Troca de populações entre a Grécia e a Turquia: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Proportions des populations en Asie Mineure statistique officielle d1914.png|left|thumb|upright=0.8|Documento de 1914 com as dados do censo da população do [[Império Otomano]]. A população total era {{formatnum:20975345}} e a população grega de {{formatnum:1792206}} (8%).]]
 
Quando a troca foi oficialmente iniciada, em {{dtlink|1|5|1923}}, a maior parte da população grega da região [[Mar Egeu|egeia]] da Turquia tinha já abandonado as suas terras e fugido para a Grécia. Por esse facto, a troca só envolveu gregos da Anatólia Central (tanto falantes de {{ling|el}} como turcófonos) e gregos do [[Ponto (região)|Ponto]], totalizando {{formatnum:189916}} pessoas segundo as estimativas oficiais.<ref name=Gibney /> O número total de muçulmanos envolvidos foi de {{formatnum:354647}}.<ref name=Hirschon /> Deste ponto de vista, o acordo apenas ratificava o que já tinha sido perpetrado sobre a população grega e transformou a emigração unilateral em masssa os gregos numa troca de populações respaldada por garantias internacionais.<ref name=Kats /> Dos {{nowrap|1,3}} milhões de gregos envolvidos na troca, só cerca de 150 mil foram restabelecidos de forma ordenada. A maioria fugiu à pressa com a retirada do exército grego após a derrota grega. A fuga dos gregos de [[Esmirna]] foi particularmente dramática,<ref name=Sofos /><ref name=Hershlag /> tendo-se instalado o pânico quando as tropas turcas entraram na cidade.
 
Na Grécia, a troca foi considerada uma parte dos eventos conjuntamente chamados de "Castástrofe da Ásia Menor" ({{lang-el|Μικρασιατική καταστροφή}}). Anteriormente já se tinham verificado movimentos significativos de populações a seguir à [[Guerras dos Balcãs|Guerra dos Balcãs]], à [[Primeira Guerra Mundial]] e à [[Guerra de independência turca]]. Essas movimentações incluíram trocas e expulsões de cerca de {{formatnum:1.5}} milhão de gregos da Ásia Menor e da [[Trácia Oriental]] e de cerca de meio milhão de muçulmanos da Grécia. Apesar da maior parte destes últimos serem turcos, também havia entre eles [[gregos muçulmanos]], [[ciganos muçulmanos|ciganos (''roma'') muçulmanos]], [[búlgaros muçulmanos|''pomaks'']] (búlgaros muçulmanos), albaneses ''cham'' (da ''Chameria''), {{ilc||megleno-romenos|meglesitas}} e ''[[dönmeh]]s'' ([[criptojudeu]]s oficialmente muçulmanos). Os gregos expulsos da Turquia eram principalmente das seguintes regiões: Anatólia Central ([[karamanlidas]]), [[Jónia]] (por exemplo: [[Esmirna (província)|Esmirna]] e [[Ayvalık]] / [[Balıkesir (província)|Balıkesir]]), [[Ponto (região)|Ponto]] (por exemplo: [[Trebizonda (província)|Trebizonda]] e [[Samsun (província)|Samsun]]), [[Bursa (província)|Bursa]] (em grego: Prousas), [[Bitínia]] (por exemplo: [[Kocaeli (província)|İzmit]]/Nicomédia e [[Kadıköy]]/Calcedónia) e Trácia Oriental.