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/* Reino da Frígia
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==== Passado mítico ====
[[Ficheiro:Silenos Midas Met 49.11.1.jpg|thumb|esquerda|220px|Rei [[Midas]] e dois soldados tentam emboscar o sátiro [[Sileno]]<ref name="pausanias.1.4.5"/>.<br><small>[[Ânfora]] em [[Cerâmica de figuras negras|figuras negras]], aprox. 510 a.C.</small>]]
O nome do mais antigo rei mítico conhecido da Frígia é ''Nannacus'' (ou ''Annacus'')<ref>Suidas s. v. Νάννακος; Stephanus of Byzantium s.v. Ἰκόνιον; Ambas as passagens traduzidas em: A new system: or, An analysis of antient mythology by Jacob Bryant (1807) [http://books.google.com/books?id=QzoGAAAAQAAJ&pg=PA14&dq=annacus+phrygia&hl=en&ei=1f2kTefUB8Ga0QH9oumHCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDAQ6AEwAjgU#v=onepage&q&f=false Pages 12-14]</ref>. Ele morava em [[Icônio]], a mais oriental das cidades frígias na época e, depois de sua morte, com 300 anos, uma grande inundação devastou a região, como havia sido previsto por um antigo [[oráculo]]. O próximo rei mencionado nas fontes clássicas sobreviventes é ''Manis'' ou ''Masdes''. De acordo com [[Plutarco]], "manico" era um adjetivo utilizado para descrever grandes coisas empor homenagem acausa estedeste rei<ref>[[Plutarco]], Sobre Ísis e Osíris, [http://www.sacred-texts.com/cla/plu/pte/pte04.htm cap. 24]</ref>. Depois, o Reino da Frígia parece ter se fragmentado entre vários reis. Um deles era [[Tântalo]], que reinou sobre a região norte da Frígia, perto do [[monte Sípilo]]. Ele recebeu uma punição eterna no [[Tártaro (mitologia)|Tártaro]] por ter, como alegavam, matado seu filho [[Pélope]] como sacrifício aos olímpicos, uma referência à supressão dos [[sacrifício humano|sacrifícios humanos]]. Tântalo também foi falsamente acusado de roubar das loterias que ele mesmo havia inventado. Na era mítica antes da [[Guerra de Troia]], durante um [[interregno]], [[Gordias]], um fazendeiro frígio, tornou-se rei, cumprindo outra profecia oracular: os frígios, sem rei, havia buscado a ajuda do oráculo de [[Sabazios]] em [[Telmissos]], na parte da frígiaFrígia que depois seria incorporada pela [[Galácia]], onde foram instruídos a aclamarem como rei o primeiro homem que chegasse ao templo de Sabazios numa carroça. Gordias chegou e depois dedicou ao deus a sua carroça de boisebois e a deixou amarrada ali com o famoso "[[nó górdio]]". Ele refundou uma capital em Górdio à beira de um antigo caminho que atravessava toda a Anatólia e que se tornaria, muito depois, a "[[Estrada Real Persa|Estrada Real]]" de [[Dario I]], que seguia de [[Pessino]] até [[Ancira]], não muito longe do [[rio Sangário]], uma região que permaneceria como o centro da região da Frígia por toda a sua história, e uma terra famosa por seus vinhos e seus ''"corajosos e habilidosos"'' cavaleiros.
 
O filho de Gordias (adotado em algumas versões) era [[Midas]]. Um grande número de mitos e lendas cercam este primeiro rei com este nome (houve vários), ligando-o com a lenda de [[Átis]]<ref>Pausânias, ''Descrição da Grécia'' 7:17; [[Arnóbio]] ''Contra os pagãos'' 5.5</ref>. Esta figura obscura resistiu em Pessino e tentou casar sua filha com o jovem Átis à despeito da oposição do amante dele, ''Agdestis'', e da mãe dele, a deusa [[Cibele]]. Durante o casamento, ''Agdestis'' e (ou) Cibele apareceram e enlouqueceram todos os presentes na festa e Midas teria morrido no caos que se seguiu.