Massacre dos Genoveses: diferenças entre revisões
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O '''Massacre dos Genoveses''' foi um confronto armado ocorrido em setembro de [[1303]] em [[Constantinopla]] entre a [[colônia]] de [[mercador]]es [[República de Gênova|genoveses]] residentes na cidade e as tropas [[almogávares]] da [[Companhia Catalã do Oriente]]. Apesar de as fontes divergirem sobre como e quem provocou o confronto, há unanimidade em relação ao resultado: os almogávares massacraram cerca de {{formatnum:3000}} genoveses<ref>Desconhece-se a fonte na qual [[Ramon Muntaner]] se baseou para os números, mas as suas estimativas são sempre muito desproporcionadas em favor da Companhia </ref> <ref name="Montcada cap.VII"/> <ref name="RMC/CAP202"> Muntaner, cap. 202 </ref>
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===Versão de Ramon Muntaner===
{{AP|Crônica de Muntaner}}
[[Ramon Muntaner]] não explicita como se iniciaram os confrontos, mas atribuiu a responsabilidade aos [[República de Gênova|Genoveses]] e à sua soberba por se terem concentrado frente do
===Versão de Paquimeres===
[[Jorge Paquimeres]] afirma que a origem da disputa foi uma dívida de 20 000 ducados que
===Versão de Francesc de Montcada===
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==A batalha==
Os Genoveses apresentaram-se frente do [[Palácio de
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Ainda com a presença das tropas almogávares, os Genoveses, liderados por [[Russo de Finar]], persistiram na sua atitude hostil e desafiante, confiados em que o seu grande número dissuadiria os Almogávares. Neste momento chegaram 30 escudeiros com os cavalos armados, pois os cavaleiros da Companhia encontravam-se com o restante da aristocracia bizantina celebrando o casamento de
▲[[Ficheiro:Constantinople map German.png|right|250px|thumb|O [[Palácio de Blanquerna]] a norte de [[Constantinopla]] e a [[Pera (Constantinopla)|colônia genovesa de Pera]] na outra margem do estuário.]]
▲Ainda com a presença das tropas almogávares, os Genoveses, liderados por [[Russo de Finar]], persistiram na sua atitude hostil e desafiante, confiados em que o seu grande número dissuadiria os Almogávares. Neste momento chegaram 30 escudeiros com os cavalos armados, pois os cavaleiros da Companhia encontravam-se com o restante da aristocracia bizantina celebrando o casamento de [[Roger de Flor]]. Finalmente, os escudeiros brocaram os cavalos e investiram contra a multidão de Genoveses pelo centro, onde se encontrava [[Russo de Finar]] agitando a bandeira de Gênova. A carga dos escudeiros quebrou a formação genovesa; depois, os Almogávares iniciaram a ofensiva penetrando no meio da formação. A partir daquele momento o pânico estendeu-se entre os Genoveses, e os Catalães dedicaram-se a exterminar <ref name="ALMENA cap.4"> Sáez Abad, cap. 4 </ref> e degolar<ref name="Montcada cap.VII"> Montcada, cap. VIII </ref> todos os Genoveses que encontravam.
Finalmente, os que se encontravam no Palácio deram-se conta do que estava ocorrendo. Apesar de que o imperador [[Andrônico II Paleólogo]], que se encontrava com
Então, o confronto com os Genoveses derivara numa caçada, e o perigo de que os Almogávares se lançassem sobre [[Pera (Constantinopla)|colônia comercial genovesa de Pera]] era iminente. O imperador [[Andrônico II Paleólogo]] suplicou a
==Consequências==
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O confronto com os Genoveses deixara claro que a [[Companhia Catalã do Oriente]] não era uma simples companhia de [[mercenários]] como outras que serviram ao [[império Bizantino]], senão, apesar de se tratar efetivamente de mercenários, consideravam-se uma unidade militar politizada, onde residia a honra da [[Casa de Aragão]]. A política agressiva e expansionista que a [[Coroa de Aragão]] tinha imposto no Mediterrâneo Ocidental, rivalizando com a [[República de Gênova]], transladava-se agora ao Mediterrâneo Oriental.
Por outro lado, o confronto com uns teóricos aliados, ambos na luta contra a invasão dos [[Otomanos]], deixava uma ferida difícil de cicatrizar. Durante o seu reinado, o imperador bizantino [[Andrônico II Paleólogo]] aplicara uma drástica redução da despesa pública destinada a fins militares, e a [[Exército bizantino|frota bizantina]] ficara reduzida à mínima expressão. A consequência disto, as munições, o translado de tropas e o envio de fornecimentos ficariam sob domínio dos Genoveses. Além disso, o poder da [[República de Gênova]] no Mediterrâneo Oriental era enorme<ref name="ALMENA cap.4"> Sáez Abad, cap. 4 </ref>, com colônias comerciais e presídios repartidos por toda [[Grécia]], o [[Ponto]] e [[Palestina]].
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{{Referências|Notas e referências|col=2}}
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