Prefeito do pretório: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Praetorian Prefectures of the Roman Empire 395 AD.png|thumb|300px|Mapa das prefeituras pretorianas do Império Romano em 395.]]
'''Prefeito pretoriano''' ou '''prefeito do pretório''' ({{lang-la|''Praefectus praetorio''}}) era o título oficial do funcionário da [[ordem equestre]] que, no [[Império Romano|regime imperial romano]], acumulava uma grande variedade de funções civis e militares. A sua residência era chamada de [[Pretório]], daí o nome da função.
 
== História ==
=== Até Diocleciano ===
 
[[Imagem:Praetorian Prefectures of the Roman Empire 395 AD.png|thumb|300px|Mapa das prefeituras pretorianas do Império Romano em 395.]]
 
Nos tempos de [[Augusto]] - época em que a função foi criada -, cabia-lhe comandar a [[guarda pretoriana]], encarregada de garantir proteção pessoal ao imperador. Frequentemente, o cargo foi ocupado em regime de colegialidade, por duas pessoas ao mesmo tempo, por segurança. O fato é que o Prefeito passou a ser mais e mais tido como o segundo personagem do [[Estado]], um verdadeiro "vice-imperador" (''vice principis''). Daí a tendência à ampliação de suas atribuições, incorporando atividade civis, sobretudo as de ordem jurídica: o prefeito tinha a jurisdição penal da [[Província romana|província]] da [[Itália (província romana)|Itália]] para além de um raio de 100 [[milha]]s de [[Roma]], além de receber os recursos das sentenças dos governadores de província. Isso fez com que, no início do {{séc|III}}, o cargo passasse a ser ocupado por juristas de renome, como [[Papiniano]], [[Ulpiano]], e outros. Fora isto, as atribuições militares do prefeito não cessaram de crescer, na medida em que ele exercia o comando de todas as forças militares na Itália, inclusive a da [[legião romana|legião]] ''[[Legio II Parthica|II Parthica]]'' instalada por [[Septímio Severo]] em ''Albanum'' (atual [[Albano Laziale]]).
 
=== Antiguidade Tardia ===
O prefeito pretoriano já se havia tornado poderoso demais, constituindo uma ameaça à segurança imperial. Por isso, no reinado de [[Diocleciano]], o cargo foi dividido em quatro prefeituras pretorianas, uma para cada pessoa imperial da [[Tetrarquia]] ([[Augusto (título)|augustos]] e [[César (título)|césares]]):
 
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*''{{ilc|Orientis||Prefeitura pretoriana do Oriente|Praefectura praetorio Orientis}}'' (províncias orientais e [[Egito (província romana)|Egito]]).
 
Sob [[Constantino I]], que aboliu a guarda pretoriana após sua vitória sobre [[Magêncio]], os prefeitos perderam definitivamente suas atribuições militares, passando, no entanto, a funcionarem como juízes de última instância, já que Constantino eliminou o apelo ao tribunal do imperador. Os prefeitos, tendo atribuições regionais, ficaram assim desvinculados da pessoa do imperador. No [[Império Bizantino]], ao contrário, o prefeito voltou a ser único e tornou-se o chefe central da administração provincial, até que o surgimento do [[sistema dos themata|sistema dos ''[[thema]]tathemata'']] - com uma administração das províncias por [[estratego|governadores militares]] - provoca a quase desaparição da prefeitura.
 
== Ver também ==