parte de seu trabalho começou ser relançado no Japão e na Europa em vinis piratas que não mantém o nome ou o formato, é comum encontrar discos que não tem relações entre si na mesma bolacha. Daminhão desconhece os potenciais fabricantes.
 
==Anos 70==
Os discos de Daminhão são divididos por períodos, sendo que os discos dos anos 70 possuem uma linguagem própria, utilizando violões de diferentes números de cordas, tampinhas, marimbas e músicas cantadas em um dialeto próprio. Também são elementos desta fase colagens de sons, sobreposições de músicas e letras cantadas como mantras repetitivamente. Por exemplo - "A mulher que faz aborto não tem pena do seu próprio corpo", ou - "Eu quero é comer feijão para não ir para debaixo do chão" . Muitas das músicas são [[atempo]]. O uso expressivo do dialeto do "planeta lamma" torna alguns discos incompreensíveis, e palavras chaves gritadas como "Hamalai" indicam bem o rumo que a obra tomava. Quase todos os discos desta era recebem os nomes de planeta. Os rótulos dos discos possuem músicas de nomes gigantescos como <br /> "Mamãe Sarafina e Papai Amorzinho, seu filho Damião Ferreira da Cruz gravou treze discos com dinheiro próprio porque sou filho de cubano com russo e não de americano ". Algumas vezes apresenta apenas o nome de uma única faixa e no LP vinil são 5 músicas distintas.
 
== Anos 80 e 90 ==